Com certeza, você, leitor ou leitora, já ouviu falar de Francisco de Assis. Ou São Francisco, ou o Pobre de Assis, ou apenas, o Irmãzinho de Assis.
A literatura sobre Francisco é bastante extensa, uma vez que, depois de conhecê-lo, é praticamente impossível ficar indiferente. E, se você souber procurar o que ler, vai descobrir que, normalmente, as pessoas escrevem sobre Francisco ao mesmo tempo em que escrevem sobre sua própria experiência pessoal, tamanha a sensação de familiaridade que a vida desse homem causa em nós.
Agora, se você tiver preguiça de ler um livro sobre ele, recomendo que assista o filme "Irmão Sol, Irmã, Lua", de Franco Zeffirelli. É fácil de achar.
Francisco de Bernardone nasceu em Assis, na península itálica (a Itália só iria se tornar um país no final do século XIX), no início do século XIII, em uma família de comerciantes, classe social que começava a surgir e que, mais tarde, suplantaria a nobreza proprietária de terras.
Na juventude, viveu a vida despreocupadamente, ocupando-se das distrações comuns às famílias abastadas. A grande mudança em sua vida ocorre somente depois de participar da guerra entre as cidades de Assis e Perúgia (lembre-se de que a Itália ainda não tinha sido unificada, e suas cidades-estado viviam constantemente em guerra umas contra as outras).
Francisco passa um ano nos cárceres de Perúgia e, quando retorna à Assis, fica doente e passa meses em recuperação.
Então, tem início o processo que dará vida a Francisco de Assis.
Todo o processo de conversão, ou de mudança, é longo e, na maioria das vezes, traumático. No caso de Francisco, ele é tomado como louco pela família por perder o interesse nos negócios paternos, a ponto de, em uma tarde, lançar janela abaixo vários dos pertences de sua família.
O episódio leva o pai de Francisco a pedir a intervenção do bispo de Assis e, nesse momento, o futuro santo simplesmente fica nu diante da multidão, ao devolver ao pai suas roupas, assim como seu nome.
Ao despojar-se dos bens paternos, Francisco passa a viver como um mendigo, dependendo da caridade de outros para viver, e passa a residir em uma antiga igreja destruída, nos arredores de Assis. Essa igrejinha será reconstruída por Francisco e por outras pessoas que passam a viver com ele em uma pequena comunidade.
A vida de São Francisco pode ser entendida como um dos mais radicais compromissos de viver como Cristo de que temos notícia. A opção pelo trabalho, pelo cuidado ao pobre, ao doente, ao necessitado, espelham muito daquilo que sabemos sobre Jesus a partir das narrativas dos evangelhos.
As duas pinturas sobre Francisco inseridas nesta postagem são de autoria do pintor El Greco. A primeira é intitulada "São Francisco em Oração" e, a segunda, "São Francisco recebe os stigmata".
As duas pinturas sobre Francisco inseridas nesta postagem são de autoria do pintor El Greco. A primeira é intitulada "São Francisco em Oração" e, a segunda, "São Francisco recebe os stigmata".
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