Hoje, pela manhã, quase briguei com o meu barbeiro. Me contive à tempo, felizmente me lembrando de que não é muito sensato discutir, ou simplesmente deixar exataldo, com alguém que tem uma navalha na mão, junto ao seu pescoço!
Qual era o assunto da discussão?
Era um daqueles quatro temas que não se deve, nunca, jamais, em hipótese alguma, discutir: religião. Quais são os outros temas? Oras, futebol, política e orientação sexual.
É verdade: religião e navalha não combinam.
Quanto a mim, um pequeno informativo:
Em religião, eu sou cristão.
No futebol, eu prefiro que o Santos vença.
Em política, voto sempre na esquerda.
Quanto à orientação sexual, sou ortodoxo!
Meu barbeiro é crente evangélico e frequenta a Congregação Cristã no Brasil (se você é leitor, ou leitora, deste blog, sabe que faço parte de uma comunidade chamada Caminho da Graça).
A CCB é um dos grupos mais conservadores e ortodoxos na igreja evangélica brasileira. Lá, as mulheres usam coque ou cabelo comprido, saia e têm de usar véus durante os cultos.
Essa tradição vem dos ensinos do apóstolo Paulo sobre as mulheres, com base na antiga crença judaica sobre a inferioridade da mulher em relação ao homem.
No meu caso, sei o suficiente sobre homens e mulheres para entender que somos iguais, nem um melhor, e nem outro pior.
Infelizmente, a igreja evangélica ainda está manchada pelo pecado do preconceito, seja qual for a forma em que ele deseje se manifestar. E o resultado do preconceito é sempre o mesmo: segregação e, em última análise, violência.
O nosso problema está em compreender a Bíblia em seu sentido literal, sem nos atermos ao fato de que seus escritos foram produzidos por homens, e estes homens viviam em determinado tempo e lugar, sendo incapazes de se desvencilhar de sua história pessoal ao escrever.
Igualzinho a mim. E a você, também.
Paz e Bem!
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