segunda-feira, 29 de março de 2010

ATENTADO EM MOSCOU

Na manhã desta segunda-feira, 34 pessoas foram mortas em atentados terroristas ocorridos em Moscou, na Rússia. O número de feridos ainda não foi divulgado pelo governo russo.

Abaixo, trecho da reportagem divulgada pelo UOL Notícias, tendo como base informações de agências internacionais:  

"A primeira explosão aconteceu pouco antes das 8h (horário local, 2h de Brasília) na estação Lubyanka, causando a morte de pelo menos 22 pessoas e deixando outras 11 gravemente feridas.

A estação fica na praça Lubyanka, onde está localizada a sede do Serviço Federal de Segurança da Rússia (da sigla FSB, antiga KGB).

A segunda explosão, que ocorreu na estação Park Kultury, deixou outros 12 mortos e um número ainda indeterminado de feridos. Segundo a Promotoria russa, os atentados podem ter sido causados por terroristas suicidas. Até o momento, ninguém reinvindicou a autoria da explosão, informou a rede de televisão CNN. Ainda de acordo com a rede americana, o governo acredita que as explosões foram ocasionadas por ataques terroristas".

Este foi o sexto atentado ocorrido no sistema de metrô de Moscou nos últimos 12 anos. O governo russo acredita que os ataques foram realizados por terroristas que lutam pelo direito à auto-determinação da Chechênia, território cujo movimento em prol de sua separação da Rússia foi esmagado violentamente na década de 1990, por meio de uma intervenção militar. 

A Chechênia é uma república cuja maioria da população professa a fé islâmica (por isso, foi possível ao governo russo, nos últimos anos, acusar os separatistas de terem ligações com grupos muçulmanos radicais, como a Al-Qaeda). O país é um importante produtor de petróleo, daí sua virtual impossibilidade de ter seu direito à autonomia reconhecido por Moscou.

Em 1991, após o colapso da ex-URSS, à qual a república chechena havia sido incorporada na marra na década de 1920, teve início o movimento separatista, sufocado pelo governo russo, ao custo de duas intervenções militares (1994-1997 e 1999-2003) e mais de 150 mil mortos.

Não tenho pretensões de oferecer uma análise sobre a situação na Chechênia ou sobre o atentado de hoje em Moscou. Não conheço o caso a fundo e as informações disponibilizadas nesta postagem foram obtidas por meio de uma rápida pesquisa na internet.
Infelizmente, a guerra moderna - seja ela justa ou não - é travada dessa forma: a custo de mortes de não-combatentes, ou seja, civis. No caso de hoje, a insistência, por parte do governo russo, de não aceitar a independência da Chechênia, somado ao fanatismo de separtistas chechenos, levou 34 pessoas à morte. 

Talvez, isso possa acabar um dia.

Paz e Bem?

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