Aos pouquinhos, vou conhecendo melhor o Bóris, que não atende por qualquer outro nome. Já tentei todos: bebê, Raul, au-au e os escambau. Não rola. "Meu nome é Bóris, mesmo", ele late.
Hoje, posso dizer, sem a menor sombra de dúvida, que o lugar preferido dele em todo o meu minúsculo apartamento é a minha cama. Ele se deita, se contorce, fica de pé e pula. Depois, deita e não tem o menor jeito de tirar ele de lá.
E eu, dono babão, deixo ele lá, à vontade.
Ontem, minha quase-namorada (????) esteve aqui em casa especialmente para conhecer o Bóris, e chegou a brincar um pouco com ele.
Ah, eu devo admitir, com certo orgulho, que nunca conheci um cachorro tão gente boa como o Bóris. Ele vai com todo mundo, aceita cafuné e dificilmente late.
Apesar que, burguês como ele só, tem um certo preconceito contra moradores de rua. Late ao menor sinal de um...
Estou ensinando ele a parar com isso. Para seu profundo desgosto, sempre que ele late para um morador de rua (não uso o termo "mendigo"), eu o levo até lá e deixo a pessoa mexer nele um pouco.
Com o tempo, tenho certeza, ele vai deixar de ser besta.
Esta semana, faremos uma visita ao veterinário, para ver a quantas ele anda. Quero ter certeza de que tudo está bem e aproveitar para ver se o médico escova os dentes dele. Está difícil nesta área...
Aos poucos, como já escrevi e é cada vez mais óbvio, percebo que o Bóris me força a ser mais responsável.
A mudança é bem-vinda.
Paz e Bem!
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