domingo, 25 de outubro de 2009

A SOLUÇÃO FINAL

Hoje, assisti ao filme "A Solução Final" (Eichmann, no título original), produção norte-americana, que trata do processo de interrogatório de Adolf Eichmann, responsável pelos campos de concentração nazistas durante a II Guerra Mundial.



Eichmann, que chefiou o processo de transporte de judeus de vários países da Europa para os campos de concentração (Dachau, Auschwitz, entre outros), foi preso pelo serviço secreto israelense em 1960, em Buenos Aires, capital da Argentina.

Dois anos depois, em junho de 1962, Eichmann foi executado pelo governo de Israel após um julgamento. O processo de interrogatório que antecedeu o julgamento levou cerca de sete meses.

A meta do governo de Israel, em seu processo jurídico, era estabelecer a responsabilidade pessoal de Eichmann em relação ao Holocausto. 

Em sua defesa, Eichmann, que alegava não ser anti-semita (anti-judeu), sempre insistiu que estava cumprindo ordens do governo e que era meramente um administrador do sistema e não o responsável direto por sua implementação e funcionamento.

Entretanto, sem sua participação, como responsável pelo transporte de prisioneiros e pelo funcionamento dos campos de concentração - ele inclusive esteve diretamente envolvido na adoção do gás Zyklon B como forma de extermínio de prisioneiros - talvez a história do Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram assassinados, tivesse sido diferente.

A "Solução Final da Questão Judaica" tornou-se política oficial do governo nazista somente a partir de 1942, quando as populações judias da Europa passaram a ser transferidas para o complexo de campos de concentração, majoriatariamente situados em países do leste europeu, sob ocupação nazista à época.

Não tenho a intenção de falar sobre os horrores do Holocausto. O assunto foi tratado por pessoas muito melhores do que eu. 

Entretanto, acredito que, ante tamanha desumanidade e, principalmente, diante da frieza com que o Holocausto foi realizado, é impossível ficar indiferente aos fatos que ocorreram.

Essa nossa incapacidade de ficarmos indiferentes ao massacre meticulosamente planejado de seis milhões de pessoas inocentes em um período de cerca de quatro anos, durante a mais devastadora guerra já travada pela humanidade, é provada pela imensa quantidade de filmes, documentários e livros produzidos sobre o assunto.

Infelizmente, genocídios como esse, ainda que em menor escala, acontecem todos os dias. Mas, talvez, aprendamos um dia.

Ainda assim, Paz e Bem!

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