domingo, 25 de outubro de 2009

CHARLES CHAPLIN

Um dos meus grandes heróis é o cineasta-escritor-ator-diretor inglês Charles Chaplin.

Descobri Chaplin quando ainda era adolescente, ao assistir o a cinebiografia Chaplin, dirigida por Richard Attenborough e protagonizada por Robert Downey Júnior. Na época, ainda não tinha visto seus filmes, pois tinha um certo problema com filmes antigos, felizmente superado.

Depois, li um pouco a seu respeito e finalmente cheguei aos filmes.

Não vou tentar descrever a emoção que senti ao assistir filmes como O Grande Ditador ou Em Busca do Ouro ou, ainda, Tempos Modernos. Você, leitor, ou leitora, deve assistí-los por si mesmo.



Bom, no começo desta postagem, afirmei que Chaplin era um dos meus heróis. Então, a pergunta lógica a se fazer é "porque ele é um dos seus heróis?".

Vou tentar responder.

Admiro Chaplin por sua capacidade de, apesar de ser um artista envolvido com a comédia, ter sido capaz de, alguma forma, refletir o mundo em que vivia em seus trabalhos.

Só para citar dois exemplos: O Grande Ditador, no qual ele satiriza a figura de Hitler, foi realizado pouco antes da eclosão da II Guerra Mundial. Tempos Modernos mostra a substituição do homem pela máquina e o consequente aumento do desemprego. Este filme foi produzido após o crash da Bolsa de New York, evento que mergulhou o Ocidente na pior crise econômica do século XX.

Admiro Chaplin por sua independência em relação à ideologias. Antes de tudo, ele era um humanista, uma espécie francamente em extinção, já que, nos tempos atuais, não valorizamos o homem, ou a mulher, por si mesmos, mas apenas por aquilo que eles possuem ou, máximo do egoísmo, podem nos proporcionar e oferecer.

Admiro Chaplin por, apesar de frequentemente retratar situações de angústia - guerra e crise econômica, por exemplo - ele o fez com bom humor e singeleza.

E esses são alguns dos elementos dos quais a esperança é formada. E sempre precisaremos dela.


Abaixo, transcrevo um pequeno esboço biográfico de Charles Chaplin, retirado do website Pensador Info. O endereço eletrônico é hhtp://www.pensador.info/. O texto do site será grafado em itálico.

Biografia Charles Chaplin

Sir Charles “Charlie” Spencer Chaplin foi o mais famoso ator dos primeiros momentos do cinema hollywoodiano, e posteriormente um notável diretor. No Brasil é também conhecido como Carlitos (equivalente a Charlie), nome de um dos seus personagens mais conhecidos. Chaplin foi uma das personalidades mais criativas da era do cinema mudo; ele atuou, dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente financiou seus próprios filmes. Chaplin, cujo quociente de inteligência era de 140, foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão americano Samuel Reshevsky. Nasceu em Walworth, Londres, dos pais Sr. Charles e Hannah Harriette Hill, ambos animadores do Music Hall.

Seu principal personagem foi O Vagabundo (The Tramp): um andarilho pobretão com as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro, vestindo um casaco firme e esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e sua marca pessoal, um pequeno bigode.

Chaplin iniciou sua carreira como mímico, fazendo excursões para apresentar sua arte. Em 1913, durante uma de suas viagens pelo mundo, este grande ator conheceu o cineasta Mack Sennett, em Nova York, que o contratou para estrelar seus filmes.

Em 1918, no auge de seu sucesso, ele abriu sua própria empresa cinematográfica, e, a partir daí, fazia seus próprios roteiros e dirigia seus filmes. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego. Produziu grandes obras como: O Circo, Rua de Paz e Luzes da Cidade.

Adepto ao cinema mudo, o também cineasta, era contra o surgimento do cinema sonoro, mas como grande artista que era, logo se adaptou e voltou a produzir verdadeiras obras primas: O Grande Ditador, Tempos Modernos e Luzes da Ribalta.

Na década de 1930 seus filmes foram proibidos na Alemanha nazista, pois foram considerados subversivos e contrários a moral e aos bons costumes. Porém, na verdade, representavam uma crítica ao sistema capitalista, à repressão, à ditadura e ao sistema autoritário que vigorava na Alemanha no período.

Em 1965, publicou sua autobiografia, Minha Vida. Em 1977, na noite de Natal, o mundo perdeu um dos grandes representantes da história do cinema.


Paz e Bem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário