Nos anos de eleições, é preciso tomar cuidado. Sabe aquele ditado bíblico dos "lobos em peles de cordeiro"? Então... É preciso tomar cuidado.
Levando em conta que temos apenas duas grandes gangues de políticos no Brasil de hoje, o PT e o PSDB - as outras gangues são coadjuvantes e vão desaparecer quando alguém tiver coragem de fazer uma reforma eleitoral decente nesse país - é fácil ver duas tendências gerais na propaganda.
Tem eleitor que é cego...
A laia ligada ao PSDB - hoje em franca decadência, basta ver o número reduzido de "partidos aliados" à sua candidatura majoritária - aposta na idéia de que, no Brasil, "somos todos iguais".
Esse é um velho recurso do discurso político da direita, tão velho que nem dá vontade de comentar. Mas, já que eu me propus a isso...
Não somos todos iguais no Brasil. É cruel, hipócrita e odioso usar esse discurso em um país que separa tão violentamente os seus pobres e ricos.
Obviamente, o discurso de "igualdade" só se aplica em seu nível teórico, aquele que afirma que todos somos iguais em oportunidades, direitos e deveres.
E isso é um discurso vazio de calhordas mentirosos.
Já a laia ligada ao PT - que hoje inclui partidos "populares" como o PMDB - aposta na idéia de que esse governo - a administração Lula, iniciada em 2002 - foi um governo voltado para os trabalhadores.
Vamos aos fatos: houve uma melhora geral no nível de vida da população mais pobre, mas a estrutura geral da sociedade brasileira não foi alterada. Ou seja, quem mandava antes, continua mandando hoje.
Mas, o mais triste é assistir o PT abordar em sua propaganda o passado do partido, quando ele era remotamente socialista. Essas abordagens são feitas apenas em períodos eleitorais, e somem de vista assim que as eleições são vencidas.
Novamente, aos fatos: o PT, há um bom tempo, não é um partido socialista. O PT, e seus aliados, apesar do palavrório e das bandeiras, não têm nenhum compromisso com qualquer idéia de socialismo, mesmo que fundada em princípios éticos e vagos.
Ou seja, alcançamos o mesmo status dos EUA, onde também reina o bipartidarismo: eles são todos iguais e, virtualmente, não faz muita diferença quem ganhe as eleições.
Hoje, eu voto para que não se cancelem programas sociais.
Paz e Bem!
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