terça-feira, 13 de julho de 2010

CUBA LIBERTA DISSIDENTES POLÍTICOS

O governo de Cuba libertou ontem um grupo de sete dissidentes, que foram encaminhados à Espanha. Ao todo, serão libertadas 20 pessoas.


A ação do governo cubano faz parte de um acordo internacional para a libertação de um total de 52 pessoas  nos próximos quatro meses.  As negociações envolveram os governos de Cuba e da Espanha e a Igreja Católica.

Todos os dissidentes libertados - e também suas famílias - receberão a pena de exílio de Cuba. Países como Espanha, Chile e Estados Unidos já se ofereceram para recebê-los. 

Essas pessoas estavam presas desde 2003 e foram sentenciadas a penas que variam entre seis e 28 anos de prisão. 

Segundo a ONG cubana Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, havia 167 prisioneiros de consciência - outro nome para dissidentes políticos - em Cuba antes da libertação deste grupo. O número é corroborado pela Anistia Internacional, ONG multinacional que documenta casos de violações de direitos humanos.

O governo de Cuba afirma não haverem presos políticos no país. Todos os prisioneiros foram julgados por crimes comuns e são acusados de serem financiados pelos Estados Unidos para desestabilizar o país.

 Para quem conhece História, essa é uma tática normal das ditaduras. Na década de 1970, os nossos militantes de esquerda que combatiam a ditadura militar eram encarcerados sob a acusação de "terrorismo" e "assalto à banco", por exemplo.

Outra tática comum das ditaduras em relação aos seus opositores, além de os tratar como criminosos comuns, é o silêncio.


A página na internet do jornal Granma, órgão oficial do Partido Comunista de Cuba, não publicou nenhuma notícia sobre a libertação do grupo de prisioneiros.

Segundo agências internacionais, esta é a primeira vez em que dissidentes políticos são libertos em Cuba desde 1998. Na última vez, o ex-presidente Fidel Castro libertou 101 pessoas antes da visita do Papa João Paulo II à ilha. 

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O texto acima não contém nenhum tipo de análise, mas apenas a descrição de fatos, com base em informações de agências internacionais. 

Tentei levantar informações por meio de acesso ao órgão oficial do PC Cubano, o jornal Granma, mas, como era de se esperar, não havia nada a respeito.

Entretanto, havia algo. 

No Granma, foi noticiada a visita de representantes do governo espanhol à Cuba. O interesse do governo cubano é que a Espanha colabore no esforço de aumentar o comércio entre a ilha e a União Européia.

Provavelmente, aqui está a contrapartida do governo de Cuba para a libertação dos dissidentes políticos.

Paz e Bem!

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