quarta-feira, 30 de junho de 2010

PESSIMISTA? REALISTA? OU NENHUM?

Eu fui jornalista durante alguns anos, até o Jornalismo decidir que era melhor que cada um de nós seguisse o seu próprio caminho. Ele foi lá, pro seu lado. E eu me virei como professor de inglês.

Na minha curta experiência na área, eu fui repórter policial. Como todo jornalista semi-virgem que entra em um jornal de verdade, de gente grande.

Foram quase dois anos vendo gente morta ou morrendo.

Eu vi homens, mulheres e crianças indo pelos ares. Eu vi gente inocente e outros não tão inocentes levando tiros ou sendo esmagados em deslizamentos. 

Com o tempo, eu me acostumei, como todo profissional que se preze. Com o tempo, eu deixei de ficar chocado.

E esta é a melhor receita: não deixar a coisa afetar você. O problema acontece quando você tenta entender o que está acontecendo, quando tenta ver algum sentido para toda essa desgraça.

Aparentemente, não existe nenhum sentido. Pelo menos, não um que possa ser percebido a olhos nus.

Este mundo não castiga os maus e premia os bons. Todos são esmagados igualmente. 

Mas não sou pessimista. Sei que coisas boas acontecem. Já presenciei pequenos milagres, tanto na minha vida, como na vida de outros.
Já presenciei atos de solidariedade, de amor, mesmo, em lugares inesperados. Já presenciei pessoas arriscando suas vidas para ajudar desconhecidos. 

Sempre que parece não haver sentido, um sentido ainda maior, que não podia ser visto antes, parece querer insistir para nascer. 

Paz e Bem!

ESTE MUNDO TENEBROSO

Ontem, comprei o Dicionário do Mundo Misterioso - Esoterismo, Ocultismo, Paranormalidade e Ufologia, de autoria do jornalista Gilberto Schroeder, editor da revista Sexto Sentido. O livro é uma publicação da Editora Nova Era, do Rio de Janeiro.

O Dicionário tem um total de 621 verbetes, espalhados por 347 páginas. Imagino que tenha dado um trabalho danado para organizar o texto, principalmente a partir do cruzamento de informações.

Me interesso por todos os temas tratados no livro, na medida em que, como disse uma pessoa que uma vez gostou muito de me conhecer, eu me interesso por tudo. Mas não sou nenhum fanático. 

Aqui em casa, na pilha de livros, você não vai encontrar muitos títulos sobre magia, esoterismo ou paranormalidade. E, com certeza, não vai encontrar nenhum sobre Ufologia (que é o estudo sobre os discos voadores, pilotados por extraterrestres).

Mas fiz um bom negócio com o Dicionário. Eu o comprei em preço promocional, por R$ 12,90.

E o livro tem algumas histórias interessantes, como a do navio mercante Seabird, que, em 1850, aportou perto de Rhode Island, nos EUA, sem nenhum tripulante a bordo. Na embarcação, havia café fervendo no bule e a comida estava servida nas mesas. Não havia sinal de luta ou corpos. A tripulação simplesmente desapareceu no mar.

Outra história legal é a do Projeto Filadélfia, um programa científico da marinha dos EUA que, durante a Segunda Guerra Mundial, queria tornar os navios americanos invísiveis aos radares. Segundo o dicionário, o navio usado para testes foi teleportado a uma distância de 200 quilômetros por alguns minutos. Quando retornou ao ponto de origem, membros da tripulação haviam enlouquecido. E outros tripulantes teriam se fundido ao barco. 

O governo dos Estados Unidos nega de pé juntos qualquer veracidade nessa história.

Em seu livro, Schroeder também aborda as lendárias criaturas míticas, como o sasquatch, o wendigo e a banshee. Explora as suposições sobre grandes civilizações humanas que entraram em decadência, ou desapareceram por meio de cataclismos naturais, como Atlântida. 
Vários temas são abordados e qualquer leitor curioso vai enocntrar várias informações que podem motivá-lo a realizar uma série de pesquisas.

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Bom, um dos meus alunos viu o livro ontem e deu uma passeada com os olhos por ele. E, então, ele me contou uma história de fantasmas. 

Há muitos anos, na região de onde ele veio, em Santa Cruz do Rio Pardo, houve um acidente de moto em uma região na estrada. O piloto morreu na queda.

Com o tempo, surgiu a história de que, dependendo do horário em que você passasse por aquela região, sempre à noite, haveria ali um homem em uma moto esperando por você no acostamento. 

Assim que você o ultrapassasse, ele iniciaria uma perseguição com a moto, que só pararia depois que você se acidentasse com o seu carro.

"Eu nunca acreditei nessa história. Era uma coisa que a gente contava entre os amigos, como brincadeira", disse o meu aluno, que começou a acreditar na história depois que um amigo dele bateu o carro naquela região e morreu. 

"Pode ser coincidência, mas sempre tive medo de passar por ali de carro, sozinho", concluiu. 

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Histórias de fantasmas não podem sobreviver sem coincidências e fatos não explicados, mas que, inconscientemente, fazem sentido.

É como a história de uma rua em Perdizes, São Paulo, onde, em uma das casas, um homem matou a sua família e depois se matou. Naquele lugar, à noite, a rua é mais escura do que as outras e as árvores não crescem direito.

No Ipiranga, existe um sobrado antigo que vem sendo revendido há anos. A média de permanência máxima de cada novo proprietário na casa é de três meses. Depois disso, as pessoas desistem e partem. E a casa é novamente colocada à venda.

Nos Jardins, mais de doze moradores e funcionários de um flat já viram uma mulher loira nos corredores, quartos e elevadores do prédio. Ela conversa com as pessoas e conta diferentes versões sobre sua história.

Pessoalmente, acredito em todas essas histórias. 

Paz e Bem!

terça-feira, 29 de junho de 2010

UPDATES IN FLASHES

E então, hoje, terminei a quarta temporada da série Lost. E não, não tenho vergonha de admitir: não estou entendendo patavina nenhuma.

Venhamos e convenhamos: a série prende pelos seus mistérios e um ou outro drama pessoal, mas a história principal, que é a de que raio é aquela ilha, simplesmente vai continuando e continuando, sem novidades. 

A ilha é o principal personagem da série. E sei tão pouco sobre ela agora quanto há poucos episódios.

Sinceramente, não sei se vou continuar assistindo. De enrolada, já chega a minha vida, certo?

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Ainda aguardo um sinal de vida de minha leitora anônima, aquela que gosta de escrever pauladas amistosas uma vez por semana, ou a cada dez dias. 

Torço para que o sinal de vida venha mais completo. Mas ainda aguardo.

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Nenhum livro que valha a pena ler. Nenhuma notícia que valha a pena colar por aqui. Nenhum comentário ou opinião sobre nada.

Por dentro, estou cansado, exaurido, quase que de saco cheio. 

O que me salva do desespero existencial é o carinho do Bóris! E um ou outro telefonema de um bom amigo que se lembra desse pobre farrapo...

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Tenho uma nova leitora no blog, leitora fiel e comprometida, apesar de não escrever seus comentários aqui. Mas ela os comenta comigo, em algumas das várias vezes em que conversamos. 

Tenho sorte dela gostar do que escrevo. 

Paz e Bem!

SEM BORDÕES OU FRASES DE EFEITO

De vez em quando, me bate essa saudade louca, enorme, da época em que eu era otimista. Na verdade, eu não era otimista coisa nenhuma; eu era porra-louca.

"Ah, vamos ver o que acontece. Vamos com calma", era o meu mantra.

E, como todo mantra, era repetido invariavelmente, um milhão de vezes, até que seu sentido se perdesse na sonolência tão esperada.

Deixei de ser porra-louca. Deixei de ser irresponsável. Deixei um monte de coisas para trás: opiniões, gostos, vícios e hábitos.

Não tenho mais frases de efeito; não tenho mais bordões. 

Agora, penso muito antes de falar. E tento falar pouco.

Paz e Bem!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

NÃO (SEI SE) ACREDITO EM MILAGRES

Hoje, uma amiga me perguntou no que eu acredito. E foi impossível responder. "Onde você se vê daqui a cinco anos, Thiago?", ela arrematou.

