quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O SENTIDO DA VIDA - PARTE II

A busca incessante por conquistas, sejam elas quais forem (bens materiais, pessoas ou status), não pode levar à felicidade, uma vez que a "felicidade" não é uma espécie de lugar a que se chega, mas, antes, um lugar onde já se está. 

Em resumo, uma vez que o parágrafo anterior ficou um pouco confuso, podemos dizer que a "felicidade" não é um estado que se possa alcançar ao final de algum tipo de jornada ou caminho. Ela, necessariamente, é o ponto de partida. 

Ao longo de tempo, antes de nos tornarmos pequenos e nos preocuparmos apenas com carros, com cartões de crédito e com o tamanho de nossa cintura, alguns mestres e pensadores tentaram nos oferecer rotas de atalho para a felicidade.

Em boa parte desses guias e mentores, encontramos a ideia de que o caminho para a verdadeira felicidade se encontra na auto-renúncia e na auto-doação. Essas linhas de pensamento podem ser encontradas nos ensinamentos de Jesus e de Buda, por exemplo. 


"Amai a Deus sobre todas as coisas; e amai ao próximo como a ti mesmo", é a síntese do ensinamento de Jesus, e uma descrição bastante precisa da auto-renúncia.

Segundo essa máxima de Jesus, somente posso amar a mim mesmo (o que, em última  análise, significa  amar cada pequeno desejo que rasteja no meu coração) depois de realizar duas operações: a primeira, colocar o amor a Deus acima do amor a mim mesmo, ou seja, amar a vontade de Deus antes da minha e, em segundo lugar, elevar o amor ao próximo (todos) a um patamar em que ele se iguale ao meu amor-próprio. 

Vejamos...

O exemplo do amor-próprio levado às raias da doença é o tipo de sentimento exercido por aqueles de nós que já tiveram problemas com álcool ou drogas. 

Aqueles que já passaram por isso - seja na própria pele - ou ao ver o sofrimento de alguém próximo sabe que o viciado vive um mundo auto-centrado, onde tudo o que importa é conseguir os meios para satisfazer sua fome. 

O resto pouco importa. 

Jesus não era ingênuo. Ele lidava com as realidades das pessoas que encontrava, exatamente da forma como as encontrava. Ele lidava com pessoas reais. 

Ao recomendar que amássemos ao próximo como a nós mesmos, Ele estava recomendando uma progressiva anulação do egoísmo compulsivo que marca a maior parte de nossas atitudes, seja de forma consciente ou insconsciente.

Pois Ele sabia o quanto é difícil vencer as nossas compulsões. 

Paz  e Bem!

2 comentários:

  1. Quer dizer que "Amando a Deus sobre todas as coisas; e ao próximo como a ti mesmo", seriamos felizes e encontrariamos o sentido da vida?
    Acho que tudo o que vc escreve no texto faz sentido, mas prefiro seguir sendo simples e romântica, encontrando o sentido da vida e por consequência a felicidade nas pequenas coisas e detalhes que a vida mesma nos oferece. Comentário talvez simplista demais de simples não é? Acho que seria chatissimo ter uma vida totalmente feliz. Pareceriamos aos Teletubbies. rs

    Besitos cielo. Meiry

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  2. SIM.A MEIRY PENSA DE FORMA SEMELHANTE A MINHA COM RELAÇÃO A BUSCA PELA TÃO SONHADA FELICIDADE.BEM. O SENTIDO DA MINHA VIDA POR EXEMPLO JÁ ENCONTREI FAZ TEMPO...MAS,A FAMIGERADA FELICIDADE; A ESTA É UMA PERMANENTE DESCOBERTA.AS VEZES DIÁRIA,AS VEZES UTÓPICA.A ÚNICA CERTEZA QUE TENHO É DE QUE O CAMINHO É O AMOR.NÃO AQUELE AMOR COMO UM CAPRICHO DE ALGUNS DIAS.NEM UMA FANTASIA ROMÂNTICA.O AMOR SENDO O TECIDO DA NATUREZA PARA QUE O HOMEM POSSA BORDAR O SEU DESTINO.E PRINCIPALMENTE O AMOR PRÓPRIO,QUE ESTREITA TODOS ESSSE LAÇOS... CIDI.

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