sexta-feira, 21 de maio de 2010

PASTORAL

Esta manhã, tive um encontro com o Carlos, meu pastor. 

Por incrível que possa parecer, a frase acima é difícil para mim. A dificuldade encontra-se na segunda parte, "meu pastor".

"Pastor", originalmente, é uma palavra que define uma ocupação, a da pessoa - homem ou mulher - que é responsável por um rebanho de animais. Do ponto de vista bíblico, Jesus denomina-se o "bom pastor", quando nos designa como seu "rebanho". Ou seja, Ele possui as qualidades que caracterizam a profissão: liderança, responsabilidade e cuidado, entre outras.

Assim, afirmar que alguém é "meu pastor", me coloca em uma posição de inferioridade e, em última instância, de submissão. É uma relação de necessária confiança, na qual, uma pessoa, considerada mais experiente, fala. E eu ouço. 

E isso é difícil. Pelo menos, para mim, que ainda sou orgulhoso.

Mas foi um bom encontro, bastante diferente daqueles que tínhamos no início do ano passado, quando resolvi fazer uma drástica mudança de vida. Felizmente, ele estava ali para ajudar e não sei se teria conseguido sem a sua ajuda.

Aqui, mais uma vez, o orgulhoso que mora em meu coração se contorce e geme.

Mais tarde - ainda no ano passado - mais precisamente, em maio, quando eu parti ao meio, o Carlos também estava lá para dar uma força. Ele me ajudou a evitar que a coisa desandasse de novo.
Sou grato a ele. E ele sabe muito bem disso.

Hoje, passado tanto tempo, posso dizer que as questões do início do ano passado - relacionadas a uma doença - estão resolvidas. Quanto a maio, ainda estou trabalhando nisso.

Mas existem altos e baixos. Ainda assim, a montanha-russa está desacelerando e, talvez, esteja dando sua última volta. 

Foi bom encontrá-lo, Carlos. São duas horas de conversa sempre úteis.

Agradeço por sua disposição e boa vontade.

Paz e Bem!

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