Este ano, para estas eleições, como sempre, estive ao lado do que um dia foi o Partido dos Trabalhadores. Por meio deste blog e por meio de conversas pessoais, fiz campanha para a candidata do PT, Dilma Roussef.
É uma relação de amor e ódio,a minha com o PT, como já anotei aqui diversas vezes. Ou seja, o melhor tipo de relação ou, pelo menos, a mais apimentada.
Entretanto, cabe aqui uma ressalva pessoal...
Tenho diversos conhecidos, amigos e amigas, todos cristãos, que, amanhã, votarão na candidata do Partido Verde, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva.
São pessoas que respeito, mas, infelizmente, não concordo com a sua opção de voto.
Acredito que Marina Silva seja bem intencionada. E sua honestidade pessoal está fora de qualquer cogitação.
Infelizmente, também acredito que essas características não são suficientes para se criar um bom presidente da República.
São necessárias, porém insuficientes.
Mas o buraco é mais embaixo...
Aprendi há algum tempo que, a não ser que vivamos em uma ditadura, ninguém governa sozinho.
Desta forma, caso eleita, Marina Silva, uma candidata sem um programa concreto de governo, mas com apenas boas intenções (das quais o Inferno está cheio, como afirma a sabedoria popular), terá de governar com o seu partido, que não passa de um grupinho de direita, e com poucas opções de alianças.
Entretanto, essas opções tenderiam a pender para a direita. Ou seja, uma eventual vitória de Marina Silva levaria, inevitavelmente, ao retorno da tucanaiada ao governo federal, do qual eles foram exilados pelo voto popular há oito anos - e do qual espero que continuem fora por mais uns oitenta, pelo menos.
Por isso, não posso votar em Marina, apesar de seu histórico aparentemente irreprensível.
Escrevi "aparentemente irreprensível" não para desabonar a senadora, mas simplesmente porque sou cuidadoso, e não calço seus sapatos.
Aprendi que, no máximo, posso falar de mim mesmo. E olhe lá...
Paz e Bem!
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