terça-feira, 30 de novembro de 2010

Thank You Lord
Thank you, Lord, for what you've done for me.
Thank you, Lord, for what you're doing now.
Thank you, Lord, for ev'ry little thing.
Thank you, Lord, for you made me sing.

Say I'm in no competition,

But I made my decision.
You can keep your opinion.
I'm just calling on the wise man's communion.

Thank you, Lord, for what you've done for me.

Thank you, Lord, for what you're doing now.
Thank you, Lord, for ev'ry little thing.
Thank you, Lord, for you made me sing.

Sing along, sing along.


I don't fear their humiliation,

Just to prove my determination.
I don't yield to temptation,
I haven't learn't my lesson in Revelation.

Thank you, Lord, for what you've done for me.

Thank you, Lord, for what you're doing now.
Thank you, Lord, for ev'ry little thing.
Thank you, Lord, for you made me sing.

Sing along, sing along.


Say I'm in no competition

But I made my decision,
Lord, in my simple way.
Comin', comin', comin', comin'.
I love to pray.

Thank you, Lord, for what you've done for me.

Thank you, Lord, for what you're doing now.
Thank you, Lord, for ev'ry little thing.

1980´s: A DÉCADA DO TERROR

Todos aqueles filmes de terror, assistidos principalmente durante a adolescência, nos anos 1980, devem ter feito algo com os meus neurônios!

Até hoje, vez ou outra, tenho alguns pesadelos que me lembram daqueles filmes vistos no meu velho videocassete!

O Massacre da Serra-Elétrica

Naquela época, nós, que tínhamos entre 11 e 15 anos (no meu caso, entre 1987 e 1991), achávamos o máximo filmes como O massacre da serra elétrica, Dia dos Mortos, ou alguma sequência das séries A Hora do Pesadelo (na qual um maníaco chamado Freddy Krueger estraçalhava pencas de adolescentes em seus... tchâram!... pesadelos), ou Sexta-feira 13 (quem ainda se lembra do gigante Jason Voorhess e sua máscara de hóquei?).

 Freddy Krueger, de A Hora do Pesadelo

Jason Voorhess, o maníaco de Sexta-feira 13

Naquela época, antes da internet, TV a cabo ou DVDs, nós vasculhávamos as locadoras de filmes em busca das fitas desses grandes clássicos, e discutíamos os filmes no colégio.

Ainda faltavam anos para coisas terríveis como Jogos Mortais ou O Silêncio dos Inocentes. Nos filmes da minha adolescência, os monstros eram fantasmas e zumbis; ainda não eram pessoas normais que cometeram atos bárbaros.

Mas o caminho estava sendo preparado...

Paz e Bem!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DO PORTAL VERMELHO

 A eleição de Dilma suscitou duas questões importantes que precisam de reflexão e discussão no Brasil: o movimento conservador, que levantou bandeiras preconceituosas durante as eleições movendo votos consideráveis e, também, o crescimento da discussão política que envolve a atuação do nordeste, antes esquecido e renegado no ‘canto do país’. Em entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos, a professora e economista Tânia Bacelar discute esses assuntos.

“O nordeste tem 28% da população total do Brasil, mas tem metade dos que ganham salário mínimo no país. Nesse sentido, o nordeste foi bastante beneficiado por essa política (do atual governo). Aumento de renda significa aumento de consumo e o aumento de consumo destacou a economia do Brasil, mas, particularmente, do nordeste”, relatou durante a entrevista que concedeu por telefone.


A economista analisou as principais transformações que o nordeste viveu nos oito anos de governo Lula e refletiu sobre o protagonismo que a região vem explorando e o preconceito que cresce contra os nordestinos no país.


Além disso, ela também falou sobre suas expectativas em relação ao governo Dilma. “Para as mulheres, a chegada de Dilma é simbólica. As mulheres, até 1930, sequer votavam. A taxa de analfabetismo feminina até metade de século XX era o dobro da masculina. Então, as mulheres, no século XX, fizeram um esforço grande de se qualificar porque foi o canal de entrada na vida pública que nós escolhemos”, manifestou.


Tânia Bacelar de Araújo é graduada em Ciências Sociais pela Faculdade Frassinetti do Recife e em Ciências Sociais pela Universidade Católica de Pernambuco. Especializou-se em Análise Regional e Organização do Espaço pela Université de Paris I – Pantheon Sorbonne (França), onde também realizou o doutorado na mesma área. Desde 1978 é professora na Universidade Federal de Pernambuco.


Confira a entrevista


IHU On-Line:  A senhora aponta que o crescimento do emprego formal é um dos aspectos que atestam a aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina. Quais as principais transformações que o nordeste viveu nos oito anos de governo Lula?

Tânia Bacelar de Araújo:  Essa questão do emprego foi percebida pelo Brasil todo. Foram milhões de empregos formais criados no governo Lula. A tendência anterior era de criar pouco emprego e a maior parte era informal. Nesse período, essa ideia se inverteu.


O nordeste acompanhou o Brasil neste segmento. Este crescimento está voltado para o mercado de consumo de massa que demanda bens. A construção civil foi uma das áreas que mais criou empregos, dinamizou o consumo do comércio, que também criou muito emprego. Foram, portanto, tendências nacionais que chegaram ao nordeste.


Na minha leitura, o governo atuou primeiro com políticas que dinamizaram a renda. Ele atuou mais pelo lado da demanda do que da oferta, como era antes comum na área de políticas públicas. O governo adotou políticas que mexeram com a demanda porque mexeram com a renda.


As políticas sociais, por exemplo, melhoraram a vida das pessoas. O Bolsa Família é uma delas. Aí o Nordeste foi beneficiado porque 55% das pessoas que ganham até um quarto do salário mínimo, que é o público alvo deste programa, estão nesta região. Já 25% estão no Sudeste. A pobreza extrema do Brasil está mais presente nestas regiões. Ou ela é a pobreza rural do Nordeste, principalmente, ou ela é uma pobreza das periferias das grandes cidades do nordeste, sudeste, sul… Então, quando observamos o Bolsa Família, percebemos que duas regiões se beneficiaram mais: o Nordeste e o Sudeste.


A melhoria no salário mínimo foi outra política que mexeu com a renda das pessoas. O governo Lula aumentou consideravelmente o salário mínimo em termos reais. O nordeste tem 28% da população total do Brasil, mas tem metade dos que ganham salário mínimo no país. Nesse sentido, o nordeste foi bastante beneficiado por essa política. Aumento de renda significa aumento de consumo e o aumento de consumo destacou a economia do Brasil, mas, particularmente, do Nordeste.


IHU On-Line: Por que o nordeste, quando se torna um sujeito de destaque, reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia brasileira?

Tânia Bacelar de Araújo: Porque no século XX o nordeste perdeu o trem da industrialização brasileira e empobreceu. O Brasil virou um grande país industrial, com mais de 80% das indústrias no sudeste. No entanto, o nordeste tem quase 30% da população brasileira e no século XX deixou de ser uma região com forte dinamismo econômico e, assim, deixou de receber investimentos importantes. Por isso, o preconceito contra o nordestino é um preconceito contra os pobres, é um preconceito de parte da elite.


Como não havia investimentos no nordeste e esta é uma região altamente povoada, os nordestinos, sem oportunidades de sobrevivência na sua região, migraram para outras regiões do país. Como os níveis educacionais do nordeste são mais baixos em comparação com o nível nacional, quando eles chegam às outras regiões, se inserem no mercado de trabalho de pouca qualificação. Então, o preconceito é de classes.


IHU On-Line : Quais são suas perspectivas em relação ao novo governo que terá Dilma Rousseff como presidente?

Tânia Bacelar de Araújo:  Com relação ao Brasil, ela pode avançar em relação ao que foi feito no último período. Ela vai receber o Brasil melhor do que Lula recebeu. Ela vai receber um Congresso mais favorável e, por isso, vai ter uma condição inicial bastante favorável em comparação ao que o Lula teve.


Tem uma condição desfavorável que é o ambiente mundial. O presidente Lula recebeu o país pior, mas o contexto internacional era melhor. No entanto, Dilma pode dar continuidade a mudanças importantes que o Brasil está precisando e pode fazer escolhas importantes. O Brasil é um país que ainda tem a possibilidade de fazer escolhas estratégicas importantes e espero que ela faça as boas.


IHU On-Line: Cerca 80% da dívida pública brasileira estão em mãos de algo como 20 mil pessoas. O que isso significa para a economia brasileira?

Tânia Bacelar de Araújo: A dívida pública é muito bem remunerada porque o Brasil tem uma taxa de juros muito elevada. Significa que os muito ricos, que são os aplicadores na dívida pública, são tratados “a pão de ló”, o que estimula a concentração de renda. Ou seja, estamos distribuindo renda com uma mão e concentrando com a outra.


IHU On-Line: Dilma tem condições de diminuir a desigualdade e erradicar a miséria no Brasil como assinala em seus discursos?

Tânia Bacelar de Araújo: Esse foi o primeiro compromisso dela. Depois que ela falou das mulheres no primeiro discurso, em sua segunda frase ela já falou que ia extinguir a miséria extrema no Brasil. Nós reduzimos à metade a miséria extrema no Brasil nos últimos anos, por isso ela tem condições de reduzir a outra metade. Não é um objetivo inalcançável para um país com as condições atuais e com o potencial que o Brasil tem. Inaceitável é manter a miséria extrema num país com o perfil do nosso. Ela está prometendo o que pode cumprir, portanto.


Para as mulheres, a chegada de Dilma é simbólica. As mulheres, até 1930, sequer votavam. A taxa de analfabetismo feminina até metade de século XX era o dobro da masculina. Então, as mulheres, no século XX, fizeram um esforço grande de se qualificar porque foi o canal de entrada na vida pública que nós escolhemos. Nós queríamos chegar à vida pública, porque as mulheres estavam segregadas à vida privada, e construímos essa trajetória de chegar lá através da qualificação.


Hoje, a taxa de analfabetismo entre mulheres e homens é igual. O número médio de anos de estudo da população feminina é superior à masculina. Há mais meninas do que rapazes nas universidades e tem mais doutoras do que doutores no país.


Então, você pode ver o esforço que a população feminina fez para se qualificar. Até 1930 nós sequer tínhamos direito ao voto. Então, num país como o nosso, ter uma mulher presidente é um fato positivo. Eu espero o mesmo que Dilma espera: que isso se torne um fato tão comum que nós não precisemos comemorar.


Agora, se vai ser diferente… Veja, todo mundo sabe que a mulher tem um jeito diferente de ver o mundo em relação ao homem. Então, certamente ela vai marcar essa diferença ao comandar o país. Nosso olhar para o mundo não é o olhar masculino. Ainda bem, o mundo fica mais bonito assim.


IHU On-Line: Como a senhora entende a ideia de lulismo?

Tânia Bacelar de Araújo:  Eu não compreendi bem esse conceito, o que é ou deixa de ser o lulismo. Existe, para mim, um presidente com uma trajetória e características próprias, que pegou o país num determinado momento e conduziu bem em relação às condições em que ele encontrou o Brasil e com as condições que vai deixar. Tanto que ele tem uma aprovação recorde.


Lulismo, para mim, portanto, acaba com o fim do mandato de Lula. Existe, então, Lula, um presidente com características peculiares, que veio do povo, teve uma vida difícil e conseguiu se tornar um grande líder. Nesse sentido, isso é positivo para o país. A Dilma tem outra trajetória e espero, ainda assim, que ela conduza o país bem assim como Lula fez.


IHU On-Line: Um movimento bastante conservador se apresentou nessas eleições colocando temas em debate de forma, às vezes, muito reacionárias. Como a senhora avalia o surgimento desse movimento?

Tânia Bacelar de Araújo: Tem um Brasil arcaico, inegavelmente. O Brasil se transformou muito rápido e, ainda assim, sua elite arcaica continua existindo e de forma latente. Este movimento está, gradualmente, diminuindo, o que é positivo para o país, mas ainda existe.


O que aconteceu nesta eleição? Serra, para crescer, se agarrou com esse Brasil arcaico. O espaço que ele teve para crescer foi entre os conservadores. Infelizmente, ele fez essa escolha estratégia de defender temas conservadores. Ele, assim, prestou um desserviço para o país. Até cresceu no número de votos, mas saiu menor do que entrou na campanha. Esse Brasil, portanto, é real, por exemplo, ainda existe escravidão no país. O Brasil não é só maravilha.


Eu li um artigo muito interessante mostrando que os marqueteiros também tiveram uma hegemonia muito grande na construção do processo eleitoral. O marqueteiro de Serra, por exemplo, copiou o que tinha de pior na campanha estadunidense e trouxe para o Brasil, despertando sentimentos que não são nossos e são amplamente minoritários na sociedade brasileira. Um exemplo disso é o preconceito contra os nordestinos.

HOMENAGEM A LESLIE NIELSEN

Faleceu ontem, domingo, nos Estados Unidos, o ator canadense Leslie Nielsen, vítima de pneumonia. Famoso por comédias como Corra que a polícia vem aí! e Apertem os cintos, o piloto sumiu!, o ator tinha 84 anos de idade. 

 Cartaz original de Corra que a polícia vem aí!

Nascido em 11 de fevereiro de 1926, na cidade de Regina, no Canadá, Nielsen apareceu em centenas de filmes e programas de televisão ao longo da carreira.
Mas a fama veio apenas na década de 1980, quando o ator conseguiu transitar, com enorme sucesso, dos filmes dramáticos para as comédias. 
Seu maior sucesso, o sensacional Corra que a polícia vem aí! (The Naked Gun), de 1988, mostrava as desventuras do atrapalhado tenente Frank Drebin, que tentava, a todo custo, impedir um plano para assassinar o presidente dos Estados Unidos.

 O intrépido tenente Frank Drebin

O filme ressucitava os personagens da série de TV Police Squad, que teve sucesso razoável quando de sua curta exibição nos EUA. A série chegou a ser lançada no Brasil, compilada em duas fitas de vídeo-cassete. 
O último filme de Nielsen foi Corra que tem loucos por aí!( An American Carol), de 2008, quando o ator interpretava a si mesmo. 
Fica aqui a homenagem a um dos poucos comediantes que era capaz de fazer você dar risada apenas com um leve movimento de sombrancelha!
Paz e Bem!

domingo, 28 de novembro de 2010

Oi.

Faz tempo que não nos falamos. Desde janeiro, quando foi a última vez, nós não nos falamos. Já faz quase um ano inteiro.

Desde então, vi você algumas vezes. Algumas, sem querer. Outras, querendo. 

Mas nunca consegui falar com você.

Ah, e eu gostaria. Como eu gostaria...  Mesmo que eu não soubesse exatamente o que falar, como agora, quando não sei bem o que escrever. 

Mas, escrevo mesmo assim. 

Como eu sinto a sua falta! Como eu penso em você! Como eu me detesto algumas vezes!

Penso em você todos os dias. Mesmo quando eu não quero pensar em você, quando eu quero simplesmente tocar com a vida, sempre surge alguma coisa que me lembra de você.

Seja uma música, seja uma cena, seja uma palavra. Mesmo o seu nome, que não é assim tão comum, surge em placas, textos e em outros lugares. 

Não consigo esquecer você. 

Ainda guardo uma foto 3x4 sua, que você me deu pouco depois de nos conhecermos. Tenho um CD com músicas, que você gravou para mim. Todos os seus presentes estão guardados. 

Eu não consigo esquecer você. 

Nem sua voz, nem seu jeito, nem quando gritou, conversou, riu ou chorou comigo.

Como eu sinto a sua falta.

Mesmo agora, quando você já se foi há algum tempo, e quando não quero mais ter esperanças, como eu sinto a sua falta e como eu penso em você.

Todos os dias. 

Amo você. Eu amo você totalmente. Inteira. Toda. 

E morro de saudades, mesmo sem querer.

A NOVA "DEMOCRACIA": PAPEL ACEITA QUALQUER BESTEIRA

O papel - e hoje, as páginas virtuais de blogs, como este aqui, por exemplo, e sites - aceitam qualquer bobabem.

Hoje, comprei a edição de novembro do jornal A Nova Democracia, um periódico mensal que pode ser descrito, a partir de seu conteúdo, como um jornal de extrema-esquerda. 

Capa de uma das edições de A Nova Democracia

O que me chamou a atenção no jornal foi a sua manchete, intitulada Um mandato tampão para Luiz Inácio, em referência à vitória da candidata do PT, Dilma Roussef, no segundo turno das eleições presidenciais. 

Segundo a chamada da manchete, publicada na primeira página:

"Não adiantou. Mesmo com todos os apelos para que o povo não deixasse de votar, mais de 36 milhões disseram não à farsa eleitoral". 

O texto faz referência à gigantesca abstenção eleitoral, que, no segundo turno, em 31 de outubro, chegou a mais de 25% do total do eleitorado.

E continua: 

"Dois milhões e meio de pessoas a mais que no primeiro turno aderiram ao protesto, não votando, anulando ou votando em branco".

Não pretendo discutir os números. 

O que interessa é discutir a motivação dos não-votantes. 

Ao que me parece, é impossível determinar o que levou as pessoas a não votarem no segundo turno das eleições presidenciais, a menos que seja realizada uma pesquisa para determinar os motivos.

Por outro lado, acho que o jornal exagera no seu papel mediúnico - vício praticamente inevitável quando se escreve sobre política - ao tentar insinuar que TODOS os eleitores que se abstiveram de votar, o fizeram - ou deixaram de o fazer - por "aderirem" a um suposto protesto. 

Afinal, é preciso lembrar que o segundo turno casou com o feriadão do Dia de Finados (2 de novembro), e que este foi o último feriado prolongado deste ano. 

Além do mais, qual é a validade de um protesto que simplesmente termina ao "convencer" eleitores a não votarem? 

Muito bem! A abstenção eleitoral foi um recorde!

E agora? "O que fazer?", como diria o velho Lênin, um dos heróis da turma do A Nova Democracia?

Paz e Bem!

THE TUDORS

Hoje, terminei de assistir Os Tudors, série sobre o início do reinado de Henrique VIII, o monarca que promoveu a separação da Iglaterra do Catolicismo, ao criar a Igreja Anglicana.

Como se sabe, o real motivo da separação entre Londres e o Vaticano foi o desejo do rei de se divorciar de sua esposa, Catarina de Aragão, para se casar com sua amante, Ana Bolena (que, depois, seria executada, acusada de ter amantes).

O rei e Ana Bolena, ela ainda com a cabeça em cima dos ombros

The Tudors é uma série dramática, que aborda principalmente as intrigas da corte, e as tentativas dos "nobres" de se manterem nas boas graças do rei. 

Infelizmente, nem sempre isso é possível, como os constantes massacres retratados em The Tudors comprova. 

Um exemplo: na terceira temporada, o rei enfrenta uma rebelião no norte da Inglaterra. A revolta, que conta com o apoio de nobres da região protesta contra a política de destruição de igrejas e monastérios levada a cabo pela Coroa, no processo de reforma religiosa. 
Após fazer um acordo com os rebeldes, que ameaçavam separar o país em dois, o rei tvolta atrás em suas promessas e promove um massacre na região conflagrada. 

Mas isso é política, certo?

Ou, pelo menos, é assim que a política é feita. 

Ainda assim, Paz e Bem!

DE A FOLHA DE S. PAULO

Polícia encontra corpo de jornalista de 29 anos sequestrada em SP

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

A DAS (Divisão Anti-Sequestro) da Polícia Civil de São Paulo encontrou na tarde deste sábado o corpo da jornalista Luciana Barreto Montanhana, 29. A vítima foi sequestrada em 11 de novembro quando saía de uma academia de ginástica no shopping Eldorado (zona oeste de SP). O corpo da jornalista estava no km 44 da rodovia Anchieta. 
O principal acusado de sequestrar e matar a jornalista é, segundo a polícia, Rodrigo Domingues Medina, integrante da Tropa de Choque da PM paulista. 

Medina está internado no Hospital da Polícia Militar, na zona norte de São Paulo, desde o último 21. Ele foi baleado ao tentar resistir à prisão durante confronto com policiais civis da DAS.

No momento da tentativa de prisão, Medina estava em um orelhão na Vila Maria, também na zona norte, ligando para a família da jornalista e pedindo um resgate para libertá-la.

Segundo a polícia, hoje, uma semana após sua prisão, Medina confessou o crime. Disse ter matado a jornalista e jogado o corpo às margens da rodovia logo após o sequestro, e que, mesmo assim, resolveu exigir resgate.

Quatro policiais militares são acusados de sequestro e morte em SP

Documentos sigilosos da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo acusam quatro PMs da Força Tática de armar uma farsa, inclusive com a simulação do roubo de um carro, para tentar encobrir o sequestro e o assassinato do estudante Everton Torres Rodrigues, 21.
 
Na versão dos policiais, o rapaz morreu porque roubou um automóvel no dia 30, foi perseguido e atirou nos quatro PMs. Mas investigações da corregedoria apontam que Rodrigues foi preso pelos policiais militares em um ponto de ônibus na Freguesia do Ó (zona norte de São Paulo). O dono do carro roubado disse que foi vítima de dois ladrões em uma moto preta. Ele também não reconheceu Rodrigues.

Na investigação, a corregedoria descobriu que o soldado Adriano Santos tinha uma moto igual à usada pelos ladrões, que um dos PMs conheceu a vítima na adolescência, quando foi acusada por tráfico de drogas, e que a arma supostamente usada por Rodrigues não tinha feito "disparo recente". As roupas do rapaz também eram diferentes das dos dois assaltantes.
 
OUTRO LADO

Os PMs Jonas Paro Barreto, Adriano Roda dos Santos, Sandro Rodrigues de Souza e Fernando Félix, acusados pela Corregedoria da PM de sequestrar e simular uma perseguição com tiroteio para encobrir a morte de Everton foram procurados desde sexta-feira, mas não foram localizados pela reportagem.

O mesmo aconteceu com o advogado de defesa dos PMs. Procurado, ele não atendeu ao pedido de entrevista.

Em seus depoimentos à Corregedoria da PM, os quatro policiais sustentaram a versão de que Rodrigues foi, sim, morto em uma "resistência [à prisão] seguida de morte" porque roubou um carro, foi perseguido e atirou no carro da Força Tática.

sábado, 27 de novembro de 2010

VIOLÊNCIA VERSUS DIREITOS HUMANOS

Não tenho acompanhado os acontecimentos no Rio de Janeiro, a cidade que se transformou em uma praça de guerra, entre o Estado e o tráfico de drogas, o Estado Paralelo.

Mas, como toda guerra entre dois estados, sei o que acontece com a população neutra que fica no meio da batalha: ela sofre.

Abaixo, transcrevo um texto do jornalista Leonardo Sakamoto, publicado em seu blog (http://blogdosakamoto.uol.com.br/) no UOL. O texto, que me parece muito bom, é a respeito do tema. 

Paz e Bem!

Vale-tudo: o Estado pode usar métodos de criminosos?

Um colega de um grande veículo de comunicação me perguntou, na manhã de hoje, qual minha posição sobre uma discussão que ganhou algumas redações: por que a polícia não metralhou os 200 traficantes da Vila Cruzeiro quando estes corriam em fuga após a entrada dos blindados da Marinha na comunidade. Segundo ele, parte das opiniões culpou a “turma dos direitos humanos”, que iria chiar internacionalmente quando a contagem de corpos terminasse, manchando a imagem do Rio de Janeiro (como se o Estado precisasse de ajuda para isso). Outra acredita que as câmeras presentes nos helicópteros da Globo e da Record que sobrevoavam a área – e foram alvo de reclamações do Bope pelo twitter (ah, esse admirável mundo novo…) – impediram um massacre. Uma terceira falou das duas ao mesmo tempo.
De qualquer maneira, o problema em questão não é de que o “Estado não pode usar método de bandido sob o risco de se tornar aquilo que combate”, mas sim de que “droga, tem alguém olhando”. Muita gente torceu para que os criminosos em fuga fossem executados sumariamente. Ao mesmo tempo, parte da imprensa (e não estou falando dos programas sensacionalistas espreme-que-sai-sangue) parece vibrar a cada pessoa abatida na periferia, independentemente quem quer que seja. Jornalistas, cuja opinião respeito, optaram pela saída fácil do “isso é guerra e, na guerra, abre-se exceções aos direitos civis”, tudo em defesa de uma breve e discutível sensação de segurança. Afe.
Relembrar é viver: as batalhas do tráfico sempre aconteceram longe dos olhos da classe média e da mídia, uma vez que a imensa maioria dos corpos contabilizados sempre é de jovens, pardos, negros, pobres, que se matam na conquista de territórios para venda de drogas ou pelas leis do tráfico. Os mais ricos sentem a violência, mas o que chega neles não é nem de perto o que os mais pobres são obrigados a viver no dia-a-dia. Mesmo no pau que está comendo hoje no Rio, sabemos que a maioria dos mortos não é de rico da orla, da Lagoa, da Barra ou do Cosme Velho. Considerando que policiais, comunidade e traficantes são de uma mesma origem social, é uma batalha interna. Então, que morram, como disseram alguns leitores esquisitos que, de vez em quando, surgem neste blog feito encosto.
De tempos em tempos, essa violência causada pelo tráfico retorna com força ao noticiário, normalmente no momento em que ela desce o morro ou foge da periferia e no, decorrente, contra-ataque. Neste momento, alguns aproveitam a deixa para pedir a implantação de processos de “limpeza social”. Bloqueei comentários que, praticamente, pediam que os moradores de favelas fossem retirados do Rio.
Quando a atual onda de violência acabar, gostaria que fossem tornados públicos os exames dos legistas. Afinal de contas, acertar um tiro na nuca de um suspeito no meio de um confronto armado demanda muita precisão do policial – e depois registrar o ocorrido como auto de resistência demanda criatividade. Em 2007, a polícia chegou chegando nos morros, cometendo barbaridades, sem diferenciar moradores e traficantes, sem perguntar quem era quem. Duas dezenas de pessoas morreram. Naquele momento, o Rio optou pelo caminho mais fácil do terrorismo de Estado ao invés de buscar mudanças estruturais (como garantir qualidade de vida à população para além de força policial dia e noite) para viabilizar os Jogos Panamericanos. Imagina agora com a Copa e as Olimpíadas então. Dose dupla.
Ninguém está defendendo o tráfico, muito menos traficantes (defendo a descriminalização das drogas como parte do processo de enfraquecimento dos traficantes, mas isso é história para outro post). O que está em jogo aqui é que tipo de Estado queremos e o tipo de sociedade que estamos nos tornando. Muitas das ações que estão ocorrendo vão criar uma sensação de segurança na população passageira e irreal, que vai durar até a próxima crise.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

PRA ACABAR COM A BANDALHEIRA

“A guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação”


Em entrevista à Carta Maior, Marilena Chauí avalia a guerra eleitoral travada na disputa presidencial e chama a atenção para a dificuldade que a oposição teve em manter um alvo único na criação da imagem de Dilma Rousseff: “o preconceito começou com a guerrilheira, não deu certo; passou, então, para a administradora sem experiência política, não deu certo; passou para a afilhada de Lula, não deu certo; desembestou na fúria anti-aborto, e não deu certo. E não deu certo porque a população dispõe dos fatos concretos resultantes das políticas do governo Lula”. Para a professora de Filosofia da USP, essa foi a novidade mais instigante da eleição: a guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação. E esta última venceu.


Redação


CARTA MAIOR: Qual sua avaliação sobre a cobertura da chamada grande mídia brasileira nas eleições deste ano? Na sua opinião, houve alguma surpresa ou novidade em relação à eleição anterior?


MARILENA CHAUÍ: Eu diria que, desta vez, o cerco foi mais intenso, assumindo tons de guerra, mais do que mera polarização de opiniões políticas. Mas não foi surpresa: se considerarmos que 92% da população aprovam o governo Lula como ótimo e bom, 4% o consideram regular, restam 4% de desaprovação a qual está concentrada nos meios de comunicação. São as empresas e seus empregados que representam esses 4% e são eles quem têm o poder de fogo para a guerra.


O interessante foi a dificuldade para manter um alvo único na criação da imagem de Dilma Rousseff: o preconceito começou com a guerrilheira, não deu certo; passou, então, para a administradora sem experiência política, não deu certo; passou, então, para a afilhada de Lula, não deu certo; desembestou na fúria anti-aborto, e não deu certo. E não deu certo porque a população dispõe dos fatos concretos resultantes das políticas do governo Lula.


Isso me parece a novidade mais instigante, isto é, uma sociedade diretamente informada pelas ações governamentais que mudaram seu modo de vida e suas perspectivas, de maneira que a guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação.


CM: Passada a eleição, um dos debates que deve marcar o próximo período diz respeito à regulamentação do setor de comunicação. Como se sabe, a resistência das grandes empresas de mídia é muito forte. Como superar essa resistência?


MC: Numa democracia, o direito à informação é essencial. Tanto o direito de produzir e difundir informação como o direito de receber e ter acesso à informação. Isso se chama isegoria, palavra criada pelos inventores da democracia, os gregos, significando o direito emitir em público uma opinião para ser discutida e votada, assim como o direito de receber uma opinião para avaliá-la, aceitá-la ou rejeitá-la.


Justamente por isso, em todos os países democráticos, existe regulamentação do setor de comunicação. Essa regulamentação visa assegurar a isegoria, a liberdade de expressão e o direito ao contraditório, além de diminuir, tanto quanto possível, o monopólio da informação.


Evidentemente, hoje essa regulamentação encontra dificuldades postas pela estrutura oligopólica dos meios, controlados globalmente por um pequeno número de empresas transnacionais. Mas não é por ser difícil, que a regulamentação não deve ser estabelecida e defendida. Trata-se da batalha moderna entre o público e o privado.


CM: Você concorda com a seguinte afirmação: “A mídia brasileira é uma das mais autoritárias do mundo”.


MC: Se deixarmos de lado o caso óbvio das ditaduras e considerarmos apenas as repúblicas democráticas, concordo.


CM: Na sua opinião, é possível fazer alguma distinção entre os grandes veículos midiáticos, do ponto de vista de sua orientação editorial? Ou o que predomina é um pensamento único mesmo.


MC: As variações se dão no interior do pensamento único, isto é, da hegemonia pós-moderna e neoliberal. Ou seja, há setores reacionários de extrema direita, setores claramente conservadores e setores que usam “a folha de parreira”. A folha de parreira, segundo a lenda, serviu para Adão e Eva se cobrirem quando descobriram que estavam nus.


Na mídia, a “folha de parreira” consiste em dar um pequeno e controlado espaço à opinião divergente ou contrária à linha da empresa. Às vezes, não dá certo. O caso do Estadão contra Maria Rita Kehl mostra que uma vigorosa voz destoante no coral do “sim senhor” não pode ser suportada.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

BOLINHA DE PAPEL

Li no site do Paulo Henrique Amorim, o Conversa Afiada, e, depois, em O Estado (lamentável) de S. Paulo, que o ex-candidato, devidamente derrotado, do PSDB, o Sr. José Serra, o político que se cansa no meio do mandato, recebeu ovação pública durante uma passadinha no show de Paul McCartney, no Morumbi.

Assim que o Serra e sua esposa, Dona Mônica, apareceram na ala VIP, algumas pessoas começaram a gritar "bolinha de papel, bolinha de papel". 


A demonstração pública de afeto ocorreu em referência ao lamentável incidente ocorrido no Rio de Janeiro, quando o ex-candidato fez uma tomografia depois de ser atingido por uma bolinha de papel, e usou o episódio para atacar a suposta "violência" de militantes do PT. 

Aqui se planta; aqui se colhe, já diriam as pessoas mais espiritualizadas.

E parece que é verdade... 

Aparentemnte, agora, o ex-candidato está planejando dar um tempo em aparições públicas. 

Paz e Bem!

domingo, 21 de novembro de 2010

ALMOÇO NO CENTRO

Hoje, almoçei com um dos meus antigos amigos no Centro. Ele pediu um omelete. Eu, uma filé de frango à parmegiana.

Infelizmente, as batatas fritas deixaram muito a desejar. 

Meu amigo está passando por um processo de conversão.  Isso significa afirmar que ele voltou a se interessar por Deus.

Fiquei feliz por ele ter me contado o processo; e por ter desejado conversar comigo a respeito, uma vez que, apesar de nos conhecermos há cerca de dez anos, não somos íntimos. 

Hoje, tive certeza de que isso vai mudar. 

Mais do que um simples relato, essa postagem é um agradecimento a você, meu amigo. Agradeço a sua confiança e sua amizade.

Paz e Bem!

A TRISTEZA ESTÁ VENCENDO

Estou tentando ser honesto.

Por isso, preciso admitir que o inimigo está vencendo. E o inimigo, prezado leitor, ou leitora, é a tristeza. 

Entretanto, se você me ver na rua, ficará impressionado com o meu bom humor. Eu sou um bom calhorda. Mas, afinal, quem disse que preciso esfregar a minha tristeza na sua cara?

Eu apenas pareço forte. 

A tristeza está vencendo. E quando isso acontece, como hoje, ela me paralisa. Aos poucos, me convence de que eu sou o pior dos piores.

Com a certeza de que simplesmente não vale a pena, eu fico paralisado.

A tristeza está vencendo, leitor, ou leitora.

A tristeza está vencendo, e eu não sei como mudar isso.

A você, Paz e Bem!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NANA NENÊ

Desisti de tentar dormir cedo. 

E, para isso, tenha algumas boas razões: 

A primeira delas, é a cidade, esta megalópole de São Paulo, pela qual eu não morro de amores. Acontece, entretanto, que a cidade é incrível na madrugada.

Aqui, onde moro, na Vila Mariana, tenho uma excelente vista para o bairro da Chácara Klabin, situado em uma espécie de vale. Isso quase me deixa ver o horizonte, tomado de casas e prédios. 

E, de madrugada, o silêncio favorece um tipo de meditação interior. Normalmente, faço isso de minha minúscula varanda, enquanto fumo um cigarro. 

Uma outra razão tem a ver simplesmente com a adrenalina. Sou professor e a escola em que trabalho me contratou para as aulas noturnas. Isso significa que dou aulas das 17 às 22 horas, todos os dias da semana.
Assim, como estou de ônibus, chego em casa por volta das 23 horas, e leva tempo para relaxar, uma vez que dar aulas simplesmente não me deixa morto. 

Recentemente, descobri o chá de camomila, mas, apesar de tudo o que se diz a respeito, ele não tem funcionado para me dar mais sono ou me ajudar a relaxar.

Por isso, assisto séries de TV. Supernatural, Lost, Roma e a recém-iniciada The Tudors, esta última sobre as proezas políticas e sexuais de Henrique VIII, o rei que separou a Inglaterra da religião católica.

Se não durmo, arregaço meus horizontes.

Paz e Bem!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

DO CONVERSA AFIADA

Touraine elogia FHC e desdenha o Brasil


Por Mauro Santayana


A sociologia costuma amparar-se na abstração: vale-se de elementos estatísticos e da generalização dos comportamentos humanos. Seu pecado, já apontado por estudiosos, é o de, no exame dos fenômenos políticos, abandonar o fundamento ético das sociedades estatais, que é o da legitimidade do poder – como bem lembrou o filósofo alemão Manfred Riedel.


O sociólogo Alain Touraine é dos mais respeitados intelectuais contemporâneos, e se especializou na América Latina, ainda que conheça bem a realidade europeia e, cela va sans dire, a de seu próprio país. Prefere, sem embargo, a nossa modesta situação histórica à da Grande França, de que é cidadão. Esse, aliás, é um costume muito francês. Recordo-me de haver assistido a uma conferência de Régis Debray em Havana, em 1966, na qual o jornalista – que se considera filósofo – propunha “estratégia revolucionária para a América Latina”. Um jovem comunista cubano perguntou-lhe sobre o que proporia como estratégia revolucionária na França. Debray, que fizera recente viagem de alguns meses ao nosso continente, como jornalista, e a serviço da revista Revolution, ligada aos chineses, disse que não entendia bem a situação da França. O jovem levou o auditório às gargalhadas, ao indagar ao conferencista, que nascera em Paris, e ali vivera toda a sua vida, por que não entendia da política francesa tanto quanto da América Latina, se passara tão pouco tempo entre nós.


Não é bem o caso de Touraine. Mas é curioso que tenha vindo ao Brasil, a fim de participar de um seminário técnico sobre planejamento urbano, patrocinado pela Emplasa, uma empresa estatal do governo paulista, a fim de tratar da “decadência das sociedades ocidentais”.


São surpreendentes as declarações que fez aos jornais, porque elas revelam algumas contradições. Ao expor dúvida quanto ao nosso futuro, sob a presidência de Dilma Rousseff, afirma que, em oito anos de governo, “Fernando Henrique construiu as instituições”, como se o Brasil fosse um vazio institucional antes de 1995. O que Fernando Henrique fez foi exatamente destruir a Constituição de 1988, e a Constituição é a primeira das instituições republicanas. Ele se entregou, com entusiasmo, à globalização que, segundo o mesmo Touraine, significa “o fim da sociedade”, e só resta “o mercado puro”. O sociólogo brasileiro desmoralizou, ainda mais, o Parlamento, ao cooptá-lo a fim de estabelecer a reeleição, e desmantelar o sistema cautelar de proteção aos bens nacionais, ao “privatizar” as empresas estratégicas do Estado, doando-as aos escolhidos. O ex-presidente manipulou a opinião pública, mediante os expedientes que se conhecem, nem todos honrados e ainda que nem todos espúrios, como são os meios de comunicação social, os intelectuais “orgânicos” ou solitários, e os centros acadêmicos. Disse ainda Touraine, em observação óbvia, que a Europa se tem dedicado, nos últimos 20 anos, a eliminar “significados”. E dá o exemplo: o desenvolvimento industrial foi eliminado pelo mercado financeiro, substituído pelo sistema de “o dinheiro pelo dinheiro”. Nessa particular eliminação de significado, como sabemos, o governo de Fernando Henrique foi perfeito.


Consideramos deselegante – e ofensiva – a sua afirmação de que o sistema político brasileiro “é horrível, corrupto”. A corrupção, que estamos combatendo, não é endemia brasileira, mas doença universal. Como outros costumes, esse também veio da Europa. Ele conhece muito bem isso, na França do passado – como no caso do Canal do Panamá – e na França sob o governo de Sarkozy.


Se o grande intelectual francês dedicasse ao exame do seu governo o mesmo interesse que dedica ao Brasil, na certa seria mais cético em relação ao seu país, do que com respeito ao nosso. É a modesta sugestão que podemos fazer à sua excepcional inteligência.

TEXTO DE CAIO FÁBIO

VANITY, MY FAVORITE SIN!...

Vaidade, meu pecado favorito — foi a declaração do diabo através do personagem de Al Pacino no filme “O Advogado do Diabo”.
O interessante é que isto é dito depois que o jovem advogado seduzido pelo Advogado Diabo aparentemente vencera a tentação na qual havia caído..., que era de vaidade e soberba no mundo dos negócios.
Agora, entretanto, depois de passar pelo inferno, e depois de refazer seus valores, um repórter acostumado a estar presente nos julgamentos nos quais o jovem advogado ambicioso se deleitava em ganhar todas, não importando a causa ou o réu, vê que o moço a duras e horríveis penas aprendera a lição,  que agora começava a se sentir um homem bom e diferente...
É aí que o repórter/diabo aproxima-se do jovem advogado supostamente redimido da ganância, e diz a ele: “Você é um case... Um advogado com consciência!... Meu Deus! Isto é capa de revista... Você é o cara!... Vamos lá... Me dê uma exclusiva...
O jovem advogado pensou e cedeu...
Me procure amanhã!...” — disse ele, para, a seguir, abraçar a esposa com felicidade e sair pensando que iniciou um momento novo e virtuoso na vida.
Então, a cara do repórter vira a cara do diabo Al Pacino, e ele sorri e diz: “Vaidade, meu pecado favorito!”
Assim se aprende que até as nossas virtudes se tornam vaidades...
Afinal, todo homem, sem exceção, por mais firme que seja ou pense que esteja, é pura vaidade.
Quem duvida disso não duvida de si mesmo...
E quem não duvida de si mesmo ainda que seja em relação às suas melhores virtudes, já rodou e não sentiu...
Desse modo, que cada um de nós não se sinta vencendo por causa de nenhuma virtude pessoal, pois, cada uma delas é apenas um outro lado da tentação supostamente vencida...
Pense nisso!

Caio
Salmo 51

Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.
Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.
Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.
Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.
Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.

Fonte: Bíblia Online (http://www.bibliaonline.com.br)

MEU CORAÇÃO DENUNCIADOR

Eu não sou um "homem bom". Ou, pelo menos, não consigo me ver dessa forma, por mais que eu tente, ou queira me enxergar assim. 

Eu sei do meu coração. Ou melhor, eu sei do tipo de coisa que desliza, rasteja e se arrasta por ali.

Quanto a isso, eu não tenho ilusões.

Já há algum tempo, quando decidi tentar começar a mudar certas inclinações minhas, eu percebi que, por mais que eu tentasse, eu nunca conseguiria ser minimamente perfeito. 

Ou sastisfatoriamente bom, para ser mais exato. 

Hoje, sou basicamente a mesma pessoa que no início do projeto. Algumas vitórias foram conquistadas, eu admito; entretanto, outras porções escuras ficaram aparentes enquanto eu jogava luz sobre algumas coisas. 

Continuo insatisfeito. E continuo trabalhando, apesar e por causa disso.

Paz e Bem!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CRUZADA: DIÁLOGO SOBRE A SANTIDADE

Com alguma frequência, me pego visitando os filmes da minha coleção. Já tenho alguns, comprados em locadoras à beira da falência, que decidem vender parte do seu estoque, adquiridos em sebos e outras lojas, ou simplesmente pirateados por uma amiga gente boa. 

Um dos filmes que assisto de vez em quando é Cruzada (Kingdom of Heaven, no original inglês), produção norte-americana de 2005, dirigida pelo cineasta Ridley Scott, "o cara" quando se trata de filmas cenas de violência estilizada (ou seja, artísticas, se isso é possível). Scott tem em seu currículo clássicos como Blade Runner - o caçador de andróides e Gladiador.


Cruzada, em si, não é um grande filme, eu admito. Entretanto, existem algumas cenas memoráveis, além das magníficas cenas de batalha entre soldados cristãos e muçulmanos na Jerusalém medieval. 

E uma das cenas que ficou gravada na minha memória é o diálogo entre o herói do filme, Balian, e uma cavaleiro templário, sobre o que significa santidade. 


Segundo o cavaleiro, que é um templário (membro de uma espécie de ordem religiosa guerreira cristã medieval), "A santidade está nas ações corretas e na coragem mostrada em nome dos que não podem se defender. E a bondade, que é a vontade de Deus, está aqui (ele aponta para a cabeça de Balian) e aqui (novamente, mas desta vez, para o coração). Naquilo que decidir fazer todos os dias, você será um homem bom.Ou não".  
Sempre preferi as definições simples. Isso provavelmente tem a ver com o meu lado prático. 

De qualquer forma, considero quase perfeita essa definição de santidade dada nesse diálogo. Talvez este seja um meio de ir pelo caminho, não?

Nesse caso, a decisão final, sempre caberá a mim, e na minha capacidade de aguentar as consequências quando as coisas não saírem exatamente do meu jeito.

Sim, eu sei... Parece bem simples.

Paz e Bem!

TUDO NOVO OUTRA VEZ

Mais uma vez, tomado pela minha insatisfação crônica, eu mudo tudo. 

