terça-feira, 20 de abril de 2010

MEUS INFINITOS TONS DE CINZA

Já faz um tempo que deixei de acreditar nas belas promessas da poesia; que simplesmente olho desconfiado a cada final feliz nas comédias românticas.

Simplesmente, cheio de realismo e mágoa, me tornei amargo.

Sim, é verdade. Já faz um tempo que a lua, antes tão bela, já não me causa grandes suspiros. Nem me emociono ao ver os passarinhos.

Não acredito mais em finais felizes, em redenções ou salvações. Nem mesmo creio na possibilidade do troco vir certo na padaria.

Ah, como é chato estar amargo! Como é ruim não ver graça em quase nada!

Apesar disso, mesmo com todo os meus infinitos tons de cinza, uma chama branca de esperança ainda insiste em arder vez ou outra. 

Não é sempre. E a chama parece mais com um fósforo do que com um vulcão.

Talvez seja culpa do meu coração, esse eterno romântico. E teimoso. 

Eu insisto em querer ser feliz. 

Ainda. Por enquanto. Para sempre, com grande probabilidade.

Paz e Bem!

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