Há pouco mais de duas semanas, sofri um acidente de carro bastante grave. Fui pego por um ônibus da Viação Gato Preto (é lógico!) em um cruzamento (ou encruzilhada, se você é um bichinho supersiticioso, caro leitor), quando seu motorista tentava uma intrépida manobra: atravessar o sinal vermelho em uma esquina do bairro do Ipiranga.
Infelizmente, eu o vi tarde demais; e ele não conseguiu parar.
O ônibus atingiu meu carro do lado do passageiro e me arrastou por cerca de meia quadra. Resultados: o carro e o ônibus foram destruídos, assim como um árvore e um poste de energia.
No meu corpo, os resultados foram mais interessantes: uma costela quebrada, ferimentos na cintura, cortes e hematomas. E três dias internado em um hospital, incapaz de me mover. E dez dias em Santos, em recuperação.
O acidente aconteceu em uma segunda-feira, por volta das 22h30, quinze minutos depois de eu ter saído da escola em que trabalho, que fica no Ipiranga.
Não, eu não estava alterado.
Segundo meu pai, que teve a bondade de vir me ajudar no hospital, eu poderia ter morrido e deveria ser grato por ter escapado sem sequelas.
Não, eu não estava alterado.
Segundo meu pai, que teve a bondade de vir me ajudar no hospital, eu poderia ter morrido e deveria ser grato por ter escapado sem sequelas.
Na verdade, a única sequela foi a perda do carro - que tem seguro - e a dor constante, que diminuiu agora, mas continua, intrépida.
Mas ele tem razão, o meu pai. Se o ônibus tivesse se chocado contra o lado do motorista, eu teria morrido. Se eu estivesse sem cinto, teria morrido.
Desta forma, provavelmente, também devo concordar com mais isso: eu deveria estar agradecido.
E estou. Estou arrebentado e dolorido, inchado e roxo, mas estou agradecido. Tenho mais uma chance, uma prorrogação, e pretendo usar isso direito.
Mas está tudo bem.
Agradeço aos meus amigos que se preocuparam e me ligaram e me procuraram. Obrigado pelo seu carinho. E pela sua insistência em me fazer dar risada, apesar de que até para respirar estava doendo.
Meu agradecimento a vocês todos, de coração.
Aproveitei o tempo de molho para ler que nem um condenado, ver filmes e me inteirar sobre as aventuras dos irmãos Sam e Dean, da série de TV Supernatural (Sobrenatural). Bem legal.
Hoje, quarta-feira, voltei ao trabalho e, na semana que vem, volto ao Mestrado.
Paz e Bem!
Caraca meu...
ResponderExcluirque bom que vc está ai, não era hora do seu desenlace...