Esta noite, sonhei com um amigo meu, já falecido. Foi um bom sonho, com um ar de saudade.
Nós nos encontramos na rua, eu e o Chris, e nos reconhecemos.
"Você morreu!", eu disse.
"Eu sei", ele respondeu. "Faz alguma diferença, Thiago?", ele perguntou em seguida.
Não, não fazia.
Como nos tempos idos, nós andamos muito - saudades de nossas caminhadas pelos sebos de livros de São Paulo e nossas perambulações por lugares um pouco mais exóticos! - e conversamos bastante.
O Chris sempre foi um dos caras mais inteligentes que já conheci. Lia, assistia e ouvia de tudo. Tinha esse desespero para saber, conhecer e experimentar de tudo.
Por isso, eu o admirava. Justamente por isso, nos tornamos bons amigos.
Escrevemos juntos, rimos juntos e bebemos juntos.
Uma vez, em 1994, passamos uma semana juntos, dividindo um quarto em um dos mais fuleiros hotéis de Piracicaba - R$ 10,00 por dia, imagine você, prezado leitor! - para participarmos de um congresso de estudantes de Comunicação (o famigerado Intercom).
Nesta semana, andamos como camelos, fomos em todas as festas possíveis e imaginárias e conhecemos um bocado de gente. No meu caso, conheci também a minha primeira namorada de verdade.
Incontáveis vezes, dormi em sua casa, em São Bernardo, em uma sala de TV adaptada para quarto de hóspedes. Nessa época, eu ainda morava em Santos e, como eu era um rato das festas da Universidade Metodista - assim como o Chris - acabava sempre derrubando a mochila por lá.
Agradeço por todas as vezes em que almoçei, jantei e tomei café-da-manhã em sua casa.
Saudades de você!
Paz e Bem!
Olá! Foi muito por acaso que li seu texto hoje na net! Fui amiga do Chris... Chorei ao ler seu texto... Fiz mestrado com essa figura cativante(e passei a ver o universo das HQS com outros olhos graças à ele!) e o mais engraçado: sou de Piracicaba! Ana Camilla
ResponderExcluirTambém fui amigo do Chris, na época da Metodista. Foi um choque saber da sua morte, descobri quando estava escrevendo um e-mail para ele.
ResponderExcluirOlá. Sou irmã do Chris. E foi extremamente tocando ler o relato de vocês hoje, ainda que já tenha se passado quase 12 anos da morte do meu irmão e outros quase 7 anos deste texto. Obrigada, de verdade.
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