O mistério da cruz nazista e os desaparecimentos na Amazônia
Em uma pequena ilha de um afluente do Rio Jari no Brasil, existe uma cruz de três metros de altura, que está decorada com uma suástica:
O estranho objeto fica localizado em Cachoeira de Santo Antônio, em Laranjal do Jari, Amapá, Brasil.
Pode parece estranho, e de fato é, que exista uma cruz mostrando uma sepultura de nazista num lugar ermo do Brasil. Mas o mais esquisito do que a cruz, são os dizeres gravados nela:
“Joseph Greiner, morreu aqui em 2.1.1936 “
A data indica que a morte do nazista se deu exatamente três anos antes da Segunda Guerra Mundial se iniciar em 1939 e mais de uma década antes que os nazistas começassem a fazer o seu caminho para o Brasil, na esperança de se esconder na América do Sul. Então, o que raios estava um nazista fazendo no Brasil, do outro lado do mundo de onde ele saiu, em 1936?
Segundo nos diz a misteriosa cruz, os dias do alemão chegaram ao fim graças a “uma morte por febre à trabalho do serviço de pesquisa alemão”.
Conhecido como o “Projeto de Guayana, era uma missão de exploração e também um testemunho de quão grande o nazista imaginou que o seu império um dia seria. Segundo diz um dos relatórios do Terceiro Reich:
” As duas regiões mais ricas em recursos, áreas de terra e pouco populadas do planeta são a Sibéria e a América do Sul…”
Os Nazistas acreditavam que apenas estes dois lugares ofereceriam as condições ideias para a expansão e imigração para os arianos:
“… De forma que oferece possibilidades para fins de exploração pela raça branca, mais avançada.”.
“… De forma que oferece possibilidades para fins de exploração pela raça branca, mais avançada.”.
Em 1935, sob o disfarce de uma simples pesquisa e coleta de amostras biológicas, Schulz Kampfhenkel (o líder da expedição), Joseph Greiner, e um outro soldado nazista, assim como muitos habitantes locais contratados – segundo o relatório enviado em uma carta de volta para o Terceiro Reich como não sendo capaz de serem ” comparados em termos civilizados com os alemães” - exploraram a região do Brasil que faz fronteira com a Guiana Francesa, e enviaram de volta detalhes sobre como os nazistas poderiam infiltrar-se e começar a colonizar o Brasil.
Foi sugerido que o Brasil estava nos planos de Hitler e seu grupo para dar início ao que seria o grande Império Sul Americano do Terceiro Reich.
Por essa nem o Indiana Jones esperava, né?
Claro que não, isso não aconteceu. Como muitos antes deles, os Nazistas subestimaram os riscos e perigos desta Terra. Greiner, morreu de malária durante a expedição, e Kampfhenkel sobreviveu para levar o seu relatório ao Reich.
Mas por mais incrível que pareça, no fim das contas, não foi a malária, ou a selva, ou os índios canibais assassinos que pôs fim aos planos de expansão nazista pelo Brasil, mas sim a “gigantesca e ineficiente burocracia, bem como a apatia e total desinteresse governamental”.
“Em determinado momento, o plano pode ser apresentado novamente”, escreveu Heinrich Himmler, que foi responsável pela aprovação dos planos.
Hoje, tudo o que resta deste plano é o megalomaníaco túmulo dos nazistas que morreram no exercício da curiosa missão na selva Brasileira. O local hoje é conhecido popularmente como “o cemitério nazista”.
Tal qual os nazistas, milhares de aventureiros, exploradores e caçadores de tesouros encontraram a morte nessas nossas terras. O mais famoso e icônico destes corajosos e itrépidos aventureiros, foi o Coronel Fawcett.
Percy Fawcett foi um militar inglês que trabalhou para a Real Sociedade Britânica de Geografia, mapeando os confins do mundo. Nas décadas de 10 e 20, quando não existiam aviões e nem satélites, os mapas eram repletos de áreas brancas, onde se lia: “desconhecido”. Pode parecer divertido imaginar isso nos dias de hoje, quando qualquer lugar está ao alcance de seu clique no Google Earth, mas naquele tempo, saber o que havia numa região inóspita ou inexplorada como os polos, as ilhas do Pacífico e etc, era importante para o conhecimento do mundo e também um estudo de natureza estratégica num mundo prestes a eclodir em sangrentas batalhas que seriam batizadas de “Grandes guerras mundiais”.
Os europeus gabavam-se de serem os colonizadores do mundo. Enviavam pesquisadores e exploradores para todas as partes do planeta. Foi graças a Real sociedade Geográfica que o Dr. Livingstone descobriu regiões remotas da África e a nascente do Rio Nilo.
