MUDANÇA DE ROTA

Em uma postagem anterior, escrevi que, a partir daquele momento, eu estaria aberto a possíveis necessidades de mudança de rota. No contexto do que escrevi, eu me referia a minha vida pessoal, mas acho que este é o momento de uma alteração, no que diz respeito ao teor dos textos que escrevo e publico aqui.

Ontem, dediquei todas as postagens do dia a transcrever reportagens publicadas na imprensa sobre o Relatório Anual de Direitos Humanos da Anistia Internacional. E também escrevi dois textos sobre o assunto; notadamente, sobre o que considero ser a situação acerca do uso de tortura como principal método de investigação policial no Brasil. 

Infelizmente, como já deve ter ficado claro, tenho a tendência de ser pessimista. E isso se reflete nos textos, tanto em relação à escolha dos temas, como no próprio material publicado.

O meu pessimismo se alimenta do fato de que, apesar dos avanços - científicos, culturais e políticos - ainda gememos sob os mesmos males há muito tempo. 

Guerra. Fome. Doença. Violência. Egoísmo. 

Os cristãos diriam que essas coisas são inevitáveis, uma vez que vivemos em um mundo caído, manchado pelo pecado original da humanidade, que nos distanciou de Deus.

Sobre o tema, sugiro a leitura da história de Adão e Eva, no livro de Genesis, na Bíblia.

Infelizmente, a crença religiosa, seja ela qual for, não parece fazer grande diferença. Afinal, foram cientistas cristãos, ou de formação religiosa cristã, que inventaram a bomba atômica.

O ponto é: realmente, parece haver algo de terrivelmente errado conosco. E talvez seja realmente um eco do pecado original, do primeiro ato de desobediência, no qual os seres humanos quiseram ser deuses. 

De minha parte, tentarei abandonar temas como esse no futuro. Não quero passar - ou, melhor, voltar - a escrever sobre o mal. 

A partir de hoje, prefiro temas mais leves. 

Afinal, apesar do mal, o mundo está cheio de pessoas que lutam por um futuro melhor. E elas merecem que eu reconheça seu trabalho e escreva sobre isso. 

Paz e Bem!