Eu não sei. Acho que perdi a minha bússola há algum tempo, e ainda não encontrei uma nova forma de guiar meus passos. 

Na verdade, faço o melhor que posso, todos os dias.

Tento ser um bom professor, um bom amigo, um bom aluno. Faço o que posso para ser um bom irmão mais velho, um bom tio, um bom cunhado, um bom filho e um bom sobrinho.

Não é fácil. 

Tento ser honesto comigo mesmo. Mas falho nisso com uma frequência assustadora. Eu minto e me escondo; levo uma vida dupla. Em noites de maior empolgação, uma vida tripla. 

Mas não dá pra me esconder de mim mesmo pra sempre, né? Como Quixote, estou lutando contra moinhos de vento em uma tempestade. 

Sei o que quero. E isso depende de uma chance, de um milagre. E eu resisto a crer em milagres.

Paz e Bem!

TUDO AO MESMO TEMPO AGORA

Já faz alguns dias que ando meio arrebentado. Deve ter algo a ver com a idade, eu presumo. 

Antigamente, eu aguentava passar dois, três dias sem dormir. Hoje, ai de mim se fico um dia com insônia. Os pensamentos não fluem, fico mal-humorado e minhas aulas são uma droga.

Ontem, fiz um bate e volta a Santos, para participar de uma missa de sétimo dia. Uma pessoa de minha família faleceu e ontem, domingo, completou uma semana. Cheguei em Santos cansado; Cheguei em São Paulo, na volta, quase à meia-noite, massacrado.

Sempre fico impressionado ao assistir a uma missa em uma igreja católica. É um ritual minuciosamente calculado em todos os seus momentos; quase não existe espaço para a improvisação.

Na verdade, na missa que assisti ontem, o único momento em que o padre celebrante não seguiu um script foi durante a sua homilia (momento em que ele comenta as leituras bíblicas feitas). Infelizmente, as pessoas quase não prestaram atenção no sacerdote, porque havia um morcego voando pela igreja, em vôos rasantes junto à platéia, durante todo o tempo.

De qualquer forma, não gostei da homilia. Eu gosto muito de certas passagens dos livros bíblicos (o livro de Gênesis, os Salmos e os profetas, no Antigo Testamento; e quase tudo no Novo) e acredito que a função de qualquer comentário sobre eles deve ser guiar por apenas um propósito: os comentários devem se rvir apenas para extrair parâmetros para o nosso dia a dia.
A leitura da Bíblia; e, na verdade, qualquer leitura, me interessa na medida em que me oferece sustento para a vida diária. Do contrário, é apenas bula de remédio.

Mas a missa católica é um ritual e sua parte mais importante está longe de ser a homilia. O momento culminante da missa é quando acontece o milagre da transubstanciação: quando a hóstia e o vinho transformam-se na carne e no sangue do Salvador. 

Por meio desse milagre, o sacrifício de Cristo no Calvário - o que, para aqueles de nós que se definem como cristãos, representa o momento em que foi possível par a raça humana se reaproximar de Deus - acontece novamente. E nos lembramos. 

De acordo com a concepção católica, o momento em que ocorre a transubstanciação dos elementos pão e vinho representa um corte no que entendemos como tempo e espaço. O presente em que vivemos une-se ao passado, em um sacrifício ocorrido há cerca de dois mil anos nos arredores da cidade de Jerusálem.

Tempo e espaço deixam de existir. E, talvez, neste mundo, este seja o instante em que estejamos mais perto de como Deus vê o universo. Sem barreiras entre o ontem e o hoje, entre o aqui e o lá.
Tudo ao mesmo tempo agora. E em todos os lugares.

Paz e Bem!

domingo, 27 de junho de 2010

FINAL FELIZ

Enquanto escrevo estas linhas, meu ouvidos e cada fibra minha ressoam com Creedence Clearwater Revival, uma banda pra lá de hippie dos anos 70.

I put a spell on you. I heard it through the grapevine. The midnight special.

Existem poucas coisas melhores do que isso, prezado leitor. Música, vento ou amor que mexe com suas fibras e faz você pensar que, talvez, talvez, as coisas possam dar certo.

Sim, um final feliz, ao invés dessa monótona repetição de coisas sem importância.

Paz e Bem!

Se puder, dá um pulinho lá...

http://www.youtube.com/watch?v=DksGi7B5BdM

http://www.youtube.com/watch?v=ZeZm7KQJT1o

http://www.youtube.com/watch?v=4R6nmKjcSeU

TO USE YOU OR TO BE USED BY YOU

Conheço um monte de gente que hoje está passando por algum tipo de crise. Seja a simples crise financeira, ou a terrível crise do coração estilhaçado.

Há pouco mais de um ano, passei por isso. Ainda não sei se superei completamente, mas sei o quanto dói ter o coração arrancado de dentro peito. Sei como as coisas simplesmente perdem o seu colorido. 

E, então, perdido e triste, abatido e desesperado, procurei novas formas de dar colorido ao mundo. Hoje, as opções são várias e estão à disposição em qualquer uma das prateleiras dessa enorme loja de conveniências que chamamos vida.

Bom, eu sei pelo que essas pessoas estão passando. E, como, na época em que minha vida perdeu o sentido, o universo bondosamente colocou um monte de gente no meu caminho, gente que me ajudou, eu não nego meus ouvidos e minha compaixão a ninguém.

Eu ouço e dou conselhos. Ou simplesmente saio com alguém que mal conheço para longas caminhadas. O que importa é poder ajudar, da mesma forma como fui ajudado. 

Existe algo de muito errado lá fora, prezado leitor. 

As pessoas estão à procura de relacionamentos - basta ver o aumento dos bares cheios de gente solteira e dos sites de relacionamento - mas a coisa simplesmente não está acontecendo. 

Tenho minhas próprias teses a respeito. Acho que o nosso principal problema é que, no fundo, no fundo, não queremos companheiros, mas uma variação do gênio de Alladin ou da Jeannie, daquele seriado dos anos 60.

Queremos uma pessoa que realize todos os nossos desejos, mimados que somos. 

E, quando a pessoa ao lado, não consegue fazer isso, o que inevitavelmente ocorre, nós a anulamos e tiramos de nossa vida com facilidade.

Eu faço isso. E pessoas já fizeram isso comigo.

É claro que você nunca fez algo tão odioso, prezado leitor. No seu caso, seus relacionamentos também não deram certo. Você não é uma coisinha egoísta, como eu. 

Levante as mãos para o céu e dê graças, seu mentiroso!

Ainda assim, Paz e Bem!

NA ESTRADA

Então, eu decidi simplesmente me entregar e me render à tentação. "Dane-se", eu pensei. "É justamente nesses momentos em que o universo separa os homens dos ratos", arrematei.

Caminhei até a frente, sem medo, e coloquei a mão nos bolsos, tateando à procura. E, assim, intrépido até a medula, entreguei meu cartão à moça que estava no caixa. 

"Débito ou crédito?", ela perguntou, com um sorriso pra lá de malicioso.

"Pode ser débito", eu disse, com uma voz rouca. "E não precisa passar o código de segurança, não... Se passar, a máquina trava", completei, solícito. 

Ela me estendeu a caixinha e eu digitei minha senha. Fiz um gracejo sobre a sacola de plástico vagabundo que ela meofereceu e nos despedimos. 

Eu nunca mais a veria. E isso não faria a menor diferença para nenhum de nós.

Nessa noite, comprei um CD de uma das minhas bandas favoritas, Creedence Clearwater Revival. Sensacional. Brilhante. Todos os clássicos em apenas um disco.

Uma bela compra, feita em um posto de gasolina na Fernão Dias, estrada que liga São Paulo a Minas Gerais, por volta da 23 horas de uma noite de sábado frio pra caramba. 

Paz e Bem!
The Midnight Special

Credence Clearwater Revival

Well, you wake up in the mornin', you hear the work bell ring,
And they march you to the table to see the same old thing.
Ain't no food upon the table, and no pork up in the pan.
But you better not complain, boy, you get in trouble with the man.

