quinta-feira, 11 de março de 2010

E, NO MEIO DO CAMINHO, HAVIA UM GATO PRETO

Há pouco mais de duas semanas, sofri um acidente de carro bastante grave. Fui pego por um ônibus  da Viação Gato Preto (é lógico!) em um cruzamento (ou encruzilhada, se você é um bichinho supersiticioso, caro leitor), quando seu motorista tentava uma intrépida manobra: atravessar o sinal vermelho em uma esquina do bairro do Ipiranga.

Infelizmente, eu o vi tarde demais; e ele não conseguiu parar. 

O ônibus atingiu meu carro do lado do passageiro e me arrastou por cerca de meia quadra. Resultados: o carro e o ônibus foram destruídos, assim como um árvore e um poste de energia. 

No meu corpo, os resultados foram mais interessantes: uma costela quebrada, ferimentos na cintura, cortes e hematomas. E três dias internado em um hospital, incapaz de me mover. E dez dias em Santos, em recuperação.

O acidente aconteceu em uma segunda-feira, por volta das 22h30,  quinze minutos depois de eu ter saído da escola em que trabalho, que fica no Ipiranga.

Não, eu não estava alterado.

Segundo meu pai, que teve a bondade de vir me ajudar no hospital, eu poderia ter morrido e deveria ser grato por ter escapado sem sequelas.
Na verdade, a única sequela foi a perda do carro - que tem seguro - e a dor constante, que diminuiu agora, mas continua, intrépida.

Mas ele tem razão, o meu pai. Se o ônibus tivesse se chocado contra o lado do motorista, eu teria morrido. Se eu estivesse sem cinto, teria morrido.

Desta forma, provavelmente, também devo concordar com mais isso: eu deveria estar agradecido.

E estou. Estou arrebentado e dolorido, inchado e roxo, mas estou agradecido. Tenho mais uma chance, uma prorrogação, e pretendo usar isso direito.

Mas está tudo bem.

Agradeço aos meus amigos que se preocuparam e me ligaram e me procuraram. Obrigado pelo seu carinho. E pela sua insistência em me fazer dar risada, apesar de que até para respirar estava doendo. 

Meu agradecimento a vocês todos, de coração.

Aproveitei o tempo de molho para ler que nem um condenado, ver filmes e me inteirar sobre as aventuras dos irmãos Sam e Dean, da série de TV Supernatural (Sobrenatural). Bem legal. 

Hoje, quarta-feira, voltei ao trabalho e, na semana que vem, volto ao Mestrado.

Paz e Bem!

Um comentário: