Chegou a 153 o número de pessoas mortas no Rio de Janeiro, devido as chuvas que castigaram a cidade maravilhosa nos últimos dias. A maioria das vítimas residia em áreas de encostas de morros, como acontece historicamente.
Como também sempre acontece historicamente, e como aconteceu em São Paulo, a culpa pelo caos urbano, engarrafamentos e inundações foi atribuída a São Pedro.
O que me leva a pensar que, se Deus é brasileiro, isso significa que São Pedro provavelmente é argentino.
No caso do Rio de Janeiro, a prefeitura e o governo estadual culparam também os moradores de áreas de risco, como se famílias inteiras, enlouquecidas, quisessem morar perto de um barranco, sujeitas a deslizamentos de terra.
O que importa ao poder público e seus representantes, que deveriam ter a decência de serem responsáveis, é jogar a culpa nas costas dos outros.
Em São Paulo, por exemplo, quando a cidade se transformou em um parque aquático em janeiro, o prefeito Kassab usou a retórica do presidente Lula: "Nunca, na história dessa cidade, choveu tanto...", ele repetia quando perguntado porque os bueiros tinham entupido.
Tinha sido a chuva. Obviamente, não tinha nada a ver com o aumento de lixo nas ruas, já que Kassab tinha resolvido diminuir o número de trabalhadores empregados na limpeza urbana.
Em São Paulo, por exemplo, quando a cidade se transformou em um parque aquático em janeiro, o prefeito Kassab usou a retórica do presidente Lula: "Nunca, na história dessa cidade, choveu tanto...", ele repetia quando perguntado porque os bueiros tinham entupido.
Tinha sido a chuva. Obviamente, não tinha nada a ver com o aumento de lixo nas ruas, já que Kassab tinha resolvido diminuir o número de trabalhadores empregados na limpeza urbana.
O que podemos esperar quando a nossa segurança e bem-estar depende de se chove ou não? Quando nossa vida passa a ser regida pela sorte?
"Tomara que dê tudo certo, né?"
"Tomara que dê tudo certo, né?"
Paz e Bem?
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