CHORUS:
Let the Midnight Special shine a light on me,
Let the Midnight Special shine a light on me,
Let the Midnight Special shine a light on me,
Let the Midnight Special shine a everlovin' light on me.

Yonder come miss Rosie, how in the world did you know?
By the way she wears her apron, and the clothes she wore.
Umbrella on her shoulder, piece of paper in her hand;
She come to see the gov'nor, she wants to free her man.

CHORUS

If you're ever in Houston, well, you better do the right;
You better not gamble, there, you better not fight, at all
Or the sheriff will grab ya and the boys will bring you down.
The next thing you know, boy, Oh! You're prison bound.

CHORUS

CHORUS

sábado, 26 de junho de 2010

NOVAMENTE, A ORAÇÃO

A minha disciplina espiritual favorita é a oração. 

Por disciplina espiritual, entendo uma série de atividades diárias, ou quase diárias, ligadas à vida espiritual que, cada vez mais, tem se tornado para mim a verdadeira vida. O resto, ao poucos, vai se transformando em acessório e, algumas vezes, em um incômodo necessário.

Na verdade, uma série de atividades cotidianas estão sendo redimensionadas por mim agora, e estou revendo a importância de algumas coisas. Nada é acessório.

Quanto à oração, ela se tornou minha disciplina favorita devido não a algum tipo de experiência mística - nada disso aconteceu e nem espero que aconteça, é importante deixar claro - mas, principalmente, quanto ao gosto em que tenho em me dedicar a ela.

É claro que, em alguns dias, a oração flui melhor - mais espontânea e autêntica - do que em outros.

Já escrevi alguns textos sobre o assunto aqui no blog, e não vou retomar os temas tratados anteriormente.

Hoje, apenas um acréscimo: a oração, quando não atendida, pode nos ensinar humildade e confiança em Deus, na medida em que testa o nosso real compromisso com a fé que afirmamos ter.

Um exemplo: há pouco mais de um ano, todos os dias, um assunto é tema de minhas orações. Sim, eu sou persistente. 

E, mesmo com a minha persistência, estas orações não foram atendidas. E talvez nunca venham a ser. 

Há algum tempo já, ao invés de optar por brigar com Deus, ou a simplesmente dizer a ele o que deve fazer - tendo como base os meus pequenos desejos, é claro - eu simplesmente aceito mais um dia em que sua resposta para mim não foi a que eu esperava.

Eu aguardo. E o processo de aguardar me força a reavaliar minhas vontades e a forma como me comporto. Hoje, não oro mais pedindo o que eu passei um ano e pouco pedindo. 

A oração não muda Deus; quando bem-feita, ela nos muda. 

E é aí que está toda a diferença: as orações não-atendidas podem nos ajudar a reavaliar nossas prioridades e, em última instância, do que é feita a fé que afirmamos ter.
Hoje, sou forçado a entender que não posso ter tudo o que quero. E que este mundo tenebroso não gira ao redor do meu umbigo. Eu não sou o eixo do universo. Mas Deus é. 

Paz e Bem!

CONAN, O BÁRBARO

A editora Mythos cancelou a revista Conan, o Bárbaro, que vinha publicando já há alguns anos. Esta tentativa de publicar no Brasil as histórias em quadrinho do bárbaro criado por Robert Erwin Howard durou 76 edições.
Segundo a empresa, eventuais histórias de Conan continuarão a serem publicadas, mas apenas em álbuns e edições especiais. Isso significa duas coisas: o preço das publicações vai aumentar, e o leitor que more em alguma cidade que não tenha uma loja especializada em quadrinhos vai ficar a ver navios. 


Bom, para ser honesto, a revista também não era lá grande coisa, não. A seleção de histórias andava meio caída e a revista não contava com seções extras (cartas, artigos etc) que pudessem ajudar a conquistar eventuais novos leitores.
Eu conheci Conan como a maioria dos brasileiros, ou seja, quando eu era criança, lá nos anos 80, por meio dos filmes estrelados pelo governador da Califórnia, Arnold Schwarzzenegger. Os filmes eram toscos, mas foram o suficiente para me convencer a ler os quadrinhos do herói.

As histórias de Conan acontecem no passado da humanidade, em uma época mítica conhecida como Era Hiboriana. Nesta época, o mundo é governado por impérios primitivos e Conan, que é um cimério, viaja pelo mundo trabalhando como mercenário, ladrão e pirata, antes de tornar o rei do maior país da época, a Aquilônia. 

A Era Hiboriana, bem como seus países, religiões e personagens, saíram da pena extremamente criativa do escritor norte-americano Robert Erwin Howard, que criou Conan na década de 1930, como um personagem de contos, que eram publicados em revistas populares daquela época, as chamadas pulp magazines.

Como eu gosto do personagem, é óbvio que lamento o cancelamento da revista. Como todo fã, quando se trata dos personagens de que gosto, prefiro que sejam publicadas histórias ruins dele, ou dela, a não ser publicado absolutamente nada. 

Ainda assim, Paz e Bem!

O BALBOA DO IPIRANGA

Tenho um amigo novo, cujo apelido é Balboa. 

Para aqueles de nós um pouco mais antigos, mas não muito, não, o nome Balboa lembra o lutador de boxe da série de filmes Rocky, clássico absoluto criado pelo ator Sylvester Stallone, na longínqua década de 1980.

Rocky Balboa é o protótipo do herói sofredor: no começo da série, ele é pobre e ninguém acredita que ela possa ter sucesso. Assim, ele vai lá e se arrebenta no ringue para provar o contrário. Quando ele consegue, o sucesso o torna arrogante, e ele se arrebenta de novo e perde tudo.

Já o meu amigo ganhou esse apelido por usar um casaco e um gorro parecido com o do Stallone na série de filmes. Se vc assistiu algum, sabe do que estou falando.

O Balboa que eu conheço trabalha como porteiro e vigia em um internato para moças aqui no bairro do Ipiranga. Quando eu saio da escola, lá pelas 22h10 todos os dias, lá está ele parado na porta da escola, junto ao ponto de ônibus.

E, como eu gosto de conversar com perfeitos estranhos, nos tornamos amigos.

Aposto que nunca tomaremos uma cerveja, iremos a um bar ou a um cinema. E nem viajaremos juntos. Nossa amizade está limitada no tempo e no espaço àquele local, pelo tempo que o ônibus para a Vila Mariana leva para passar.

Por isso, sabendo dos limites, conversamos bastante, trocamos impressões sobre a vida e piadas de gosto duvidoso. 

É um bom amigo.

Paz e Bem!

ANONYMOUS

Tenho uma leitora anônima neste blog. Pelo menos, acho que é uma mulher; assim como eu acredito que sei quem ela é.

Minha opinião sobre sua identidade, muito mais um palpite na verdade, tem duas fontes: a primeira, por seu uso de algumas informações e o tom dos comentários, quase sempre pessoais.

A segunda fonte é o meu desejo.

Gostaria de ler seu nome aqui algum dia desses. Este é um convite, um pedido e uma sugestão. Nem mais, nem menos.
Meu realismo latente continua piscando, sinalizando que posso estar errado. Enquanto isso, o suspense continua. 

Quem sabe?

Até lá, Paz e Bem!

BREVE INTERRUPÇÃO

Este blog será interrompido por alguns dias, por motivos de viagem. 

Neste final de semana, entre sábado e segunda-feira de manhã, estarei em Santos, a cidade onde nasci, para cumprir compromissos familiares.

Como estou tentando manter uma espécie de diário por aqui, acredito que esta anotação seja relevante. 

Uma pessoa de minha família morreu há uma semana. Não éramos próximos, mas, ainda assim, me sinto obrigado a comparecer à missa de sétimo dia. 

Em breve, prentendo retornar a escrever. 

Até lá, Paz e Bem!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

OTIMISMO INFUNDADO

Tenho uma amiga ques gosta de Psicologia. Eu, quanto a isso, tenho cá as minhas reservas. 

Ela me contou que sua analista afirmava que ela sempre se "sabotava". Por "sabotar-se", eu compreendo a idéia de que nós estamos sempre tentando nos impedir de alcançar a felicidade ou de conquistar alguma realização em alguma área da vida. 

E fazemos isso de várias formas, quase sempre, certo?

