"Permitam-me ser franco neste começo: vocês não vão gostar de mim.
Os cavalheiros terão inveja; as senhoras, nojo.
Vocês não vão gostar de mim agora. Passarão a gostar menos com o tempo.
Senhoras um aviso: quero transar. O tempo todo. Não estou me gabando nem opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo, e irão suspirar.
Não façam isso.
É melhor, para vocês, ver e tirar suas conclusões de longe... do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia.
Cavalheiros, não se desesperem: também sou promíscuo com vocês, e vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até eu acabar de falar.
Mas, mais tarde, quando transarem, e mais tarde vocês vão transar... esperarei isso de vocês e saberei, se me decepcionarem... eu quero que transem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônadas. Sintam como era para mim, como é para mim... e pensem: “Este tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe alguma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça... naquele momento luminoso e eterno?”
É isso.
Esse foi meu prólogo. Nada rimado, nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso.
Discurso que dá início ao filme "O Libertino" (The Libertine, em inglês), que narra a vida de John Wilmot, o Segundo Conde de Rochester, um dos principais poetas da Restauração Inglesa.
Rochester faleceu em 1680, aos 33 anos, vítima de sífilis, alcoolismo e depressão.
Rochester faleceu em 1680, aos 33 anos, vítima de sífilis, alcoolismo e depressão.
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