sábado, 8 de janeiro de 2011

CONTO DAS FADAS HORRÍVEIS

Era uma vez, há muito, muito tempo, em uma terra muito, muito distante, um homem. Este homem nasceu em uma pequena cidade de seu país, e lá ele cresceu.

Exatamente como a maioria dos homens - e das mulheres - de todos os países.

Desde cedo, com sua mente alimentada pelas histórias de heróis, homens que tinham feito grandes coisas, ele achava que também estava destinado à grandeza. 

Mas ele estava errado.

O tempo passou, ele cresceu e, de menino, tornou-se um homem. E, por mais que tentasse, o caminho para "as grandes coisas" parecia perdido em uma neblina permanente.

O que havia sido tão claro um dia, simplesmente desapareceu. 

Ah, mas ele tentou! Ele tentou. Perseguiu sonhos como os loucos correm atrás de nuvens e lutou contra moinhos de vento, que se provaram invencíveis.

Mas, ele tinha tentado. E não enxergava nenhuma alegria nisso.

Por fim, até mesmo as histórias de suas aventuras - agora nada mais que relatos de amargos fracassos acumulados através dos anos - tornaram-se tristes demais para que ele quisesse se lembrar delas.

E, então, finalmente, esmagado pela decepção, este homem começou lentamente a morrer.

E, por fim, ele morreu. Sem finais felizes, sem reviravoltas, sem mágica.

Apenas silêncio e esquecimento. E nem sombra de um milagre.

Sem Paz, nem Bem!

Um comentário:

  1. Essa história fala de algo real e que acontece muitas vezes na vida de diversas pessoas, seja lá a onde elas estejam. O único problema do protagonista da história (um sujeito qualquer) é que como muitos ele estava preso de mais a grandiosidade de seus sonhos e as coisas ruins da vida para notar o que realmente importa; sendo assim ele não pode ver o que valeria a pena lutar e conquistar no decorrer dessa viajem (a vida), ele cresceu e mudou e as coisas se tornaram cada vez mais inalcançáveis, mas mesmo assim ele persistiu se iludindo cada vez mais, o que o levou a frustração que acabou se amargurando pelos constantes fracassos e ilusões da vida que apenas se acumulavam até que em fim ele morresse pouco a pouco, mas não ele simplesmente, mas sim toda a sua esperança, a vontade de lutar para seguir seus sonhos e desejos que se desgastavam até que enfim morresse de vez (se tornasse vazio sem sonhos e razões) sem que nada mudasse, sendo o único culpado disso, ele mesmo e por isso ele jamais teria paz, quem sabe uma sombra da culpa de nunca ter feito nada para mudar o que era a vida dele...
    Caso algum dia eu me encontrasse com alguém como ele na rua eu não me daria bem, pois não conseguiria entender o que levaria alguém a ser assim tão tolo, tolo de mais para perceber que mesmo com erros, ilusões, esquecimento e a frustração a vida é continua e o tempo que nos resta é pequeno e que se ele se prender de mais ao lado ruim das coisas jamais vai conseguir ver o lado bom da vida, não é preciso fama, conquista ou a gloria de um herói para ser importante no mundo e nem para conquistar os seu desejos na vida, quando nos basta apenas viver e seguir em frente de cabeça erguida, focando no que realmente importa, não o “topo da montanha”( a sua ambição, desejo) mas sim o que aprendemos até lá, em seu caminho (na vida) onde não é necessário nenhum milagre e nem a paz, mas sim umas das coisas mais simples da vida, a força de vontade e persistência em nossos sonhos...
    Espero que ninguem cometa esse erro...

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