Acredito que o ato de sabotarmo-nos só é possível quando acreditamos que o que as outras pessoas dizem - sobre o que somos; e, pior, sobre o que deveríamos ser - é verdade. 
Um exemplo: temos de ser magros, sarados, ricos e sexualmente insaciáveis, segundo a opinião corrente nos dias de hoje. 

E eu bem sei que não me enquadro em nenhum desses ítens acima... 
Não é que temos de ser realmente desta forma, mas esta é a propaganda vendida e o mínimo aceitável é que passemos a vida correndo atrás desses objetivos.

Bom, eu não estou preocupado com isso. Nunca fui magro, nem nunca serei. Não tenho paciência para passar horas em uma academia. Não sei guardar dinheiro; prefiro gastá-lo. E, quanto ao sexo, algumas vezes, prefiro muito mais o dormir abraçadinho.

No meu caso, como cristão, existe a tentação de não me considerar "santo" o suficiente. 

Pois bem... Já que estamos jogando limpo, lá vai: eu não sou "santo".

Quando aceitamos essas definições externas do que deveríamos ser, passamos a não suportar aquilo que somos de fato

E, então, começa o processo de auto-sabotagem.

"Ah, não! Eu não mereço isso. Eu não sou digno daquilo. E, para ser sincero, aquilo, provavelmente, nem sequer existe de verdade" - essa é a nossa linha de pensamento.

Com o tempo, esse raciocínio torna-se um hábito. E nos tornamos cada vez mais fechados para as coisas boas - poucas, é verdade - que essa vidinha pode nos oferecer. 

Eu não quero ser hipócrita ou vender um falso otimismo. Eu não acho que a vida seja uma "maravilhosa aventura". Eu não acho que "tudo vai dar certo no final". 

Mas prefiro estar aberto aos eventuais atos de Graça de Deus. Só posso receber alguma coisa se estiver de braços abertos.

Paz e Bem!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

DO UOL NOTÍCIAS: ANÁLISE DA PESQUISA DE INTENÇÃO DE VOTO

Pesquisa é péssima notícia para tucanos

Depois de ampla exposição na mídia, José Serra (PSDB) não conseguiu ampliar seu percentual de intenção de votos, segundo pesquisa Ibope patrocinada pela CNI e divulgada hoje (23.jun.2010), detalhada no post abaixo. Pior ainda, o tucano viu, pela primeira vez nesse levantamento, sua adversária direta, Dilma Rousseff (PT), ficar à sua frente.

Dilma pontuou 40% na CNI/Ibope. Serra teve 35%. Marina Silva (PV) está com 9%.

Trata-se de uma das piores notícias que o candidato tucano poderia ter nesta fase da campanha. Havia grande expectativa no PSDB de que Serra pudesse neste mês de junho manter-se empatado com Dilma – ou até ultrapassá-la por causa da propaganda em rede nacional apresentada pelos tucanos, além de dezenas de inserções de 30 segundos.

Em maio, Dilma teve forte exposição nos programas partidários do PT. E a candidata subiu. Serra repetiu a receita, mas não deu certo.

O PT guardou estrategicamente dezenas de comerciais partidários estaduais para divulgação no mês de junho. Fez uma operação de “fogo de encontro” e conseguiu, mostra a CNI/Ibope, estancar um eventual avanço de Serra.

É claro que a campanha ainda vai longe e nada está definido. Mas é muito confortável para um candidato começar o horário eleitoral (em 17 de agosto) já estando na frente nas pesquisas de opinião. Essa é a situação de Dilma no momento.

DO UOL NOTÍCIAS: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Pesquisa CNI/Ibope: Dilma tem 40%, contra 35% de Serra

Camila Campanerut
Do UOL Eleições
Em Brasília
 
Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) para a eleição presidencial, divulgada nesta quarta-feira (23) em Brasília, mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) com 40% das intenções de voto, contra 35% do candidato José Serra (PSDB) e 9% da candidata Marina Silva (PV). Votos brancos e nulos somam 12%. Não responderam 8% dos entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Esta é a primeira vez em que a candidata petista aparece à frente do tucano em uma pesquisa com uma diferença que ultrapassa a margem de erro. Na última pesquisa CNI/Ibope, divulgada em 17 de março, Serra aparecia com 38%, contra 33% de Dilma e 8% de Marina. Brancos e nulos somavam 12%; 8% não responderam.

Dilma aparece na frente também na simulação de 2º turno. A petista tem 45%, contra 38% de Serra. Brancos e nulos somam 8%, enquanto 9% não sabem ou não responderam.

Na simulação de 2º turno da pesquisa anterior, o tucano aparecia com 44%, contra 39% da petista. Brancos e nulos somavam 10%, e 7% não responderam.

Quando a simulação é feita entre Dilma e Marina, a petista aparece com 53%, contra 19% da presidenciável do PV. Brancos ou nulos representam 15%; 13% não sabem ou não responderam. Em 17 de março, a simulação de 2º turno entre Dilma e Marina dava 48% para a petista, 11% para a ex-ministra do Meio Ambiente, 22% de brancos e nulos e 12% que não responderam.

Já entre Serra e Marina, o tucano fica com 49%, contra 22% da candidata verde. Brancos ou nulos somam 16% e não sabem ou não responderam, 13%. A pesquisa anterior dava 55% para o candidato do PSDB, contra 17% da candidata do PV, 18% entre brancos e nulos e 9% que não responderam.

Na espontânea, Dilma tem 22%, Serra tem 16%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 9%, Marina tem 3% e o ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) tem 1%. Brancos e nulos somam 7%, e 40% não sabem.
A última pesquisa que mediu a intenção de votos para os presidenciáveis, contratada pela Rede Globo e pelo jornal O Estado de São Paulo e divulgada em 5 de junho, apontava Serra e Dilma empatados com 37%.
Conhecimento de Dilma

O levantamento CNI/Ibope identificou um aumento no conhecimento da candidata petista pelo eleitorado. Hoje, 73% sabem que Dilma Rousseff é apoiada pelo presidente Lula. Em março, o índice era de 58%.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas entre os dias 19 e 21 de junho, em 140 municípios do país. O número de registro da pesquisa no TSE é 16292/2010.

Indecisos

O diretor de operações da CNI, Rafael Lucchesi, afirma que o elevado grau de indecisos demonstra que a disputa pelo eleitorado “ainda está em suas etapas iniciais, se aquecendo”, uma vez que, em março, 42 % dos entrevistados não sabiam em quem votar. No último levantamento, o índice teve uma leve redução e está em 40%.

CONTO DE FADAS ÀS AVESSAS

Era uma vez um menino.

Como todos os meninos de sua idade, todas as idades, ele gostava de brincar e de correr, de fazer de conta. Ele gostava de cair no mar e ficar debaixo das águas. 

Aos poucos, o menino cresceu. E então, deixou de ser menino.

E aquele que havia deixado de ser menino teve de se transformar em um homem; esperavam-se coisas deles. Grandes coisas, coisas pequenas; Um montão delas.

Um dia, aquele que havia sido um menino, achou que precisava mudar o seu reino. Todos esperavam por um salvador, por um herói.

E ele não sabia como manejar armas ou como ter super-poderes. Era apenas mais um homem; ele, também à espera de um salvador. 

E seu reino era triste. Os céus eram cinzentos e carregados, mesmo em dias de sol. As ruas da cidade se perdiam em labirintos e as pessoas viviam tristes.

Ah, ele tentou... E como tentou... E como... 

Mas, a cada tentativa, as pessoas se encurvavam ainda mais, pesadas sob o fardo da espera e das esperanças frustradas e sonhos desfeitos. 

E eles reconheceram que ele havia tentado. E o transformaram em rei.

Então, o homem que havia sido um menino, que havia sido tornado rei, começou a morrer.

Para ele, para que começasse a morrer, não foram necessários ataques ao seu castelo, ou armas incríveis ou monstros tenebrosos. Seus inimigos comemoraram a facilidade com que aquilo havia sido feito.

O rei começara a morrer no exato momento em que começara a perder a vontade de viver.

