O dia a dia, com seus afazeres e compromissos à primeira vista inadiáveis e intransferíveis, é um grande inimigo da necessidade de parar um pouco.
Sempre temos que ver, ler ou fazer algo. Seja um trabalho, uma visita ou uma ida ao shopping, mesmo que seja para comprar camisas. Sempre temos que pagar uma conta, limpar algo ou arrumar algo que quebrou.
No meu caso, sempre preciso escrever e responder e-mails, ler alguma coisa ou preparar uma aula ou um texto.
Por isso, todas as noites, faço questão de reservar algumas horas para o silêncio.
Nesse tempo, recarrego as baterias para o dia seguinte e dou espaço para tentar ouvir a voz que teima em falar no meu interior.
Por "interior, não sei se me refiro ao coração ou à mente, lá no fundo, em algum departamento bem escondido e normalmente inacessível.
É preciso silêncio para poder ouví-la.
De vez em quando, esse momento de silêncio acontece no meio da madrugada, quando a cidade está um pouco mais calma.
Aí, tomo o cuidado de manter as luzes apagadas, vou até a minha ridiculamente minúscula varanda e passo alguns momentos olhando o céu.
Esse é um exercício interessante, o de pensar com mais calma.
As coisas parecem mais claras e as decisões, mais óbvias.
Mas eu sou apenas um cara normal, e nem sempre as minhas decisões têm a força de mudar o meu dia a dia.
Normalmente, eu acordo o mesmo.
Paz e Bem!
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