Muitos e muitos anos antes de Perry Fawcett se ver compelido a adentrar a perigosa selva amazônica (que era absurdamente maior do que é hoje) outros viajantes corajosos fizeram isso. O mais famoso deles, foi Francisco de Orellana. Francisco de Orellana foi aquele defunto em perfeito estado que o Indiana Jones encontra com relativa facilidade ao escavar um cemitério abandonado na floresta do Peru. No filme, Orellana havia guardado consigo o fabuloso crânio de cristal. Mas na verdade, Francisco de Orellana foi um conquistador espanhol, o primeiro a navegar por toda a extensão do Rio Amazonas, descoberto em 1500 por Vicente Pinzón, que o chamou de “o mar doce” tamanho era sua foz.
Fracisco de Orellana veio para a América do Sul com o Francisco Pizarro, um implacável explorador espanhol que desbravou o Peru e dizimou tribos inteiras. A missão de Orellana foi uma das mais absurdas e impressionantes histórias de sobrevivência em condições ruins que se conhece. Ele escalou as montanhas da Cordilheira dos Andes e desceu pelo outro lado, encontrando a foz e navegando toda a extensão do Rio Amazonas, até chegar no mar. Imagina só fazer isso sem saber onde vai dar? E mais, se embrenhar cada vez mais em regiões inóspitas, cheias de índios perigosíssimos, mosquitos, criaturas venenosas e num calor absurdo, vestindo roupas de veludo e aramaduras de aço.A viagem de Orellana foi documentada por um frade espanhol, chamado Gaspar de Carvajal. Como já é de se imaginar, no caminho, eles foram atacados por diversas tribos e numa dessas guerras, Gaspar se impressionou ao ver “índios brancos”. A Guerra contra os icamiabas inspirou Gaspar a relacionar aqueles misteriosos índios com os guerreiros hititas chamados amazonas, e daí veio o nome do maior rio do mundo.
Após descobrir ouro e colher relatos de cidades perdidas cheias de ouro e riquezas inimagináveis,Francisco de Orellana resolveu voltar ao Brasil. Apenas dois anos após conseguir escapar de sua primeira missão, ele retornou com quatro navios e 400 homens, armados até os dentes, provisões, todo um aparato para descobrir as cidades perdidas, conhecidas como o “Eldorado”. Mas dessa vez Orellana não se deu bem. Ele perdeu dois navios no caminho até o Brasil e não foi feliz em sua incursão pela selva. Orellana morreu, ainda no rio, enquanto tentava retornar à Europa.
Mas o mito das “cidades de ouro” se tornou uma lenda tão poderosa que agiu como um imenso ímã atraindo a alma de milhares de pessoas. A ele se somaram relatos de bandeirantes, que alegaram terem visto ruínas de palácios e construções impressionantes, algumas feitas em ouro maciço, que refletiriam uma cultura muito superior à dos índios selvagens ao redor. Durante décadas acreditou-se que uma civilização riquíssima tivesse prosperado na Amazônia e então entrado em decadência, deixando para trás toneladas e toneladas de ouro e pedras preciosas, em ruínas amplamente decoradas, agora engolidas pela floresta. O termo Eldorado surgiu quando um dos exploradores espanhóis escreveu para El rei alegando que havia descoberto índios que lhe contaram sobre esses lugares tão ricos. O termo Eldorado significa O (homem) dourado em espanhol; segundo a lenda, tamanha era a riqueza da cidadela, que o imperador tinha o hábito de se espojar no ouro em pó, para ficar com a pele dourada. No fim do dia ele tomava banho num rio e todo o ouro se perdia, para logo em seguida ser aspergido sobre ele novamente. O imperador se banhava em ouro por toda a vida, todos os dias, e isso se dava ao longo de incontáveis gerações, tamanha era a quantidade do precioso metal disponível. Esta lenda teve origem em uma lenda que se iniciou por volta de 1530 com a história de um cacique ou sacerdote dos muíscas, indígenas da Colômbia, que se cobria com pó de ouro e mergulhava em um lago dos Andes.
Daí para virar uma terra de ouro puro foi um pulo e milhares de pessoas voaram pra cá como cupins em volta de uma lâmpada. Praticamente todos morreram. O Coronel Fawcett já havia adentrado a floresta amazônica um punhado de vezes, demarcando as fronteiras entre o Brasil e a Bolívia. Não tardou para Percy Fawcett dar ouvidos aos rumores de cidades perdidas. Ele investigou cuidadosamente, seguindo um método o mais científico possível naquela era vitoriana. Estudou mapas, colheu relatos, investigou artefatos e catalogou dezenas de tribos, que se referiam a tal cidade. Com a descoberta de Machu Pichu escondida por densa floresta no alto das montanhas peruanas, Fawcett começou a crer firmemente que realmente poderia haver uma base por trás das lendas de Eldorado.
Os próprios índios, alguns ainda desconhecidos dos Homens Brancos, foram contatados por Fawcett e lhe revelaram “segredos” sobre uma cidade perdida, cheia de riquezas, que Fawcett resolveu chamar de “Z”.
