Hoje, comecei a ler o livro O demônio do meio-dia - Uma anatomia da Depressão, de Andrew Solomon, publicado em edição de bolso pela Editora Ponto de Leitura. O livro, um calhamaço de mais de 800 páginas, pode ser encontrada em qualquer banca de jornais mais bem-equipada.
Ainda estou nas páginas iniciais da obra, nas quais Solomon - escritor e jornalista com cidadanias norte-americana e inglesa - tenta definir o que é a depressão, com base em seus efeitos sobre o comportamento e o organismo humanos.
Para mim, o livro tem um valor especial, uma vez que o próprio autor sofre da doença e a enfrentou em diversos momentos de sua vida. Assim, trata-se de um relato de um companheiro de viagem, e não de um estudo impessoal feito por alguém distante.
Só escrevemos direito sobre aquilo que vivemos, certo?
Afinal, o que é a depressão? Como ela pode ser classificada, medida? Qual a diferença entre a depressão e a angústia generalizada em que todos vivemos mergulhados?
Não tenho nenhuma resposta para estas perguntas. Minhas opiniões a respeito têm como base apenas o que observo diariamente nas ruas, nas minhas frequentes conversas com desconhecidos, e na minha luta pessoal contra uma insatisfação que me corrói.
Não sou deprimido; sou insatisfeito. Não estou deprimido; estou desesperado.
Paz e Bem!
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