Algumas vezes, tenho a grande sorte de cruzar com algo que muda meu mundo, ou, melhor ainda, minha visão sobre as coisas. Considero isso um grande presente da vida.
No meu caso, o que muda minha visão, ou que me força a abrir os olhos, como na maioria dos casos que acontecem aos bilhões no mundo, são novas experiências. Uma pessoa com quem eu converso, um novo amigo, um livro novo devorado em poucos dias. Filmes e músicas. Paisagens. E, sim, meu Deus, os maravilhosos quadros pintados ao pôr-do-sol, principalmente aqueles que seguem as grandes tempestades.
Sim, eu me impressiono todos os dias. Deus abençoe aqueles de nós que mudamos na lua cheia.
Me pego escrevendo esse texto às 3 horas da manhã de sexta-feira, dia 4 de dezembro de 2009. Segundo uma antiga tradição, as 3 horas da madrugada é o horário das bruxas, do mal e dos demônios. Pouco me importo. Escreverei sobre coisas boas e, se possível, de maneira apaixonada.
Bom, uma das coisas que me mudou recentemente foi um filme, senhoras e senhores!
Há alguns dias, assisti o filme Across the Universe. E revi, vi de novo e assisti mais uma vez.
O filme mostra a trajetória de um casal de namorados nos Estados Unidos da década de 1960. Ele é inglês, de Liverpool; ela é americana.
O filme mostra a trajetória de um casal de namorados nos Estados Unidos da década de 1960. Ele é inglês, de Liverpool; ela é americana.
E este casal, e seus amigos, por entre maravilhosas revisões de músicas dos Beatles, atravessam todos os fatos conturbados daquela época: a eclosão da revolta dos negros americanos contra o racismo, a morte do principal líder da luta pelos direitos civis, Martin Luther King, um dos meus heróis pessoais e, é claro, a Guerra do Vietnã.
No meu caso, uma das minhas primeiras mudanças ao assistir Across the Universe foi a esmagadora certeza de que eu ainda não sabia nada sobre os Beatles. Não que eu saiba mais agora, depois do filme, mas hoje admito que os caras mandavam muuuuuito bem.
O filme é recheado de canções dos Beatles e de referências à contra-cultura que, na época, ameaçava mudar o mundo, até ser engolida pelo mundo e transformada em mercadoria. Aí, a rebeldia foi embalada e vendida.
A revolução das drogas que expandiam a consciência foi transformada em dependência química e no narcotráfico.
A revolução da liberação sexual, que prometia igualar os sexos, se transformou em pornografia, promiscuidade e, anos mais tarde, na epidemia de AIDS.
E a contra-cultura, com maravilhosos escritores, poetas e artistas, pode ser comprada em qualquer megashop da Avenida Paulista.
Mas eu lhes prometi uma postagem sobre temas alegres. Então, temos de manter os nossos olhos bem abertos, à procura de cada pequeno sinal de esperança e de mudança.
E os sinais estão em todo lugar. Basta querer encontrá-los e, se tivermos coragem, tornarmo-nos parte da mudança.
Eu, eu ainda quero mudar o mundo.
Paz e Bem!
Post-Scriptum: Se esse texto, por qualquer motivo, lhe empolgar a assistir Across the Universe, ou a lhe dar uma segunda chance, caso você não tenha gostado da primeira vez em que o viu, ficarei feliz.
Uma dica: abra bem os olhos quando alguém começar a cantar Let it be ou, mais tarde, Love is all you need.
Eles estão certos!
Mais uma vez, Paz e Bem!
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