Houve um tempo em que eu simplesmente não me abalava, não sentia saudades de nada. Os dias só me interessavam na media em que eles chegavam. Pouco me importava o antes; ainda menos o depois.
Hoje, pelo contrário, coitado que sou, sinto saudades de tudo. Para ser honesto, de quase tudo...
Há pouco, agora à tarde, limpei as gavetas que ficam no móvel da sala que serve de console de computador, biblioteca e home teather (TV e DVD player, entre outras necessidades básicas da vida moderna). É o móvel grande aqui da sala, para resumir.
Encontrei fitas cassete, cujo conteúdo desconheço, carteirinhas de imprensa de eventos no qual trabalhei, fotos (coisa terrível) e ingressos para cinema e teatro.
Sim, eu tinha o hábito horrível de guardar esses pequenos souvenirs, como uma menina de 15 anos. Admito que ainda não parei com isso...
Bom, encontrei ingressos para os filmes "Onde os fracos não têm vez" e "Ensaio sobre a Cegueira". Pelo menos, um sinal de bom gosto, não? Os canhotos dos ingressos não têm data.
E achei o canhoto do ingresso e o flyer da peça "Navalha na Carne", de Plínio Marcos, meu conterrâneo que infelizmente eu não conheci.
E achei o canhoto do ingresso e o flyer da peça "Navalha na Carne", de Plínio Marcos, meu conterrâneo que infelizmente eu não conheci.
Assisti a essa peça em um pequeno teatro no Sesc Avenida Paulista, na sessão das 21 horas, no dia 23 de março de 2008, véspera do meu aniversário.
Dois anos atrás. E como tudo era diferente apenas dois anos atrás!
Me lembro de todos esses dias, com certa saudade. Por isso, não jogo fora essas pequenas evidências...
Ou, talvez, eu apenas esteja ficando velho... E, ficando velho, eu talvez queira ter algo para me lembrar com absoluta certeza, antes que esses momentos se percam para sempre na memória.
Infelizmente, vou ficar devendo uma boa resposta...
Ainda assim, como sempre, Paz e Bem!
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