Seus dias, pouco a pouco, tornaram-se pesados e cinzas. Não havia pelo que lutar, nada a conquistar. E ele passou a ficar a maior parte do tempo em uma varanda do castelo.

Contemplando o céu. E a pensar no que deveria ter sido.

Mas, em silêncio, ele admitiu a si mesmo que era tarde demais; que não havia nada a se fazer.

Paralisado, ele continuou a morrer. Como uma estátua, eles o encontraram.

O rei havia morrido.

terça-feira, 22 de junho de 2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

FESTA JUNINA

No sábado passado, estive na minha velha faculdade, onde fiz Sociologia, ou Ciências Sociais. Encurtando: estive na ESP, que é a sigla da Escola de Sociologia e Política (ESP).

A ESP fica ali na Vila Buarque, encravada em algum lugar entre Santa Cecília e Higienópolis. 

Bom, eu fui encontrar amigos da velha guarda, para tomarmos um pouco de Tang. Infelizmente, só uns poucos conseguiram aparecer. 

E, para minha surpresa, estava acontecendo uma festa junina lá. No velho Casarão.

E eu pensei: "Por que não, né?" E fui...

Hoje, depois de estar formado já há seis anos - e há um ano sem quase ir lá - praticamente não encontro nenhum velho rosto amigo na ESP, o que me força a procurar novos rostos amigos.

Conheci e conversei com algumas pessoas. A melhor surpresa foi conhecer uma menina que estuda por lá e é uma blogueira muito inspirada. 
Ela - e seus amigos e amigas - foram muito simpáticos com este velho aluno, que hoje já não conhece quase mais ninguém por lá.

Agradeço a simpatia.

Infelizmente, acabei não ficando tempo o suficiente para pular a fogueira.

Paz e Bem! 

DO UOL NOTÍCIAS/EFE: PLAYBOY

Autora vê revista "Playboy" como precursora das redes sociais e reality shows

 México, 20 jun (EFE) - A companhia de entretenimento Playboy, fundada por Hugh Hefner em 1953, se transformou em um império empresarial do qual, além da famosa revista erótica, surgiriam os antecedentes do que hoje são as redes sociais e os reality shows, declarou à Agência Efe a filósofa espanhola Beatriz Preciado.
Para a autora do ensaio "Pornotropia" (Anagrama, 2010), que apresenta o trabalho no México, Hefner (Chicago, 1926) é um transgressor que usou as tecnologias em plena "Guerra Fria" (1945-1989) para criar novas formas "de consumo e entretenimento" que a partir dos Estados Unidos ganhariam o resto do mundo e hoje são normalmente aceitadas.
Em sua obra, finalista do 38º Prêmio Anagrama de Ensaio em abril, Preciado (Burgos, 1970) explora o impacto da "Playboy" na cultura popular americana do século 20.
No livro, conta como Hefner, editor e fundador da "Playboy", foi além de um transgressor. Ele inventou a "cama redonda", um espaço que, equipado com telefone e com acesso a um circuito fechado de televisão, o permitia administrar seu império a partir de sua casa.
O excêntrico Hefner conseguiu se transformar assim no primeiro teletrabalhador, um homem que se tornou famoso "de roupão, pijama e chinelos" à frente de "uma das mais influentes revistas para adultos do mundo" a partir de suas mansões, uma em Chicago e outra em Los Angeles.
Ela considera fundamental, além disso, o uso que fez da imagem íntima. "Em plena 'Guerra Fria' decidiu colocar uma câmera de televisão na sua mansão" em Chicago, "e inventou o primeiro reality show da história da televisão americana", explica Preciado.
Seu "palácio de amor" de 32 quartos, "quase uma prisão televigiada", era um enorme platô onde foram filmados programas de entretenimento que se transformariam "nos antecessores mais diretos de nossos 'shows' audiovisuais de clausura, como o 'Big Brother', assinala.

  • Divulgação / "Playboy" A ex-BBB brasileira Tessália em Playboy


    • Aquele projeto "voyeurista" na mansão serviu para começar a desnudar "a intimidade diante dos olhos da América" e a promover uma libertação da sexualidade masculina, na qual o homem podia construir um espaço próprio, "não regido pelas leis morais e sexuais do casamento heterossexual", afirma.
      A revista criada em 1953 e que no fim dos anos 70 era a mais vendida dos EUA, com 6 milhões de exemplares, representou "um ataque frontal às relações tradicionais entre gênero, sexo e arquitetura" inclusive, apostando na modernidade que propunham figuras como o alemão Ludwig Mies van der Rohe (1886-1979) e Le Corbusier (1887-1965), ressalta Preciado.
      "Para mim, 'Playboy' marca uma ruptura com os modelos tradicionais de produção do sexo e da sexualidade", afirma a filósofa, uma ruptura com o conservadorismo e, possivelmente, o primeiro passo rumo a grande revolução sexual do fim dos anos 60.
      Acrescenta que no mundo atual "vivemos já constantemente conectados" a uma série de novas plataformas tecnológicas que estão mudando as relações e o modo de se divertir, algo que no fim dos anos 50 Hefner já fazia.
      "Evidentemente ligamos para o Facebook, nos apaixonamos e postamos nosso primeiro encontro no YouTube (...). Acho que o antecessor mais direto de tudo isto é a 'Playboy', por mais curioso que isso possa parecer", acrescenta.
      "Talvez as redes sociais sejam, por uma vez, herdeiras diretas desta cultura da 'Playboy' e, por outra, capazes de gerar 'todo um conjunto de novas normas de relação e de consumo e produção econômica' nas sociedades atuais", assinala.
      A filósofa, que foi aluna nos Estados Unidos de Jacques Derrida e Agnes Heller, é professora de história política no Programa de Estudos Independentes do Museu de Arte Contemporâneo de Barcelona e na Universidade Paris.

      Autor: Alberto Cabezas

      domingo, 20 de junho de 2010

      MORTE E MEU SILÊNCIO

      Uma pessoa de minha família morreu hoje, às 3h15 da manhã, depois de um período internada na UTI de um hospital em Santos, minha terra natal. 

      O velório e o enterro aconteceram hoje, nos períodos da manhã e da tarde. Não fui a Santos, pois só soube do falecimento por volta das 10 horas.

      Eu não sou um homem de família. Não tenho as palavras certas para situações como essas.

      Espero que esteja bem. Espero que descanse em paz.

      Espero que as pessoas mais próximas possam não sofrer tanto.

      Paz e Bem!

      DÚVIDAS, INCERTEZAS & AS COISAS BOAS DA VIDA

      Eu gosto do Caio Fábio. Eu li vários livros dele, leio o website e posto vários de seus textos neste blog. A última postagem, por exemplo, é de um texto de sua autoria.

      Como pastor, Caio Fábio tem responsabilidades. E uma delas é a de não dar espaço para muitas dúvidas ou questionamentos pessoais no que escreve. 

      Ele tem de oferecer certezas aos seus leitores.

      Eu, por outro lado, não tenho esse compromisso. Eu posso me dar ao luxo de ter dúvidas, questionamentos e incertezas. 

      No texto postado abaixo, Caio escreve que "o mundo morreu para ele". Ele afima que vive no mundo, como forasteiro. 

      Bom, sem papas na língua: eu não sou assim sempre.

      "O mundo morreu... Sim; com suas glórias, cobiças, invejas, pressas, honras, dignidades, importâncias, sucessos, conquistas, afirmações, poderes, influências, medos, fanfarrices ilusórias, auto-engano, e culto ao estético, ao belo e ao aparentemente superior..."

      Nem sempre é assim. Nem sempre eu me distancio. 

      Paz e Bem!

      TEXTO DE CAIO FÁBIO

      O MUNDO ACABOU PARA MIM!