O coronel Fawcett era alto, forte e parrudo. Corajoso ao ponto de parecer louco, certa vez Fawcett foi atacado por centenas de índios selvagens que dispararam flechas de dois metros, envenenadas contra ele e seus homens. Os homens pensaram em atirar, mas Fawcett os impediu. Embora uma única flechada seria suficiente para matar vários homens, Fawcett se manteve firme, parado, acenando para os índios com um lenço enquanto gritava “Amigo” em todas as línguas indígenas que conhecia. Por mais incrível que possa parecer, das centenas de flechas disparadas na direção dele, nenhuma atingiu o explorador britânico. Algumas passaram a milímetros de sua cabeça. Os índios ficaram espantados com tamanha coragem e pararam de atacar.
Fawcett ficou tão famoso por atitudes suicidas como esta que foi graças a ele que diversas tribos famosas por matar todos os que se aproximavam deles foram pacificadas. Ele era também muito amigo do escritor Arthur Conan Doyle, que inventou Sherlock Holmes, e que mais tarde utilizaria algumas das suas histórias na Amazônia como base para escrever a obra ” O mundo perdido”. As aventuras do Coronel Fawcett também serviram de inspiração para a criação de aventuras envolvendo o personagem Indiana Jones.
Mas ao contrário do personagem interpretado por Harrison Ford, Percy Fawcett era real, e se metia em roubadas tão impressionantes e com tamanha determinação que quase morreu de fome diversas vezes em cada uma das sete missões que realizou na selva amazônica.
Curiosamente antes de partir em sua última missão em busca da cidade perdida, ele deixou uma nota dizendo que, caso não retornasse, nenhuma expedição deveria ser organizada para resgatá-lo.
O seu último registro se deu em 29 de maio de 1925, quando Fawcett telegrafou uma mensagem a sua esposa dizendo que estava prestes a entrar em um território inexplorado acompanhado somente de seu filho e um amigo de Jack, chamado Raleigh Rimmell. Eles então partiram para atravessar a região do Alto Xingú, e nunca mais voltaram.
Muitos presumiram que eles foram mortos pelos índios selvagens locais. Porém não se sabe o que aconteceu. Os índios Kalapalos foram os últimos a relatar terem visto o trio. Não se sabe se foram realmente assassinados, se sucumbiram a alguma doença ou se foram atacados por algum animal selvagem. Contrariando a ordem do próprio Fawcett, incontáveis expedições de variados estilos e tamanhos foram realizadas para encontrá-lo. Nenhuma conseguiu.
Tudo o que conseguiram foi coletar histórias dos nativos. Alguns disseram que eles foram mortos por indígenas hostis ou que animais selvagens os atacaram. Ouviram também algumas versões mais fantásticas dentre as quais destacam-se a história de que Fawcett teria perdido sua memória e estaria vivendo como chefe de uma tribo de canibais ou de que eles realmente encontraram a cidade perdida, mas foram impedidos de retornar para manter o segredo da existência de tal local.
Ao todo, cerca de 100 exploradores morreram tentando procurar pelos membros da expedição de Fawcett. Três expedições de resgate também desapareceram na mesma região, que continua praticamente inexplorada até os dias atuais. Em 1952, seis anos depois do primeiro contato com os índios Kalapalo, os índios confidenciaram a história dos exploradores que haviam sido mortos muitos anos antes quando passavam na região. Cláudio e Orlando Villas Bôas localizaram o local onde teria sido morto o explorador inglês. Lá foram achados ossos humanos e objetos pessoais evidentemente de nossa sociedade como: faca, botões e pequenos objetos metálicos.
Os objetos, no entanto eram parte dos inúmeros ítens que Fawcett levava em suas incursões para dar de presente aos índios. A ossada descoberta pelos indigenistas passou por inúmeros testes, no Brasil e Inglaterra, mas não se chegou a uma conclusão satisfatória. A comparação da arcada dentária com uma dentadura de Fawcett deixada na Inglaterra demonstrou total incompatibilidade, pois o crânio descoberto ainda teria dentes que inviabilizariam o uso da dentadura. Acredita-se que os irmãos Villas Bôas teriam deliberadamente forjado o corpo de Fawcett na tentativa de parar o constante afluxo de gringos em busca do coronel. Há uma hipótese deles terem sido enganados por um índio, que visando uma recompensa na forma de rifles, teria os levado ao corpo de um antigo índio, que era bem alto para o padrão da tribo, com 1,60m. O problema é que Fawcett media 1,88m.
Até hoje a morte do explorador, seu filho e o amigo deles está em aberto.Muitas pessoas acreditam que Fawecett realmente conseguiu encontrar a cidade perdida, mas não conseguiu (ou não quis) voltar para contar.
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