sábado, 1 de maio de 2010

DESCENDO A RUA AUGUSTA

Eu e um amigo estivemos na Rua Augusta, no Centro de SP, na quarta-feira passada.
Nosso objetivo era entrar em todos os bares da rua, sem pagar nada ou, se tivéssemos de pagar, ganhando pelo menos uma cerveja cada um, na faixa.

Começamos nossa peregrinação às 23h e terminamos às 5h30 de quinta-feira, o dia seguinte. 

O que sempre me encantou na Rua Augusta, nesses poucos anos em que moro em São Paulo, é a sua diversidade. Pode-se encontrar de tudo nessa rua, desde o luxo, até o lixo.

Em nossa caminhada, encontramos livrarias, lojas de CDs, bares, boates e puteiros. Emos, homos, heteros,  playboys, patricinhas, descolados, putas e leões de chácara. 

Parte da noite, inclusive, foi devotada a uma briga com o porteiro de um puteiro. Infelizmente, ele perdeu a briga, e o emprego também. 

Outra parte da madrugada foi dedicada a uma vergonhosa partida de bilhar, na qual eu e meu amigo demonstramos como somos péssimos em sinuca.
A rua mudou, eu admito. Não encontrei naquelas esquinas a mesma alegria que eu costumava achar quando era mais novo, e passava alguns finais de semana por ali. 

Talvez, entretanto, eu tenha mudado. 

Me senti mal ao passar pelos puteiros; na calçada, homens e mulheres me convidavam para um noite inesquecível, por módicos 15 reais de entrada, com direito a uma cerveja e uma caipirinha. Me senti péssimo após a briga com o porteiro. 
Falei muito, ouvi bastante, mas conversei muito pouco com as pessoas, perfeitos estranhos, que cruzaram a minha noite. 
Terminamos a noite, eu e meu amigo, caminhando rumo à Vila Mariana, enquanto o céu clareava e os pássaros começavam a cantar. Conversamos muito. Rimos muito.

E ficamos sérios, depois.

Não acredito que eu volte lá tão cedo.

Paz e Bem!

2 comentários:

  1. "Abro os olhos vejo a Paulista o templo da burguesia, revolta e conquista" rsrs

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  2. Valeu mano, é sempre bom ter amigos como Thiago Fuschini por perto, um abraço.

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