      “Pois para mim o viver é Cristo; e o morrer é lucro!” — Paulo, o apóstolo

      Para quem encontra Jesus e Sua Palavra, o Evangelho de Deus, não há mais como viver [...] senão num mundo que já não é; que já acabou.
      O mundo, como era, acabou; embora todos os seus sinais de vigor e poder estejam mais do que presentes entre todos os humanos.
      Sim; pois o mundo acabou no olhar...
      Antes de Jesus havia apenas um modo de ver o mundo, com uma ou duas exceções filosóficas; os demais, no entanto, caminhavam todas segundo o fluxo do mundo que existe para os que dele vivem...
      Em Jesus, no entanto, para todo aquele que vê além do visível, ou seja, para os da fé, o mundo acabou irremediável mente, sem chance de ressurreição!
      Para mim, por exemplo, a presente existência é uma sucessão de atos de fé num mundo que existe em estado de morte completa; pois, tudo o que caracteriza os poderes deste mundo, foi despojado, desmascarado, desenganado, liquidado, morto e consumado em Jesus; visto que em Jesus as mortalhas do mundo foram removidas, sua burca foi retirada, e apareceu a cara da morte/morta; embora uma viva/morta que é o motor dos zumbis que pelos valores de vento gelado de tal essência/morta se alimentam e se deixam mover...
      Em Jesus, todavia, o mundo acabou para todo aquele que enxergou do que o mundo é feito: de mentira, ilusão e fantasia; tudo criado pelo surto da cobiça do diabo que se tornou nossa!
      Como o mundo não acabou para mim?...
      Sim! Se quando Jesus nasceu os poderes se inverteram: o reino se transferiu para a Manjedoura!
      Sim! Se quando Jesus viveu o pecado foi vencido em todas as tentações!
      Sim! Se quando Jesus curou todas as doenças Ele decretou o fim da morte e da dor criados pelo mundo!
      Sim! Se quando Jesus morreu Ele matava a morte espiritual que mata a todo homem!
      Sim! Se quando Jesus ressuscitou dos mortos a própria Morte, o Diabo e o Inferno [...] foram lançados para dentro do Lago de Fogo como Decreto da Vida contra a Morte e seus agentes deliberados!
      Sim! Se quando Jesus ascendeu aos céus todo poder existente no mundo e em qualquer existência se tornaram definitivamente por Ele vencidos pelas sutis e invisíveis forças do amor!
      Portanto, para mim, o mundo acabou...
      O mundo morreu... Sim; com suas glórias, cobiças, invejas, pressas, honras, dignidades, importâncias, sucessos, conquistas, afirmações, poderes, influências, medos, fanfarrices ilusórias, auto-engano, e culto ao estético, ao belo e ao aparentemente superior...
      Ele, o mundo, não morreu apenas para quem continua vendo a vida pelo olhar do mundo; mas para quem agora só vê o que seja vida, e não mais o que seja existência como mundo, sim, para tais o mundo acabou; assim como para mim ele já era; embora minha vida aconteça nesse ambiente que é sem ser; que aparenta, mas não é; que fala de vida, embora seja um convite da morte!
      Ora, é somente quando o mundo morre que a pessoa ganha o olhar que a faz viver nesta existência sem que isso signifique um viver do mundo.
      Na realidade é um viver no ambiente/mundo, sem que, todavia, não se tenha nada a ver com ele!
      Esta é a minha ambivalência em relação ao mundo: ele está morto para mim e eu para ele; e, por isto, e somente por tal razão, posso viver nele... E mais: nele posso viver sem a sua sorte de existência, que é animada pelo medo da morte, sendo este o poder que gera todas as formas de ilusão de poder e de superioridade satânica na existência segundo o mundo.
      Paulo disse que a “aparência deste mundo passa”. Por isto ela manda que os que choram sejam como os que não chorassem; que os que se casam como se solteiros fossem na sua liberdade de seguir a vida de modo desimpedido; que os que compram sejam como os que nada possuem; que os que se servem este mundo sejam como aqueles que usam produtos descartáveis; e que até mesmo aqueles que se elegram, sejam como aqueles que não têm porque alegrar-se...
      Este é meu paradoxo!
      Sim! Vivo mais que vivo numa existência que já acabou para mim!
      Este era o convite de Paulo a todos os discípulos de Jesus!
      Sim, dizia ele:
      “Vocês morreram com Cristo! O mundo acabou! Estamos crucificados com Jesus! Ressuscitamos com Ele! Assentamo-nos no Seu trono juntamente com Ele!”
      Portanto, embora aqui ainda, somos apenas uns forasteiros; uns seres de passagem; livres como a liberdade verdadeira que tal certeza instila em nós para sempre!
      Para aqueles que entendem que o grande milagre do Evangelho é revelar o que é o mundo, do ponto de vista do Deus da Vida, surge grande libertação em relação a tudo o que se chame mundo; ao mesmo tempo em que, por tal milagre de entendimento, o mundo acabe de fato para o discípulo de Jesus; embora, apesar disso, o mundo se torne o lugar no qual vencemos o mal com o bem.
      O mundo é assim o meu lugar de estar, mas não é meu modo de ser!

      Nele, em Quem somente a morte pela fé nos liberta para o sentido da vida,

      Caio

      quinta-feira, 17 de junho de 2010

      LOST: EM ABERTO

      Estou quase terminando a segunda temporada de Lost. Faltam apenas alguns episódios; dois ou três.

      O mais interessante na série é que as pessoas que formam o grupo que tenta sobreviver na ilha não possuem histórias pessoais fechadas.

      Ao contrário, a história de suas vidas vão surgindo aos poucos, e iluminando melhor o seu caráter. 

      É uma boa jogada.

      Paz e Bem!

      quarta-feira, 16 de junho de 2010

      O-BA-LA-BIM-BOM

      Bateu aquela enorme vontade de escrever; sobre algo, sobre alguém. Sobre qualquer coisa.

      Infelizmente, não tenho nenhuma idéia (isso mesmo, caro leitor; ainda não assimilei totalmente a nova ortografia da língua portuguesa!) brilhante e, por isso, acabo anotando essas pobres linhas um tanto quanto desconexas.

      Porque, simplesmente, não dá pra se ficar em silêncio. O silêncio mata; o silêncio separa. E o silêncio, por mais que eu ame praias e trilhas desertas, cansa...

      Eu amo um monte de coisas. Risada de nenê, os olhos do meu cachorro quando eu brinco com ele, o sol & a lua. Eu amo uma boa refeição, um domingo de sol e o vento no rosto e nos cabelos.

      Eu amo algumas canções, que me lembram de como se deve gostar de alguém. Amo algumas palavras susssurradas ao pé do ouvido ou trocas de olhares em noites claras.

      Eu amo abraços dados quando se achava que simplesmente não haveria mais ninguém a se abraçar. 

      Eu amo lembranças do que já foi e memórias do que deveria ter sido. Aos poucos, aprendo, também a amar o que virá a ser. 

      Tenho paciência. Aparentemente, tenho tempo também.

      Mas, é claro que eu posso estar enganado. Esta não seria a primeira vez, certo?

      Paz e Bem!

      EM UMA ILHA NÃO TÃO DESERTA...

      Dessa vez, Lost me pegou...  Agora, assistindo à segunda temporada da série, fico surpreso de não ter gostado da primeira, quando a vi.

      Não é algo que vai mudar a forma como eu vejo a vida ou o mundo, mas ajuda a passar uma parte da noite, até que o sono chegue, junto com a vontade de me esconder debaixo do edredom.

      Mas, afinal, quem são "Os outros"?

      Paz e Bem!

      DEPOIS DO JOGO

      Ontem, assisti o jogo da seleção brasileira contra o time da Coréia do Norte junto com um bom amigo, aqui em casa. Comemos pipoca e bebemos algumas Serras Maltes para acompanhar.

      Após o jogo, meu amigo foi para casa e eu fui trabalhar.

      Não vou mentir. Eu não entendo patavina de futebol; e, na verdade, nem sou muito chegado. Costumo me definir como "santista" por duas razões: é o time da minha cidade; e porque cresci ao lado do estádio da Vila Belmiro.

      Mesmo sem entender nada sobre futebol, achei o jogo bem chato. 

      Pelo que eu me lembrava da minha infância, o objetivo do futebol é marcar gols no time adversário, mas acho que as coisas mudaram, pois o time brasileiro só tentou fazer isso no segundo tempo.

      Mas achei sensacional o gol do jogador norte-coreano, aquele que fechou o placar em 2 a 1. O homem driblou dois ou três dos brasileiros para depois cravar a bola na rede.
      Foi o grande momento do jogo para mim, eu admito.

