Nos conhecemos por acaso.
E, então, eu descobri que não existe acaso. Nem coincidências.
No começo, trocamos letras.
“Oi, moça!”
“Oi, moço!”
E as letras viraram palavras,
que se transformaram em frases.
E os minutos em que conversávamos começaram a se estender...
E tornaram-se horas.
De longe, milhares de quilômetros longe, eu a admirava...
Ah, que linda!
Seus cabelos, seus ombros e seu sorriso.
Toda perfeita.
Uma noite, ela me surpreendeu com um olhar apaixonado.
Fiquei quieto, olhando, bobo de alegria.
E o tempo mudou.
Antes, distante, ela veio. Ela veio!
Nos encontramos em frente a uma livaria.
Eu, pingando. Ela, de botas, malas e sono.
Nos primeiros minutos, não pude ficar longe.
E ela, mais alta que eu, me cobriu com sua boca e cabelos.
Andamos, de mãos dadas ou simplesmente abraçados.
Passeios, gargalhadas e pétalas de rosas degustadas.
Queria que, ao ler estas palavras, ela decidisse ficar.
Simplesmente não pudesse ir embora jamais.
Mas, não se pode ter todas as coisas que se deseja, não é verdade?
Sei que ela vai embora.
Sei que ela vai embora.
Ainda assim, resta a esperança.
Talvez...
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