sexta-feira, 4 de junho de 2010

UMA TARDE MUITO APRAZÍVEL

"Ué, mas você não ia ficar em silêncio?", pergunta o leitor fiel...

Sim, eu ia. Na verdade, fazia já algum tempo que eu planejava interromper o blog mais uma vez. Tenho feito isso com bastante regularidade, sempre com o mesmo objetivo. O de me concentrar no dia a dia.

O problema é que gosto de escrever; então...

Talvez fosse mais fácil se, de uma vez por todas, eu colocasse na cabeça que, para mim, escrever faz parte do dia a dia. Aí, eu seria forçado a parar de planejar esses intervalos.

Mas não vou planejar nada... Simplesmente, vou escrever quando me der vontade.

E a idéia é registrar fatos que considero interessantes. Ontem, durante o feriado, por exemplo, ajudei um amigo a fazer uma pesquisa para um trabalho da faculdade. 

Funciona assim: você vai até um bairro sobre o qual você não sabe nada, ou quase nada, e começa a andar. A proposta é que você ande por pelo menos dez ruas. Em uma folha de papel, você anota o nome da rua e o motivo pelo qual você decidiu ir por ali.

A idéia é fazer um estudo sobre o movimento à deriva, a perambulação por lugares desconhecidos, ao sabor do acaso e da sorte. 

Participei dessa pesquisa ontem, no bairro do Tremembé, na Zona Norte de São Paulo, colado à Serra da Cantareira. Além do meu amigo, o Espuma, ainda haviam mais três pessoas. 

Por alguns minutos, andei pelas ruas do bairro, escolhendo em quais esquinas virar e qual sentido seguir. Minhas escolhas de trajetos foram motivadas por razões bem simples: uma música ouvida na rua, um prédio, uma área verde ou um parquinho cheio de crianças.

Entrei por uma viela porque havia uma ponte que cruzava o poluidíssimo Córrego Tremembé; decidi caminhar por uma rua porque havia música sendo tocada no que descobri ser um bar. Encontrei um parquinho com crianças e o Tremembé Atlético Clube. 

Eu gosto de caminhar à deriva. Tenho ótimas histórias a respeito. Nessas perambulações, normalmente, eu travo conversar com completos estranhos, sobre vários assuntos.

Gosto de perambular e de bater-papo, de jogar conversa fora. 

Gosto de lugares desconhecidos e de amigos em potencial, mesmo que seja por alguns minutos.

Depois da pesquisa, fomos almoçar e traçamos um ótimo frango à passarinho com polentas. Como estávamos em cinco, e cinco mortos de fome, ainda pedimos uma "alheira", uma espécie de linguiça, e fechamos a refeição com um maravilhoso petit gateau.

Foi uma tarde de enorme aprazibilidade, como diria o Espuma. 

Paz e Bem!

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