quinta-feira, 24 de junho de 2010

OTIMISMO INFUNDADO

Tenho uma amiga ques gosta de Psicologia. Eu, quanto a isso, tenho cá as minhas reservas. 

Ela me contou que sua analista afirmava que ela sempre se "sabotava". Por "sabotar-se", eu compreendo a idéia de que nós estamos sempre tentando nos impedir de alcançar a felicidade ou de conquistar alguma realização em alguma área da vida. 

E fazemos isso de várias formas, quase sempre, certo?

Acredito que o ato de sabotarmo-nos só é possível quando acreditamos que o que as outras pessoas dizem - sobre o que somos; e, pior, sobre o que deveríamos ser - é verdade. 
Um exemplo: temos de ser magros, sarados, ricos e sexualmente insaciáveis, segundo a opinião corrente nos dias de hoje. 

E eu bem sei que não me enquadro em nenhum desses ítens acima... 
Não é que temos de ser realmente desta forma, mas esta é a propaganda vendida e o mínimo aceitável é que passemos a vida correndo atrás desses objetivos.

Bom, eu não estou preocupado com isso. Nunca fui magro, nem nunca serei. Não tenho paciência para passar horas em uma academia. Não sei guardar dinheiro; prefiro gastá-lo. E, quanto ao sexo, algumas vezes, prefiro muito mais o dormir abraçadinho.

No meu caso, como cristão, existe a tentação de não me considerar "santo" o suficiente. 

Pois bem... Já que estamos jogando limpo, lá vai: eu não sou "santo".

Quando aceitamos essas definições externas do que deveríamos ser, passamos a não suportar aquilo que somos de fato

E, então, começa o processo de auto-sabotagem.

"Ah, não! Eu não mereço isso. Eu não sou digno daquilo. E, para ser sincero, aquilo, provavelmente, nem sequer existe de verdade" - essa é a nossa linha de pensamento.

Com o tempo, esse raciocínio torna-se um hábito. E nos tornamos cada vez mais fechados para as coisas boas - poucas, é verdade - que essa vidinha pode nos oferecer. 

Eu não quero ser hipócrita ou vender um falso otimismo. Eu não acho que a vida seja uma "maravilhosa aventura". Eu não acho que "tudo vai dar certo no final". 

Mas prefiro estar aberto aos eventuais atos de Graça de Deus. Só posso receber alguma coisa se estiver de braços abertos.

Paz e Bem!

Um comentário:

  1. Sabe o que eu acho? As vezes nós temos medo da felicidade que tanto esperamos alcansar, e ela pode estar mais perto doque imaginamos só que não nos permitimos tocar nela, e ela escapa entre os dedos e cai no chão.

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