terça-feira, 18 de janeiro de 2011

DIANTE DA TRAGÉDIA

Eu devo escrever sobre a tragédia no Rio de Janeiro. É um débito pessoal e deve ser feito, em respeito aos mortos e às pessoas que perderam tudo. 

Diante da calamidade, todas as pessoas devem tomar conhecimento dos fatos e, principalmente, tomar uma posição.

É o mínimo que se pode fazer; logo, deve ser feito. 

Os fatos: 

Segundo a imprensa, até às 20h de ontem, segunda-feira, o total de mortes nos quatro municípios mais atingidos pela chuva no Rio de Janeiro - Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis e Sumidouro- chegava a 665. Há mais de 16.400 desabrigados e desalojados. 

As mortes contabilizadas pelas prefeituras somam 674: Nova Friburgo (318), Teresópolis (274), distrito de Itaipava, Bom Jardim e Brejal, em Petrópolis (58), em Sumidouro (20) e em São José do Vale do Rio Preto (4).

674 pessoas morreram e 16.400 pessoas estão desabrigadas e desalojadas.

Mais de 17 mil pessoas tiveram suas vidas viradas de cabeça pra baixo por causa do temporal que durou cerca de uma semana. 

Como sempre acontece diante de tragédias desse porte, o governo piora as coisas. 

Até agora, só existem promessas para tentar controlar o problema e reverter o desastre. A água e a eletricidade nos sete municípios mais afetados só devem ser resturadas na quinta-feira, e isso se a chuva continuar dando uma trégua. 

O governo estadual já anunciou a criação de um "gabinete" para a reconstrução da infra-estrutura destruída pelas chuvas.

Ou seja, diante do desafio, a burocracia vê a oportunidade de se expandir.

Enquanto isso, a burocracia já existente atrapalha a entrega de socorro humanitário às vítimas.

Na cidade de Teresópólis, onde está concentrado o serviço de distribuição de água e alimentos, a Secretaria de Educação decidiu que, para que possam ser retirados os mantimentos é necessária a apresentação de documentos (RG e CPF) - sendo que a maioria das vítimas não pode fazer isso, pois perderam os documentos quando tiveram de fugir das suas casas. 

Enquanto isso, grupos de voluntários de todo o País encontram-se no Rio ou a caminho, para tentar ajudar as vítimas. 

Grupos religiosos - como igrejas evangélicas, entre outros - organizam caravanas para o envio de donativos. 

Diante do caos, as pessoas reagem da única forma possível, ou da única forma que deveria ser possível.

Elas ajudam as vítimas.

Um comentário:

  1. Menos mal que existe solidariedade. Aqui Na Espanha a tregédia foi titular dos jornais mais importantes e muitas pessoas se solidarizaram. Hoje num dos principais jornais (El País) na sessão de noticias internacionas pela "milhonésima" vez optam por dar protagonismo ao Berlusconi e suas "mocinhas", no entanto também falam do Brasil.
    Segundo o governo brasileiro, 5 milhões de pessoas vivem em area de risco. Numero de vítimas da tragédia do Rio 666 (vaya numerito) em aumento e que Dilma se reune com 6 ministros para criação de um sistema de prevenção que estará em pleno funcionamento dentro de 4 anos. Eu pergunto: Enquanto isso??

    Besitos con cariño.

    http://www.elpais.com/articulo/internacional/millones/brasilenos/viven/areas/riesgo/Gobierno/elpepuint/20110117elpepuint_16/Tes

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