segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM"

Esta noite, participei de uma Ceia do Senhor no Caminho da Graça, comunidade cristã da qual faço parte.

Em termos gerais, a Ceia, no contexto evangélico, é uma celebração do sacrifício de Cristo na Cruz - Sua morte por crucifixão como ato responsável por reunir novamente os homens e Deus, por meio da remissão de nossos pecados - uma celebração feita em Sua memória, na qual consuminos as espécies pão e vinho.

A tradição de celebrar a Ceia remete ao próprio Salvador, quando, na noite anterior à Sua paixão, Ele e os primeiros discípulos reuniram-se para uma última refeição juntos. O pão representa Sua carne - "que foi partida por vós", nas palavras do próprio Jesus - e o vinho, Seu sangue, "derramado por vós".

No Caminho da Graça, a Ceia é realizada mensalmente. Neste encontro, nos reunimos ao redor de uma mesa e consumimos um pedaço de pão e uma taça de suco de uva, o pão e o vinho.

A realização da Ceia, sua celebração -  no contexto católico, a missa, na partilha da Eucaristia, faz essa comemoração todos os dias - é um ato de obediência à Cristo. Ele mesmo pediu que, todas as vezes em que Seus discípulos se reunissem, realizassem a Sua ceia, em Sua memória.
 
A morte de Cristo na cruz, e Sua ressurreição na manhã do terceiro dia, representam o ápice de Sua mensagem: Seu sacrifício nos torna justos perante Deus, apesar de nossos erros, falhas e pecados.

"Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida", ele disse. Assim seja!

Infelizmente, nossa aceitação desse fato, quando meramente um exercício intelectual, ou seja, quando baseado apenas nos conhecimentos que adquirimos por meio da leitura das Escrituras, é inútil.

Trata-se de um passo muito maior, com base na fé, e não na absorção de conceitos.

Eu creio, mas minha fé é pequena e vacilante. Ainda vejo com os olhos da mente; os olhos do meu coração ainda estão meio embaçados.

Um dia, talvez, saberei que, realmente, de verdade mesmo, todos os meus pecados - erros, burradas, mentiras e sacanagens -  ficaram para trás e, ainda mais importante, não são mais essas derrapadas as coisas que me definem diante de mim mesmo, de Deus e de outras pessoas.

Talvez uma dia eu saiba disso.E possa olhar as coisas com olhos menos pesados.

Mas, ainda assim, talvez não...

Paz e Bem!

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