Este blog tem um novo título - Confissões informais a desconhecidos - e este, creio eu, veio para ficar. O visual também é novo, gentilmente oferecido pelo Blogspot.

No novo visual, ao fundo, podemos ver o que parece ser uma sala de uma casa antiga, já meio castigada pelo tempo - seja o passar dos anos, ou o inclemente avanço dos elementos - e, nas paredes dessa sala, vemos quadros (espelhos, talvez?) e um antigo telefone.

Infelizmente, aqui, eu só crio as palavras. 

Caso você seja um leitor, ou leitora, fiel, ou ocasional, espero que goste.

Paz e Bem!

THE RAVEN

Hollywood nunca dorme! 

Li que estão fazendo um filme com o título The Raven ("O Corvo", em inglês, mas sem ainda título em português), ligeiramente inspirado no poema homônimo do escritor norte-americano Edgar Allan Poe.

No roteiro do filme, ainda em produção e que está sendo filmado em Budapeste, a noiva do escritor é raptada por um serial killer e Poe se une a um detetive na tentativa de encontrá-la, antes que seja tarde demais.

Ou seja, necas a ver com a obra de Poe.

Infelizmente, isso não é novidade... Poe é um dos escritores mais famosos do mundo nos gêneros horror, suspense e policial (gênero que teria ajudado a inventar com o sensacional conto "Assassinatos na Rua Morgue"). 


Edgar Allan Poe (1809-1849)

Obviamente, uma obra tão conhecida levou a diversas tentativas de adaptações cinematográficas. No caso do escritor norte-americano, houve uma avalanche de adaptações nos anos 1950-1960, feitas em filmes B. alguns deles dirigidos por Roger Corman. 

Infelizmente, adaptar Poe para a película acarreta alguns problemas, causados por dois fatores básicos:

1. A ação: em Poe, o horror é eminentemente psicológico, ou seja, interno aos personagens., o que torna  extremamente difícil de mostrar em um filme.  Um exemplo: em "O coração denunciador", nos vemos às voltas com um homem que, depois de cometer um assassinato e esconder o corpo da vítima emparedando-o em casa, é consumido pela culpa até se ver forçado a admitir o seu crime. 

2. O tempo: Poe escreveu contos e poemas que são, por definição, curtos e diretos. A tentativa de "esticar" as histórias para que servissem a um filme de duas horas de duração normalmente foram desastrosas. 

Agora, temos mais uma tentativa de trazer o universo do escritor para o celulóide.

Veremos o que acontece.

Se o leitor quiser saber mais sobre Poe, recomendo uma visita à página dedicada a ele no Wikipedia.

O endereço é: http://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Allan_Poe

Paz e Bem!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

DIREITA, VOLVER!

Eu gosto de política, como qualquer leitor desavisado desse blog já deve ter reparado.  E qualquer um que já tenha corrido essa tela, mesmo que embriagado, sabe muito bem de que lado eu me posiciono.

Ando lendo que, depois da surra de 31 de outubro, o PSDB anda meio rachado. Em São Paulo, a briga entre a gangue do José Serra e o bando do governador eleito Geraldo Alckmin parece prometer. 

"Minha vingança será maligna", promete José Serra*

Já em Minas, o senador eleito Aécio Neves tenta, a qualquer custo, e com o apoio da mídia nativa, o PIG (Partido da Imprensa Golpista, e "porco", em inglês), tornar-se o novo rosto da oposição ao governo federal.

Alguns tucanos de alta plumagem já andaram até falando da necessidade de se "refundar" o partido, com novas propostas.

Algo assim como o PFL fez ao se tornarem os Demos. 

Vendo o estupendo resultado eleitoral da sigla, percebemos que essa "refundação" funcionou pra caramba!

A novela promete fortes emoções para os próximos capítulos.

Aguardemos...

Paz e Bem!

*Na foto, Hannibal (o Canibal) Lecter, interpretado pelo ator inglês Anthony Hopkins no clássico O Silêncio dos Inocentes

DA POLARIZAÇÃO À POLITIZAÇÃO DA SOCIEDADE


Por Igor Felippe Santos


A eleição de Dilma Rousseff (PT) é uma vitória da sociedade brasileira. E não temos que ter vergonha de comemorar a derrota de José Serra (PSDB), que se tornou símbolo dos setores que se opõem às bandeiras progressistas no país.


A mídia burguesa, os setores conservadores da igreja católica e evangélica, os ruralistas mais truculentos e o imperialismo dos Estados Unidos perderam uma batalha importante com a derrota de Serra.


O tucano fez uma campanha fratricida, lançando mão de boatos, mentiras e ataques aos movimentos sociais (especialmente ao MST), com um corte de extrema-direita, para fazer terrorismo eleitoral. A imagem das mulheres grávidas no horário político de Serra demonstra sua opção pelo chamado “vale tudo”, inclusive jogar sua biografia no lixo.


Por debaixo dos panos, sem a coragem de debater publicamente, a campanha tucana satanizou a descriminalização do aborto e o casamento civil entre homossexuais, que já foram aprovados em países mais avançados. Com isso, os tucanos caíram no colo da Tradição, Família e Propriedade (TFP) e da Opus Dei.


O clima criado pela campanha de Serra, tanto a oficial como a das sombras, causou uma polarização eleitoral, que obrigou os setores mais importantes da sociedade a tomarem partido. Organizações da sociedade civil, entidades de classe, intelectuais, artistas, estudantes, médicos, profissionais liberais, igrejas e a mídia (desde as televisões, passando pelos jornais, até chegar à internet) tiveram que fazer uma opção entre Dilma e Serra. E aqueles que se omitiram, pagarão o preço de ver o trem da história passar nos próximos quatro anos.

Como o e mbate eleitoral teve um nível muito baixo, essa polarização não girou em torno de projetos políticos antagônicos para o Brasil, mas na capacidade dos candidatos de continuarem as linhas gerais do governo Lula. De qualquer forma, dois campos políticos se expressaram de forma clara nessas eleições, contraponto o setor progressista e conservador. Em 2006, por exemplo, o quadro político não ficou tão claro.


Nesse quadro, o grande desafio dos setores progressistas é manter a coesão desse bloco construído em torno de Dilma e politizar as disputas políticas que virão, em torno do programa democrático-popular. Assim, a partir desta eleição, esse campo poderá fazer pressão por mudanças estruturais necessárias para a sociedade brasileira, que garantam educação, saúde, moradia, saneamento básico e terra para os brasileiros.

Embora as políticas públicas nessas áreas sejam muito importantes, não terão forças para solucionar os princ ipais problemas que essa geração do povo brasileiro enfrenta no seu dia a dia. Os direitos sociais da população só estarão garantidos com reformas estruturais, que implicam enfrentar os interesses da classe dominante brasileira e internacional, que quer impor outra agenda ao país.


As forças do neoliberalismo, lideradas pelos bancos, capital financeiro, empresas transnacionais e os grandes meios de comunicação, farão o possível – e impossível, como mostraram na campanha – para impedir qualquer medida progressista do governo federal.


Não podemos ignorar, inclusive, que esses setores têm força e influência dentro da ampla coalizão de forças que venceu a eleição presidencial. Por isso, é fundamental a pressão da sociedade para enfrentar os interesses conservadores, inclusive dentro do que vier a ser o governo Dilma.


