Ontem, assisti o jogo da seleção brasileira contra o time da Coréia do Norte junto com um bom amigo, aqui em casa. Comemos pipoca e bebemos algumas Serras Maltes para acompanhar.
Após o jogo, meu amigo foi para casa e eu fui trabalhar.
Não vou mentir. Eu não entendo patavina de futebol; e, na verdade, nem sou muito chegado. Costumo me definir como "santista" por duas razões: é o time da minha cidade; e porque cresci ao lado do estádio da Vila Belmiro.
Mesmo sem entender nada sobre futebol, achei o jogo bem chato.
Pelo que eu me lembrava da minha infância, o objetivo do futebol é marcar gols no time adversário, mas acho que as coisas mudaram, pois o time brasileiro só tentou fazer isso no segundo tempo.
Mas achei sensacional o gol do jogador norte-coreano, aquele que fechou o placar em 2 a 1. O homem driblou dois ou três dos brasileiros para depois cravar a bola na rede.
Foi o grande momento do jogo para mim, eu admito.
Após a partida, fui trabalhar. Caminhei até o ponto de ônibus mais próximo e fui para a escola. Fiquei impressionado com a cara das pessoas nas ruas; com o jeito dos outros passageiros no coletivo.
Caras amarradas, do tipo que se encontra no final de uma tarde de domingo.
Infelizmente, as pessoas esperavam mais da seleção brasileira. Não sei se esse querer veio da mídia, que bombardeava o tempo todo que o time brasileiro ia estrear na copa com uma goleada, ou se houve outro motivo para isso, para todos aqueles rostos decepcionados.
No ônibus, completo silêncio. Ninguém falava sobre o jogo; ninguém comentava nada.
Simplesmente, seguimos todos em silêncio, a cada um dos nossos destinos individuais.
Nas ruas e em todos os lugares, muitas pessoas usavam peças de roupa nas cores verde e amarelo, mas não vi muitos rostos alegres. Os bares ao redor do meu trabalho estavam quase vazios. Alguns, estavam até mesmo bem silenciosos.
Sim, a seleção ganhou o jogo. Mas perdeu os torcedores.
Paz e Bem!
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