      Após a partida, fui trabalhar. Caminhei até o ponto de ônibus mais próximo e fui para a escola. Fiquei impressionado com a cara das pessoas nas ruas; com o jeito dos outros passageiros no coletivo.

      Caras amarradas, do tipo que se encontra no final de uma tarde de domingo. 

      Infelizmente, as pessoas esperavam mais da seleção brasileira. Não sei se esse querer veio da mídia, que bombardeava o tempo todo que o time brasileiro ia estrear na copa com uma goleada, ou se houve outro motivo para isso, para todos aqueles rostos decepcionados.

      No ônibus, completo silêncio. Ninguém falava sobre o jogo; ninguém comentava nada. 

      Simplesmente, seguimos todos em silêncio, a cada um dos nossos destinos individuais.

      Nas ruas e em todos os lugares, muitas pessoas usavam peças de roupa nas cores verde e amarelo, mas não vi muitos rostos alegres. Os bares ao redor do meu trabalho estavam quase vazios. Alguns, estavam até mesmo bem silenciosos.

      Sim, a seleção ganhou o jogo. Mas perdeu os torcedores. 

      Paz e Bem!

      terça-feira, 15 de junho de 2010

      DO UOL NOTÍCIAS: REFUGIADOS

      Brasil acolhe mais de 4.200 refugiados de 74 nacionalidades, diz relatório da ONU

      Refugiados urbanos já 
representam a metade dos casos assistidos pelo Acnur, veja as fotos

      O Brasil tem hoje 4.294 refugiados de 74 nacionalidades, segundo os números divulgados nesta terça-feira (15) em Brasília pelo Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), vinculado ao Ministério da Justiça. Ao lado do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), o órgão anunciou os números mais recentes sobre a situação do refúgio no Brasil e no mundo.
      De acordo com o levantamento, entre os que se refugiaram no Brasil estão 39,3% que fugiram da Angola, o equivalente a 1.688 pessoas; 13,7% vieram da Colômbia (589); 9,8% da República Democrática do Congo (420); 6,03% da Libéria (259); além de 4,63 % do Iraque (199).

      O que é refugiado?

      Pessoas que fugiram do seu país cruzando uma fronteira internacional devido a fundado temor de perseguição por razões de raça, religião, nacionalidade, participação em grupos sociais ou opinião política, encontra-se fora do seu país de origem e não tem condições (ou não deseja) retornar à proteção daquele país
      De acordo com as estatísticas nacionais atualizadas em junho deste ano, dos 4.294 refugiados, 3.895 obtiveram o abrigo em solo brasileiro por vias tradicionais e 399 se refugiaram no Brasil depois de tentar refúgio em, pelo menos, outro país. Por isso, esses entram na lista como reassentados.

      Por vias tradicionais, entende-se por ganhar a proteção do governo brasileiro, segundo a Lei 9.474 de 1997, as seguintes situações: perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas e, por isso, encontra-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país e devido à grave e generalizada violação de direitos humanos que o obrigou a deixar seu país de onde nasceu para buscar refúgio em outro.

      Nº de refugiados aumenta em 2009

      Ainda segundo o relatório, 43,3 milhões pessoas em todo o mundo foram forçadas a se deslocar por causa de conflitos e perseguições até o final de 2009. Destas, apenas 251 mil retornaram para casa em 2009 – o menor número desde 1990.

      Um de cada quatro refugiados no mundo procede do Afeganistão

      Dos 15 milhões de pessoas no mundo reconhecidas como refugiados, 10,4 milhões estão sob os cuidados da Acnur, principalmente iraquianos e afegãos. "Um de cada quatro refugiados no mundo procede do Afeganistão (2,9 milhões) e estão localizados em 71 países, enquanto os iraquianos constituem o segundo grupo, com 1,8 milhão que buscaram proteção e refúgio em países vizinhos", assinala o relatório da ONU. O relatório ressalta ainda que os países em desenvolvimento abrigam em grande maioria (80%) dos refugiados, desmentindo mais uma vez "a noção que estão inundando as nações industrializadas".
      Segundo o relatório Tendências Globais 2009, divulgado hoje mundialmente pelo Acnur, nos últimos dez anos, os retornos voluntários alcançavam a marca de cerca de um milhão por ano.
      Um terço do total de refugiados no mundo corresponde aos palestinos que fogem dos ataques contínuos com israelenses --analisados pela UNRWA (sigla em inglês de United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees - agência da ONU que se dedica exclusivamente a estes casos). Outros dois terços ficam sob os cuidados do Acnur.
      Devido a conflitos internos sem previsão de término em países como República Democrática do Congo, Paquistão e Somália, a África do Sul é o hoje o principal destino de solicitantes de refúgio no mundo – foram cerca de 220 mil novos pedidos no ano passado.
      Na América, o país que mais recebe refugiados são os Estados Unidos onde, na última década, mais de 600 mil refugiados se naturalizaram norte-americanos.
      O levantamento aponta ainda que os principais grupos de refugiados reassentados em 2009 vieram de Myanmar (24,8 mil), Iraque (23 mil), Butão (17,5 mil), Somália (5.500), Eritréia (2.500) e Congo (2.500).
      Na avaliação do Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, a maioria dos refugiados do mundo tem vivido no exílio há cinco anos ou mais. “Inevitavelmente, esta proporção crescerá, uma vez que menos refugiados têm condições de retornar para casa”, afirma.

      Apátridas

      Apesar de o número oficial de apátridas (sem nacionalidade) ser de 6,6 milhões de pessoas, O Acnur trabalha com um número maior de pessoas nessa situação, de 12 milhões de pessoas nessa situação.
       

      domingo, 13 de junho de 2010

      VONTADE DE SER EREMITA

      E então, eu me decepcionei. De novo. 

      Na maior parte das vezes, todos os dias, eu tenho vontade de ter a coragem suficiente para morar em uma cabana no meio do mato. Eu plantaria a minha própria comida e a prepararia. 

      Viveria sem telefone, celular, fogão & geladeira, internet e TV a cabo.

      E, o melhor de bom, não teria mais que me cruzar com gente, falar besteirinhas inocentes ou comentar sobre o tempo e o trânsito no elevador.

      Essa seria uma boa vida.

      Mas não tenho a coragem e o apetite necessários para tal esforço. Eu provavelmente sentiria falta do History Channel e de um monte de outras coisas.

      Sentiria falta dos amigos - aqueles poucos amigos de verdade - e de outras pessoas também, apesar da minha fama de durão.

      Mas, eu não sou tão durão assim. E me decepciono.

      Mas, como diria o meu pastor, só se decepciona quem espera alguma coisa de alguém, certo? Então, o segredo é não esperar nada de ninguém, certo?

      Ah, mas como é difícil isso...!

      Paz e Bem!
      A RECEITA DE CURA DE ISAÍAS!

      Isaías 58 nos diz que o que cura é o amor.
      Não adianta ora, jejuar, se humilhar, odiar com devoção piedosa o inimigo, dedicar-se aos cultos de vigília e combate, ou qualquer outra coisa, pois, sem amor, nada terá proveito; posto que sem amor toda existência se torne doença.
      O cenário que Isaías divisava era caótico.
      Um povo que vivia cheio de crenças e nenhuma fé.
      Além disso, era um povo que se acostumara a usar a crença como macumba para soluções de problemas.
      Oravam por contenda e para buscar diante de Deus alguma vantagem sobre o próximo em qualquer coisa ou área da vida.
      Por isto, diz o profeta, eles secaram.
      Oravam e não eram respondidos.
      Jejuavam e apenas emagreciam...
      Buscavam vantagens, mas tornavam-se estéreis como um deserto.
      Suas obras viravam ruínas em seus próprios dias...
      Enquanto isto, eles, em sua insegurança, buscavam exercer controle e poder sobre os outros.
      Por isto, prendiam, escravizavam, amarravam ao próximo ou o algemavam com cadeias de dependência ou de manipulação.
      Então, vem Deus e diz:
      Se vocês pararem de orar a oração do ódio, da contenda e da disputa, e se ao invés disso dedicarem-se a soltar as ligaduras da impiedade e a quebrarem toda dependência que vocês criaram ou que venham a encontrar posta sobre o próximo; e se vocês ao invés de se vingarem, tratarem o inimigo com bondade; e se abrirem a própria alma confessando fraqueza com os fracos, e se não fugirem do encontro com o próximo, o semelhante — então, Eu digo: Eu estarei com vocês de tal modo que serei glória nas costas de vocês e luz adiante de vocês; e serei Aquele que nem mesmo os deixará pedir ou clamar, pois, antes que o façam Eu já terei respondido; e antes que gritem..., Eu mesmo me adiantarei e direi: Ei! Eu estou aqui!
      E mais:
      Deus diz: Quando vocês começarem a curar o próximo e as relações de vocês com a vida, Eu mesmo curarei as doenças de vocês.
      Desse modo, diz o Senhor:
      Quem quer ser curado, ame; pois, quem cuidar das coisas do amor, esquecendo-se de si mesmo, esse será curado no caminho, enquanto liberta e cura outros.
      Esta é a verdade do Evangelho de Deus para mim e para você!

