quinta-feira, 6 de agosto de 2009

BAADER-MEINHOF

Ontem, quarta-feira, eu e um amigo assistimos ao filme O Grupo Baader-Meinhof aqui em São Paulo. A película, um semi-documentário, narra a trajetória desse grupo de guerrilha urbana que atuou na Alemanha (a Ocidental, na época), durante boa parte dos anos 70.

Caso o leitor tenha interesse em mais informações sobre o filme, recomendo a resenha publicada no website Omelete. O endereço é http://www.omelete.com.br/cine/100021012/Critica__O_Grupo_Baader_Meinhof.aspx

O filme mostra, com detalhes, a violência do grupo - responsável por ações armadas como sequestros e roubos a banco - e também a brutalidade policial no combate aos guerrilheiros, que utilizaram práticas como tortura física e psicológica contra prisioneiros desarmados e rendidos.

Pois bem. Anos atrás, eu provavelmente teria ficado muito mais empolgado com o filme, principalmente devido ao meu histórico socialista (apesar que hoje estou muito mais próximo do anarquismo do que do socialismo).

Hoje, vejo que a violência, mesmo que teoricamente justificável, quando se trata de uma violência praticada pelo oprimido conta o opressor, na verdade é inútil, uma vez que ela gera uma crescente escalada de brutalidade, que acaba por tragar ambos os lados em combate.

E a brutalidade - seja ela física ou não - nos rouba nossa humanidade, que é o nosso maior dom.

Por favor, entenda que quem escreve essa postagem não é um homem ingênuo. Já participei de várias manifestações políticas e já atuei como militante partidário. E sei que a política muitas vezes resvala em alguma forma de violência.

Entretanto, a violência, em suas várias formas, apesar de inerente ao processo político, é um mal e todo o mal deve ser combatido ou, se isso for impossível, evitado.

Hoje, meus heróis não são mais Carlos Marighella ou Che Guevara. Hoje, admiro homens como Mahatma Gandhi e Martin Luther King, símbolos da luta política que utiliza métodos não-violentos.

Paz e Bem!

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