sábado, 24 de julho de 2010

QUANDO EU QUERIA SER UM SUPER-HERÓI

Quero ter compromisso com algo.

Quando eu era mais jovem, como todo romântico incurável, eu percebia as coisas erradas no mundo - pobreza, crimes e violência - e sonhava poder mudar tudo isso.

Sim, crescido em meio a histórias em quadrinhos e filmes, eu sonhava em ser um herói.

Aos 18, 19 anos, talvez, abraçei o ideal socialista. Militei em partidos políticos, escrevi e falei. Dei porrada e tomei porrada.

Hoje, vejo poucas chances de se mudar o mundo por meio da política. Sou quase anarquista; ou algo parecido, talvez.

Aos poucos, e cada vez mais, perco as esperanças de poder mudar o mundo algum dia. Fico paralisado diante das enormes dificuldades que enfrento em mudar a mim mesmo.

E, segundo Gandhi, um dos meus heróis pessoais, para se mudar o mundo, deve-se começar a mudança por si mesmo.

Sei o quanto isso é difícil. Sei o quanto velhos hábitos, costumes e formas de pensar lutam com unhas e dentes para tentar sobreviver.

Quase todos os dias, eu caio. Quase todos os dias, eu me levanto. Ás vezes, mas nem sempre, pouco arranhado. Nas outras, me ergo mancando.

Sei que nunca vou ser super-herói. Mas me contentaria muito em ser simplesmente um homem. 
Só isso, esse imenso pequeno passo, já me deicaria feliz e satisfeito.

Supimpinha. Serelepe.

Paz e Bem!

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