sexta-feira, 26 de março de 2010

PORQUE TÃO SÉRIO???

Eu cresci lendo histórias em quadrinhos. Uma das minhas lembranças mais antigas é a de minha mão comprando um monte de gibis para mim na banca da padaria da esquina de onde morávamos. Nessa época - não sei quantos anos eu tinha - morávamos na Rua Vahia de Abreu, em Santos, onde meu irmão mais novo nasceu.

Isso é interessante. Cada um de nós três nasceu em um prédio de diferente, a intervalos de três anos. A mim, coube o desafio de ser o irmão mais velho. Não me dei muito bem nisso.

Leio histórias em quadrinhos até hoje. Gosto de quase todos os tipos de HQs e estou sempre olhando as novidades. Procuro apoiar os nossos sofridos artistas da área, comprando revistas feitas por autores ainda desconhecidos. Sempre poderão contar com essa minha pequena ajuda. 


Como todo fã de quadrinhos, tenho meus personagens preferidos, que, obviamente, vão mudando com o tempo. 

Um exemplo, quando eu estava crescendo, eu adorava os personagens que eram mais violentos. Eu já fui um leitor voraz das aventuras do Wolverine e do Batman, por exemplo. De vez em quando, me pego relendo alguns dos clássicos dos dois.

Hoje, como estou ficando bunda mole com a idade, prefiro ler os personagens que nunca matam seus oponentes, aqueles para quem um ato de violência desse tipo jamais passaria pela cabeça; hoje, eu gosto do Fantasma, do Superman e do Surfista Prateado.

Mas tenho ainda uma queda por um dos melhores personagens já criados nas HQs e imortalizado nos cinemas. Trata-se do Coringa, um dos principais inimigos do Batman, também conhecido como O Cavaleiro das Trevas.


Na foto acima, temos o ator Jack Nicholson, que encarnou o Coringa de forma sensacional em 1989, no filme Batman, de Tim Burton. Abaixo, a mais nova versão em carne e osso do personagem, interpretado por magistralmente por Heath Ledger, em O Cavaleiro das Trevas, filme de 2008, dirigido por Christopher Nolan.


Uma rápida olhada nas fotos já mostra uma óbvia diferença na caracterização da personagem no intervalo de quase duas décadas entre os dois filmes: o Coringa de Nicholson, apesar de desfigurado - seu sorriso e a descoloração dos seus cabelos e rosto são permanentes - tem ainda um aspecto de palhaço.

No caso do Coringa de Ledger, trata-se de um homem que utiliza a maquiagem de palhaço como uma forma de esconder duas cicatrizes que possui no rosto.


Acima, o Coringa dos quadrinhos. No caso, trata-se do Coringa de Dave Mackean, que ilustrou a já clássica Arkham Asylum no final da década de 1980. 

Um pouco de história. O Coringa foi criado pelos mesmos autores que nos legaram o Batman, em 1940. Segundo os artistas, o personagem foi inspirado pelo filme da década de 1930, O homem que ri (The man who laughs), no qual o ator Conrad Veidt interpreta um criminoso que tem um permanente sorriso no rosto.


O Coringa é um assassino insano. Sua origem é um tanto misteriosa, mas acredita-se que se trata de um ladrão que ficou deformado a partir da exposição à produtos químicos em um assalto impedido pelo Batman. Ao constatar sua desfiguração, o criminoso enlouqueceu.

O que torna o Coringa tão interessante? Para mim, sua completa imprevisibilidade e sua absoluta falta de respeito por qualquer padrão de conduta ética ou moral. 

O negócio dele é criar caos.


Paz e Bem?

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