NO PAU-DE-ARARA

Existe alguma coisa de terrivelmente errado conosco, não?

O relatório anual da Anistia Internacional (abaixo, neste blog, foram transcritas reportagens sobre ele) aponta que a tortura, velha conhecida dos governos de todo o mundo, continua muito bem, obrigado.

E o interessante: a tortura -  o ato de massacrar um ser humano até não dar mais, esporte normalmente praticado por policiais e soldados ao redor do planeta - acontece em várias situações e contextos, manchando inclusive as nações que se afirmam desenvolvidas.

Apesar de seu "desenvolvimento", países como os Estados Unidos ainda gostam de pendurar neguinho e dar choques em prisioneiros detidos e sob a responsabilidade estatal.

 O pau-de-arara: tecnologia e inventividade brasileiras

Ou seja, o suposto desenvolvimento (econômico, político e social, ou seja lá o que for) não é vacina segura contra essa doença. 

Sempre acreditamos que o progresso científico e o acesso à informação e educação acabaria com males como as guerras e a violência em geral.

Isso não aconteceu.

No século passado, uma das nações mais desenvolvidas do planeta elegeu um maníaco demente como seu chanceler e ele cismou que a culpa por todos os problemas do mundo cabiam a uma raça específica.

E sabemos o que aconteceu.

Aqui, sempre aceitamos a noção de que as forças do Estado - policiais e soldadinhos de chumbo - têm o direito de descer o ferro em criminosos ou "baderneiros". 

No caso brasileiro, o desrespeito pela vida humana e pela integridade física do indivíduo chegou ao ponto de sermos um dos países mais inovadores na área da tortura. Afinal, fomos nós que inventamos a modalidade "pau-de-arara".

Existe algo de errado conosco, não?

Ainda assim, Paz e Bem!