Não, não é insônia, exatamente. Na verdade, eu simplesmente acordo demais. E tenho vontade de escrever, antes que seja tarde demais e a inspiração me fuja.
Há pouco, acordei de um sonho, que, agora acordado, me surpreendeu por sua coerência interna.
Era mais ou menos assim:
Eu estava em Santos, cidade onde nasci e para onde não vou há um bom tempo.
Na primeira parte do sonho, eu estava cego, uma das possibilidades que mais me apavora na vida (afinal, o que seria de mim se eu não pudesse ler e escrever?).
Cego, eu andava pela praia. Algumas vezes, engatinhava totalmente perdido. Eu sabia que estava na praia, pois podia ouvir o mar, mas não havia ninguém em volta.
E eu tentava desesperadamente encontrar alguém, uma mulher, que por alguma razão que eu simplesmente desconhecia, poderia me restituir à visão.
E eu tentava desesperadamente encontrar alguém, uma mulher, que por alguma razão que eu simplesmente desconhecia, poderia me restituir à visão.
Então, como que por milagre, eu voltei a enxergar.
E agora, já vendo de novo, eu tinha de entregar um pacote ao meu pai. O que me levou a sair da praia e atravessar a avenida, rumo a um dos prédios onde moramos, que realmente existe.
Cena do filme A Origem, que trata de sonhos
Eu entrei no prédio, cumprimentei os porteiros, e segui até um elevador nos fundos.
A partir deste momento, o prédio era totalmente diferente. Mais parecia um condomínio de empresas, do que eu edifício residencial, tantas eram as pessoas que andavam por ali.
A partir deste momento, o prédio era totalmente diferente. Mais parecia um condomínio de empresas, do que eu edifício residencial, tantas eram as pessoas que andavam por ali.
A porta do elevador se abriu e eu entrei. Havia uma mulher lá dentro. Loira, alta, muito bonita. Eu sorri e apertei o botão do terceiro andar. Ela ia no segundo.
- Eu não tenho mais problemas com insônia, ela disse. Basta eu "derramar" um incenso, que eu durmo muito bem, ela disse.
- Ah, eu tenho incenso em casa, eu respondi.
E o elevador subiu, passando os nossos andares.
De repente, a cabine do elevador parecia minúscula, o que fazia com que nós tivéssemos de nos apertar cada vez mais.
Nós nos enroscávamos cada vez mais, pernas, braços e rostos, e era agradável. Então, o elevador chegou novamente ao térreo.
Agora, eu estava com frio. Muito frio. E, pela primeira vez desde o início do sonho - ou pelo menos do que me lembro dele - eu reparei no que estava vestindo.
Eu uso um sobretudo de couro vermelho. Camisa preta. Calças jeans claras. Sapatos marrons. Óculos escuros, como sempre.
Entro em outro elevador e subo até a cobertura do prédio. Desço em uma espécie de terraço aberto, muito bonito, mesmo com poças de água.
Choveu há pouco. Está frio.
Eu ando. E ando até a entrada do apartamento, que tem guardas armados na porta. Um deles aponta uma arma para mim.
- Quem é você? O que você quer?, ele pergunta.
- Eu sou filho do Sr. Fuschini, respondo, levantando os braços.
Um outro guarda, provavelmente um superior, vai até o primeiro e o pára. Diz alguma coisa e a arma é baixada. Eu posso entrar.
E eu entro. Um grande salão, levemente familiar. Meu pai está de pé, perto da porta. Homens andam para lá e para cá, arrumando coisas, preparando coisas.
"Você realmente fodeu com o apartamento", eu digo.
Ele se aproxima e coloca um tipo de fone em meu ouvido. No aparelho, toca um trecho de Gostava tanto de você, do Tim Maia, que é a música que eu uso para recebr chamadas em meu celular.
Penso que tem alguém me ligando. Procuro pelo meu telefone celular nos bolsos do sobretudo.
E, então, eu acordo.
Sonhos costumam ser totalmente incoerentes, na maior parte das vezes. Mas este, apesar de obviamente incompleto - não consegui entregar o tal pacote, afinal de contas - tem uma certa coerência interna.
Vou consultar A Interpretação dos Sonhos, do doutor Freud!
Paz e Bem!
Sonhos costumam ser totalmente incoerentes, na maior parte das vezes. Mas este, apesar de obviamente incompleto - não consegui entregar o tal pacote, afinal de contas - tem uma certa coerência interna.
Vou consultar A Interpretação dos Sonhos, do doutor Freud!
Paz e Bem!
RECENTEMENTE GANHEI UM LIVRO QUE TRATA EXATAMENTE SOBRE OS MISTÉRIOS DO MUNDO DOS SONHOS.O AUTOR UM ESTUDIOSO DO ASSUNTO,RELATA VÁRIAS FACETAS E ASPECTOS INTRIGANTES DA MAIORIA DOS CASOS ONÍRICOS.PRA ELE OS SONHOS SÃO UM DIVERTIMENTO DA ALMA.PRA MIM,OS SONHOS SÃO A LIBERDADE DOS NOSSOS DESEJOS SUBTRAÍDOS DOS SENTIDOS.SEJA QUAL FOR O SIGNIFICADO DE TUDO.SONHAR É MUITO GOSTOSO.E SÓ PRA CONSTAR,COMO EXEMPLO,ESTA NOITE TIVE TB UMA EXPERIÊNCIA EXTRA SENSORIAL.FOI MARAVILHOSA A VIAGEM.PROMETO REVELAR NUM PRÓXIMO ENCONTRO......ATÉ. CIDI.
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