Os setores progressistas venceram uma batalha importante com a vitória de Dilma, mas a luta continua , será intensa e dependerá da participação de toda a sociedade brasileira, que precisa se posicionar em relação a cada disputa, enfrentando os interesses dos poderosos para garantir transformações sociais para resolver os problemas do povo brasileiro.


Igor Felippe Santos é jornalista, editor da Página do MST, integrante da Rede de Comunicadores pela Reforma Agrária e do Centro de Estudos Barão de Itararé.

A CORRUPÇÃO DEMO-TUCANA EM SP

A tucanaiada - animais de bico longo e garganta grossa, mas ruins de voto fora de São Paulo - gostam de vender a imagem de que são "eficientes administradores".

Isso é fácil, muito fácil, quando contam com a maioria na Assembléia Legislativa - onde qualquer tentativa de CPI ou de investigação similar é rapidamente arquivada - e com o apoio da maioria da mídia nativa, o PIG (Partido da Imprensa Golpista, ou "porco", em inglês).

Segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, a cobertura da imprensa em relação ao desgoverno da demo-tucanaiada funciona da seguinte forma:

 

"A chamada 'grande imprensa' não cumpre o seu papel de fiscalizadora do poder público estadual com o mesmo zelo que cumpre junto ao governo federal.

De forma geral, as denúncias de corrupção são noticiadas pela imprensa de forma pulverizada, sem nenhum destaque e nenhuma continuidade na apuração dos fatos.

Algumas pequenas reportagens se limitam a páginas internas dos cadernos de política dos principais jornais e revistas, sendo que o assunto é tratado de forma superficial e, invariavelmente, “some” da cobertura jornalística em poucos dias.

Esta forma de cobertura jornalística, nitidamente, responde apenas a disputas, chantagens e intrigas de grupos políticos rivais alojados dentro do governo do estado (serristas e alckmistas)." 

 

Abaixo, transcrevo o endereço de um levantamento da corrupção tucana publicado no Conversa Afiada, do mesmo jornalista. 

 

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/10/01/tucanos-de-sp-vivem-num-%E2%80%9Cmar-de-lama%E2%80%9D/ 

 

Vale a leitura.

 

Paz e Bem!

121º ANIVERSÁRIO DA RES PUBLICA

Hoje, comemoramos (Mesmo? Por quê?) hoje o 121º aniversário do golpe militar de Estado que deu origem à nossa República, esse monstro estranho que consegue viver do povo, a quem vampiriza, sem realmente precisar do povo, a quem deveria servir, para nada, absolutamente nada. 



 Ideias demais no primeiro parágrafo. Vamos com mais calma.

Escândalos de corrupção, tráfico de influência, abuso de autoridade, desvio de verbas, nepotismo, racismo, trabalho escravo, trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, tráfico de drogas, imprensa golpista e elite separatista.
Ainda assim, espero, Paz e Bem!

domingo, 14 de novembro de 2010

AH, A INVEJA...

É engraçado como podemos ser estranhos para nós mesmos. Hoje, percebi que sinto inveja. Algo que jamais pensei que pudesse sequer cruzar meus pensamentos.

Entretanto, lá estava ela, ardilosa.

Inveja.

Dando os nomes aos bois, como estou fazendo agora, espero que a inveja, esse bichinho asqueroso, se encolha e morra em um canto qualquer do meu coração.

Veremos.

Paz e Bem!

DIVULGAÇÃO

Seminário
Conhecimento, compreensão e memória: experiências em história oral e cine-documentário - 19 anos do NEHO/USP

16 e 17 de novembro
Auditório da Casa de Cultura Japonesa Av. Prof. Lineu Prestes, 159 – Cidade Universitária (USP)


PROGRAMAÇÃO


16 de novembro (terça-feira)


09h - Credenciamento e inscrições

10h - Sessão de Abertura: História Oral e Testemunho
Anita Waingort Novinsky – Historiadora, professora da USP, presidente do LEI/USP
José Carlos Sebe Bom Meihy – Historiador, professor titular da USP, coordenador do NEHO-LEI/USP

11h- Mesa Redonda:  História Oral e Saúde
Dante Gallian – Historiador, professor da UNIFESP
Fabiola Holanda – Historiadora, professora da Universidade Federal de Rondônia Roberto Rillo Bíscaro – Linguista, Professor da Fundação Educacional de Penápolis Mediadora: Mara Selaibe – Psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae, conveniado ao CEPI-LEI/USP

INTERVALO

14h - Mesa Redonda:  História Oral e Experiências Acadêmicas
Yvone Dias Avelino – Historiadora, professora da PUC – SP
Lourival dos Santos – Historiador, coordenador do curso de História da UFMS
Suzana Lopes Salgado Ribeiro – Historiadora, pesquisadora do NEHO-LEI/USP
Mediador: Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho – Historiador, pesquisador do NEHO-LEI/USP

15 h 30 – Mesa Redonda:  História Oral e Imigração
Hélio Braga da Silveira Filho – Pedagogo, professor da UNIFIEO, pesquisador do LEI/USP
Samira Adel Osman – Historiadora, professora da UNIFESP
Carlos Subuhana - Pós-doutor em Antropologia (USP), pesquisador da Casa das Áfricas
Mediadora: Sheila Skitnevsky-Finger - Psicanalista, pesquisadora do CEPI-LEI/USP

17h –   Entrevista Pública: Militância e Testemunho
Entrevistado: Paulo de Tarso Venceslau
Entrevistadora: Marta Gouveia de Oliveira Rovai – Historiadora, pesquisadora do NEHO-LEI/USP
  
17 de novembro (quarta-feira)

 10h – Mesa Redonda:  Religiões e Religiosidades  
Participantes: Articulistas do dossiê Religiões e Religiosidades da Oralidades – Revista de História Oral – NEHO-LEI/USP 
Mediador: Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho - Historiador, pesquisador do NEHO-LEI/USP
            Lançamento do dossiê Religiões e Religiosidades da Oralidades        
            Lançamento de livros e revistas
                                  
           
INTERVALO
14h – Apresentação e Exibição do filme Utopia e Barbárie, de Sílvio Tendler (Brasil, 2009, 120 min., português)

16h Debate  
Silvio Tendler – Cineasta, professor do Dep. de Comunicação Social da PUC-RJ
Eduardo Morettin – Professor da Escola de Comunicação e Artes - USP
Maurício Cardoso – Historiador, professor da USP
Mediadora: Fernanda Paiva Guimarães - Pesquisadora do NEHO-LEI/USP
           
INTERVALO

19h Apresentação e Exibição do filme Carabina M2, Una Arma Americana: Che na Bolívia,  de Carlos Pronzato (Argentina, 2007, 90 min., espanhol)

20h30 - Debate
Carlos Pronzato – Cineasta
Marcos Antonio da Silva – Historiador, professor da USP
Mário Sérgio de Morais – Historiador, professor da FAAP, pesquisador do LEI/USP
Mediadora: Maria Cláudia Badan – Historiadora, pesquisadora do LEI/USP
  
INSCRIÇÕES:neho.oralidades@gmail.com até dia 15, ou  no dia do evento, a partir das 09h. Pagamento no dia do evento

R$ 20, com direito a nova edição da Oralidades, a uma das edições anteriores e a certificado
R$ 15, com direito a uma das edições anteriores da Oralidades e a certificado
R$ 10, com direito a certificado

Realização: Laboratório de Estudos sobre a Intolerância (LEI/FFLCH/USP)
                           Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO)
Apoio: Programa de Pós-Graduação em História Social – USP