quinta-feira, 24 de março de 2011

35 ANOS DEPOIS

Hoje é meu aniversário de 35 anos. Ou seja, nasci em 24 de março de 1976, por volta das 10 horas da manhã, em Santos. 

Não sei se chovia ou fazia sol. E pouco importa. Hoje faz sol. Na verdade, eu acho que vai fazer sol, porque são seis horas da manhã e ainda não amanheceu; o sol apenas se insinua, por enquanto.

Eu gostaria muito de escrever algo profundo e comovente. Ou, que eu pudesse, como Júlio César, o primeiro a tentar construir o Império Romano - tarefa que coube ao seu afilhado, Augustus, afirmar algo como: Vini, Vidi, Vici! (Vim, Vi e Venci, em latim). 

Mas não posso. E não sei se vou poder, algum dia. 

Ao contrário, eu digo, como Bob Marley, um dos meus heróis pessoais: "Lord, I gotta keep on movin". 

Sim, eu tenho de continuar me movendo... Seja pra fente, pra trás, ou em círculos... Mas tenho de continuar me movendo, mesmo quando chega aquela vontade imensa de ficar quieto, em silêncio. 

Dizem que devemos contar nossas bençãos - e agradecer a Deus por elas -  todos os dias, especialmente no dia de nosso aniversário. 

Um coração agradecido é um coração saudável.

Eu tenho as bençãos públicas, coisas sobre as quais eu posso falar e escrever; mas tenho também algumas bençãos particulares, que devem ser mencionadas em solidão, ou para uma ou duas pessoas especiais.

Assim, eu não tenho muito a escrever neste aniversário. Sou um projeto ambulante. E isso é bom...

Ah, sim! Eu estava certo: o sol saiu.

Paz e Bem!

Um comentário:

  1. Sim, o sol saiu, mas muito antes que se imaginava, porque, embora há pouco eu saiba de ti, sei do essencial: que hoje, Thiago, em seu aniversário, mais uma vez o sol completa um círculo em torno de sua alma; também que o sol se aloja no sorriso e não lá fora, porque o astro-rei gosta de olhar o mundo de onde as palavras nascem e de onde as respirações sibilam – e bem sabemos que seu sorriso, amigo, é ninho acolhedor de raios que voam para os olhos de quem devidamente o olha; que o dia, ademais, nasce quando a mente se abre como um sol nascente em busca de luz nas caminhadas, trazendo um sol na paisagem da alma.
    Sim, eu sei disso tudo, porque gosto do sol, porque gosto do amigo Thiago, porque sei que ambos navegam um no outro, mesmo que chova, mesmo que os raios se escondam no pulsar das tempestades. E se chover, e se as nuvens carregadas de chumbo e vivência destilarem dores e lágrimas, há de saber que um arco-íris se formará dessas gotículas de densa vida experienciada. Sim, um arco-íris, prisma que enlaça a terra ao espaço indecifrável, cujo ventre azul e cinza aloja as cores do sol... O sol, sempre o sol... e mais uma vez eu sei: lá no alto o ventre das cores se faz; aí embaixo, no mais elevado de seus olhos, o sol encontra o berço, porque o arco-íris, Thiago, está nos arcos de sua íris, lugar onde os sentidos das cores se fazem e se propagam. Então brindemos ao sol de lá e de cá: o sol deixa pegadas onde você prossegue e semeia seus passos. Um grande e alado abraço em seu ser de sol imantado. A você, Thiago, votos solares de felicidades incondicionais e solarizadas.

    ResponderExcluir