sexta-feira, 11 de setembro de 2009

NA CIDADE MARAVILHOSA II - COMUNIDADES

No Rio de Janeiro, existem atualmente 1 mil favelas. E muitas favelas ocupam espaços próximos, principalmente nos morros da cidade.
A Favela da Maré, por exemplo, é na verdade um complexo de 18 favelas agrupadas, com uma população de 200 mil habitantes. A Maré é localizada na região portuária da cidade, entre a Linha Vermelha, uma das principais vias de trânsito do Rio de Janeiro e o Aeroporto do Galeão.
As favelas, ou comunidades, como são chamadas pelos habitantes, estão em todos os locais do Rio de Janeiro.
Durante a minha viagem ao Rio, conheci um pouco da comunidade de Lins de Vasconcelos, que abriga um complexo formado por 12 favelas. 
No Lins, apenas metade da favela é acessível a veículos. O resto do caminho deve ser feito à pé. E é aí que é necessário solicitar permissão para fazer a visita. 
Pelo que pude ver, a maior parte das construções nas comunidades são bastante antigas e eles contam com serviços públicos básicos, como água e eletricidade, apesar da permanência de ligações clandestinas de pontos de luz. 
A questão que se coloca é: como foi possível essas comunidades se instalarem nesses locais e se desenvolverem? Segundo as pessoas com quem conversei, no Rio, durante anos, não existia uma política pública de habitação popular, o que gerou a criação de favelas, habitadas pela população migrante, principalmente por pessoas vindas do Norte e do Nordeste do Brasil.
Outra questão importanjte diz respeito à política local: como as favelas do Rio são densamente povoadas, isso significa a conquista de votos de vários eleitores. Se um vereador, ou prefeito, obtiver os votos totais da Maré, por exemplo, ele consegue uma vitória eleitoral.
Desta forma, o que muitas vezes acontece é que a situação da favela é mantida, com algumas benfeitorias por parte de políticos locais, que tentam amealhar votos. Isso torna a situação permanente.
Paz e Bem!

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