      Nele, que nos cura pelo exercício do amor,

      Caio

      ACHADOS E PERDIDOS

      Hoje, depois de um bom tempo evitando e dando voltas por aí, resolvi assistir a série de TV Lost.
      Na verdade, esta não e a minha primeira tentativa. Anos atrás, passei alguns dias com uma pessoa, assistindo a primeira temporada de série inteira.

      E, hoje, eu resolvi assistir de novo. Para isso, aluguei o capítulo final da primeira temporada e dois DVDs da segunda temporada. 

      Todo mundo conhece a premissa inicial de Lost: um bando de pessoas, passageiros de um vôo, sobrevivem a um acidente de avião, para se encontrarem em uma ilha pra lá de misteriosa. 
      E, então, passam a fazer tudo o possível para conseguirem sobreviver.

      Nos próximos dias, talvez, eu resolva escrever mais sobre isso, na medida em que eu for conhecendo a ilha um pouco melhor.

      Paz e Bem!

      COMO SE EU FOSSE FLOR, VOCÊ ME CHEIRA

      Eu conheço um homem que foi viciado em drogas por vários anos. Hoje, há cerca de um ano, ele está limpo. Esta postagem é uma forma de escrever sobre o tema - o nosso principal problema de saúde pública no momento - e também de celebrar sua vitória.
      Não fornecerei detalhes sobre sua identidade, uma vez que não estou autorizado a isso. Apesar disso, fornecerei todos os detalhes que são realmente necessários.

      O vício em drogas é uma doença, adquirida pelo uso contínuo de alteradores de consciência, sejam eles quais forem. Cada viciado tem sua droga de escolha. No caso do homem que conheço, era a cocaína.

      A doença tem alguns sintomas comuns a todos: progressiva perda de interesse por tudo o que não seja a droga (ou relacionada a seu uso ou a formas de conseguí-la) e a decadência mental e física. 

      A pessoa sobre quem escrevo iniciou o uso há pouco mais de dez anos. No período, ele experimentou ácido, cocaína, maconha, crack, lança-perfume e álcool. 

      Mas a sua droga de preferência era a cocaína.

      A compra era feita por duas formas principais: um traficante que fornecia a droga aos seus clientes por meio de entregas; e a visita a pontos de venda em vários pontos de São Paulo.   

      No começo, o uso era social, mas, com o tempo, a pessoa sobre quem escrevo decidiu que era melhor usar a droga em casa, já que as quantidades consumidas eram cada vez maiores.

      O uso de drogas lhe custou amizades, a perda de empregos e, obviamente, dinheiro. 

      Há cerca de um ano e meio, com o rompimento de um relacionamento amoroso, ele decidiu parar. Como o seu uso de drogas não era público, e ele não queria que a sua família soubesse disso, a opção por se internar em uma clínica de desintoxicação não era viável.

      Assim, ele decidiu cortar a seco. Simplesmente interrompeu o uso.
      No primeiro mês, ajudado por um amigo, ele utilizou um medicamento para ajudar a  suportar a abstinência. O uso do remédio foi suspendido ao final deste mês.

      Como em todos os casos, os primeiros meses de abstinência (total, uma vez que ele não passou a usar outras drogas) foram os piores; como em todos os casos, aconteceram recaídas.

      Com o tempo, o auto-controle voltou e as recaídas pararam, por serem desnecessárias. Hoje, a droga - e nem mesmo a vontade de usar - fazem mais parte de sua vida. 

      Infelizmente, apenas parar de usar não é suficiente. Com o tempo limpa, a pessoa normalmente percebe que a sua vida está bagunçada e ela começa a fazer as coisas funcionarem novamente.

      Segundo esta pessoa que conheço, dar início à reconstrução da  vida é a melhor parte do processo de recuperação. E ela é permanente, uma vez que se pára de usar drogas.

      A droga é um problema de saúde pública hoje. Infelizmente, as autoridades ainda o tratam como uma questão policial. Ou seja, basta apenas prender traficantes e diminuir a quantidade de droga disponível no mercado. Isto, em um mundo ideal. No nosso mundo, que não é ideal, policiais são responsáveis pelo tráfico de drogas. 

      A droga - e as pessoas que as vendem - estão apenas satisfazendo uma necessidade. Enquanto as autoridades não perceberem isso, e não partirem dessa premissa para lidar com o problema, a doença seguirá se alastrando.

      Hoje, por exemplo, jornais e revistas noticiam que o crack - droga obtida a partir da produção e refino de cocaína - antes consumida apenas por pessoas pobres, é uma das drogas favoritas da classe média.

      Isso mostra que o problema está se alastrando.

      Soluções como prisões e a criação de clínicas de desintoxicação e grupos de auto-ajuda, como os Narcóticos Anônimos, por exemplo, não resolverão o problema, uma vez que eles atingem apenas o viciado em seus últimos estágios. 

      Ou seja, essas soluções atingem apenas o final da equação. 

      Ainda assim, Paz e Bem!

      sábado, 12 de junho de 2010

      I LOVE REGGAE!

      Eu amo reggae music!

      Hoje, eu comprei um CD em uma loja aqui perto de casa, na Avenida Lins de Vasconcelos. Sim, lojas de CDs são raridades, dinossauros à beira da extinção, mas...


      Bom, o CD em questão, The best of Jamaica, é uma seleção de 21 canções de reggae das antigas, com direito a UB40, Shaggy e Pato Banton.
      Você se lembra desse povo? 

      Eu não me lembrava e tive uma grata surpresa, ao ver que conhecia a maioria das músicas, mesmo sem saber seus nomes.

      Apenas um registro de uma pequena alegria, paciente leitor, ou leitora.

      Paz e Bem!

      ZONA 13 & TRANSMETROPOLITAN

      Uma leitora - ou leitor, apesar dessa possibilidade ser cada vez mais remota hoje -  deste blog, que, infelizmente, insiste em seu anonimato, fez um baita elogio: segundo essa pessoa, o que escrevi sobre a HQ Transmetropolitan trouxe à sua memória um conto que escrevi anos atrás, intitulado Zona 13.

      Depois de ler o comentário, eu pensei um pouco. Não consegui encontrar semelhanças... Mas, depois, ao parar de tentar adivinhar quem seria essa pessoa, eu pensei um pouco melhor e, realmente encontrei alguns pontos em comum.
      Vamos a eles, então...

      Tanto a personagem do meu conto, um traficante de armas do século XXIV, como o jornalista de Transmetropolitan decidiram se isolar do mundo. O jornalista foi morar na montanha. O meu amigo, se isolou em uma câmara de animação suspensa. 

      Ambos são forçados a voltar. Jerusálem, por um contrato. O meu, porque está morrendo.

      Para ambos, o mundo parece sujo, agressivo e absurdamente violento. No conto que escrevi, no futuro, não existem mais países, mas zonas comerciais controlados por grandes conglomerados empresariais.

      Não somos cidadãos; somos consumidores.
      Existem outros traços paralelos que podem ser estabelecidos entre os dois trabalhos, mas vou ficar por aqui, por enquanto. 

      Agradeço a comparação. Seja você quem for, de todo o coração.

      Paz e Bem!