segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O RETORNO DE UM HERÓI

Hoje, assisti ao filme "O Retorno de um Herói" (Taking Chance, no título original em inglês), produção norte-americana lançada este ano.




O filme narra a viagem de um coronel do Exército dos Estados Unidos pelo país, transportando o corpo de um soldado morto no Iraque.

O filme, uma produção da HBO (um dos ramos da megacorporação Warner Bros), o que significa que é um filme originalmente feito para a televisão, e não para os cinemas, é baseado em fatos reais, ao narrar o funeral do soldado Chance Phelps, morto com combate em 2004, no Iraque.

Apesar de sua temática, não se trata de um filme de guerra, ou de um drama pacifista, como é, por exemplo, o filme "Nascido em 4 de Julho", de Oliver Stone. 

Em "O Retorno de um Herói" não há espaço para filosofias sobre o sentido, ou a ausência de um, para as guerras. O filme se limita a mostrar o impacto que a viagem do coronel, acompanhado de um cadáver, tem sobre várias pessoas, sejam elas civis ou militares.

E cumpre o seu propósito de forma emocionante, principalmente quando o coronel chega à cidade natal de Phelps e tem de se confrontar com amigos e familiares do rapaz morto.

Agora, não tenho intenção de oferecer nenhuma profunda visão sobre a natureza da guerra. Elas são um fato, infelizmente. E continuarão sendo um fato nos anos porvir.

No nosso caso, em que vivemos em um país que participou de um último confronto há mais de 60 anos (militares brasileiros foram enviados à Itália, como parte do esforço militar aliado, em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial), felizmente, não estamos acostumados à guerra.

As nossas guerras são outras. Elas acontecem nas nossas cidades, nas favelas, no trânsito. No interior do país, entre pessoas que são donas de tudo e outras, que não são donas de nada.

As nossas guerras são travadas contra nós mesmos.

Paz e Bem!

Um comentário:

  1. Excelente filme, mostra reverenia e o amor que devemos aos valores.

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