Hoje, pela manhã, estive na Igreja Batista da Água Branca (Ibab), na Barra Funda, zona oeste da capital.
A Ibab se define como uma igreja que tem como objetivo "levar o Evangelho todo, ao homem todo", e um de seus principais pastores é Ed Rene Kivitz, autor de grandes livros cristãos, como Vivendo com propósitos e Outra Espiritualidade.
O texto-base bíblico para a pregação de Kivitz hoje foram os versículos 33 a 36 do 11º capítulo da Carta de Paulo aos Romanos, considerada um dos principais textos do cristianismo primitivo. Nesta carta, endereçada aos cristãos que viviam em Roma, Paulo define alguns dos principais pontos do que significa ser "cristão".
O texto, retirado do website Bíblia Online afirma:
"Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Porque quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?
Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?
Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém"
Em sua pregação, Kivitz argumentou contra os "profetas do Fim do Mundo" que pululam por todos os cantos, sempre que desastres - sejam eles causados pelo homem ou sem que tenham qualquer interferência humana - aparecem nas manchetes dos jornais do mundo.
O mais recente desastre explorado à exaustão pela imprensa foi o tsunami (onda gigante) que devastou parte do Japão, há poucos dias.
Outros exemplos: as chuvas que destruíram a região serrana do Rio de Janeiro, no início do ano, e a revolta no mundo árabe, que está revolucionando países como o Egito, a Tunísia e, logo, logo, a Líbia.
Para o cristão - na verdade, para qualquer pessoa que tenha uma concepção religiosa que faça parte de sua visão do mundo, seja ela qual for - a ocorrência de desastres naturais e convulsões sociais, coloca uma questão fundamental: Porque Deus permite que tais coisas aconteçam?
Aqui, em última instância, trata-se entender por que Deus, que é onipotente, ou seja, pode fazer qualquer coisa, permite que existe sofrimento, uma vez que a maioria das religiões o definem como um Deus Amoroso?
Ou seja, se Deus governa o universo, porque existe dor e morte? Se ele pode impedir tudo isso e não o faz, então, Deus não se importa, logo, ele não é amoroso.
Por outro lado, se Deus se importa, mas não pode impedir o sofrimento, então, na verdade, ele não é onipotente.
A verdade é que não podemos - eu, com certeza, sou totalmente incapaz disso - oferecer respostas à este questionamento, uma vez que Deus é, como diria Rudolf Otto, "O Totalmente Outro".
E tentar comprendê-Lo é um exercício de futilidade.
E então? O que fazer?
Já há algum tempo, pessoalmente, eu deixei de me interessar por tentar "entender" Deus, e optei por uma fé mais simples, alicerçada na minha experiência pessoal e, também, no convívio frequente com alguns amigos que tentam trilhar o mesmo caminho.
E não opto pela compreensão total. Eu opto pela fé.
Em sua pregação de hoje, Kivitz defendeu a tese de que "Deus não faz tudo o que pode. Ele faz tudo o que o Amor permite".
Eu escolho acreditar nisso.
Paz e Bem!
Parabéns pelo blog, Thiago!
ResponderExcluirSobre o tema sobre Deus e o sofrimento, tenho considerado que a perspectiva de Deus é diferente da nossa.Se formos seguir nossa razão e questionarmos o porque de tantos males, nos afastaremos Dele.Então a alternativa que temos é a fé.A visão humana por exemplo pode considerar abençoada se uma criança ganha um milhao. Mas se essa criança sofrer uma enfermidade e for ao céu, talvez questionarão a Deus. Mas se o dinheiro tornasse essa criança uma pessoa perversa e ela chegasse a perder a sua alma?
A nossa unica saída é aceitar a palavra de Deus pela fé, sem questionar, apesar do que vemos, sentimos, ou pensamos.A sua Palavra diz que Ele nos ama, é bondoso Nele nao há erro e seu plano pra nossa vida(desde que o aceitemos) é perfeito.
abraços